Navegando por Autor "Dias, Maico Eduardo Dias"
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Item Circuitos espaciais de produção da tilapicultura paranaense : contextos regionaisDias, Maico Eduardo Dias; Oliveira, Edilson Luis de [Orientador]; Antonello, Ideni Terezinha; Frederico, SamuelResumo: Nas últimas décadas, o mundo passou por uma crescente demanda por carne de peixe, e isso é resultado principalmente do crescimento populacional e da procura por alimentos mais saudáveis Tendo em vista que a pesca de captura apresenta uma produção estabilizada desde a década de 199, a piscicultura apresenta uma forma viável de expandir a oferta dessa proteína animal para a população mundial Diante desse cenário, o Brasil desenvolve o aproveitamento de seus recursos hídricos na produção intensiva de peixes em cativeiro, em especial a tilápia (Oreochromis niloticus) O objetivo central desta Dissertação é analisar a tilapicultura do estado do Paraná, evidenciando as particularidades das etapas produtivas de seus contextos regionais norte e oeste, à luz dos conceitos de circuito espacial de produção (produção-distribuição-troca-consumo) e de círculos de cooperação A metodologia utilizada tem como pano de fundo o materialismo histórico dialético Trabalhamos com o estudo de caso múltiplo, tendo como amostras o município de Toledo, representando o contexto regional oeste, e o município de Alvorada do Sul, enfatizando características do contexto regional norte do estado No contexto regional oeste, é predominante a modalidade técnica de tanques escavados, desenvolvida, sobretudo por pequenos produtores rurais, que mantêm intensa relação com o cooperativismo agroindustrial, aliada ao modelo de integração e à alta densidade técnica nas etapas de produção de alevinos e de engorda, ambas exercidas com mão de obra qualificada Há, ainda, alta concentração de frigoríficos de peixes, de indústrias de equipamentos e de insumos direcionados à produção de tilápias Já no contexto regional norte, predomina a modalidade de tanques-redes, instalados nas águas da represa Capivara no município de Alvorada do Sul Nesse caso, em sua maioria, os produtores são proprietários de chácaras de lazer às margens da represa, as quais possibilitam o fácil acesso à água Esse contexto apresenta menores densidades técnicas, e suas etapas produtivas são espacialmente mais dispersas Concluímos, portanto, que os diferentes níveis de organização do circuito espacial de produção e dos círculos de cooperação nos contextos regionais analisados geram diferentes fluxos, possibilitam diferentes fixos e apoiam-se em distintas densidades técnicas Evidencia-se, assim, a participação da configuração territorial na estruturação dos circuitos espaciais de produção da tilapicultura paranaense, mostrando que as características dos lugares levam a resultados diferentes, apesar de produzirem a mesma mercadoriaItem Complexidade Geográfico-econômica, Estrutura e Dinâmica Territorial da Piscicultura Brasileira(2024-03-06) Dias, Maico Eduardo Dias; Oliveira, Edilson Luis de; Silveira, Maria Laura; Castillo, Ricardo Abid; Castilho, Denis; Antonello, Ideni TerezinhaNo Brasil, nas últimas três décadas (1990 – 2023), a piscicultura (criação de peixes em cativeiro) tornou-se uma atividade econômica em ascensão. Sua difusão no território brasileiro tem sido impulsionada pela produção de tilápia (Oreochromis niloticus) em aglomerações espaciais de produtores. O objetivo central desta tese é analisar e explicar a estrutura territorial e a dinâmica da piscicultura brasileira. A metodologia de análise e comparação de aglomerações de produtores de tilápia está centrada na categoria analítica de complexidade geográfico-econômica. Para interpretar e explicar as formas e intensidades em que ocorre a apropriação dos recursos territoriais promovidas pela piscicultura, apoiamo-nos na obra de Milton Santos. Utilizamos com maior frequência os conceitos de circuitos espaciais de produção, círculos de cooperação e circuitos econômicos urbanos. Esses conceitos embasaram a metodologia de análise e, em especial, a categoria de complexidade geográfico-econômica, que serviu de base para comparação e classificação das aglomerações produtivas. A classificação resultante divide a tilapicultura brasileira em aglomerações produtivas monofuncionais, mesofuncionais e multifuncionais. A fase de investigação incluiu também trabalho de campo, durante o qual realizamos estudos de diferentes situações geográficas. Foram analisadas três aglomerações produtivas: aglomeração multifuncional do Oeste do Paraná, aglomeração multifuncional de Ilha Solteira (SP/MS) e aglomeração mesofuncional do Baixo São Francisco (BA/PE/AL). As conclusões a que chegamos revelam que a piscicultura brasileira está estruturada em dois extensos contextos regionais: o Contexto Regional Norte-Centro-Oeste com predominância da piscicultura nativa, e o Contexto Regional Nordeste-Centro-Sul com predominância de peixes exóticos. Neste último estão localizadas aglomerações de produtores de tilápia. Os diferentes níveis de complexidade geográfico-econômica de cada aglomeração revelam, em suas particularidades, o desenvolvimento desigual e combinado do território brasileiro. Essas particularidades dizem respeito principalmente às suas distintas densidades técnicas e informacionais, aos fluxos materiais e imateriais, à diversidade de atores específicos e à sua participação nos circuitos econômicos urbanos, aos processos de verticalização e horizontalização, à densidade das redes e proximidades de conhecimento.