Navegando por Autor "Carlos, Viviani Yoshinaga"
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Item Escolas de reforma : um estudo sobre as ideias que sustentaram a sua organização no BrasilCarlos, Viviani Yoshinaga; Alapanian, Silvia [Orientador]; Czernisz, Eliane Cleide da Silva; Suguihiro, Vera Lúcia TiekoResumo: O estudo que ora se apresenta é fruto de inquietações sobre a natureza do conceito de socioeducação no Brasil, que, por sua vez, define as características das medidas socioeducativas destinadas aos adolescentes infratores Propõe-se a buscar, na história, os argumentos que idealizaram e sustentaram a criação de um modelo de educação voltado para jovens infratores no país Assim, traduzimos aqui os debates de uma época em que crianças e adolescentes pobres foram identificadas como um problema social, requerendo a intervenção do Estado No Brasil, estes debates foram travados nos anos iniciais do século XX, por parte de uma elite intelectual da qual fizeram parte os juristas Noé Azevedo, Ataulpho de Paiva e Evaristo de Moraes Figuras ilustres de sua época, eles construíram um discurso sobre a necessidade da intervenção do Estado junto a “menores” pobres, formulando os argumentos que serviram de base para a organização de um tipo de educação voltado para a sua regeneração Foram analisadas três obras, uma de cada autor, e sintetizadas suas principais ideias Uma especial atenção foi dada ao Regulamento da primeira Escola de Reforma do Brasil, a Escola João Luiz Alves, no Rio de Janeiro, documento este anexo a uma das obras estudadas Esse tipo de Escola introduziu um novo modelo de educação que articulou as ideias jurídicas, médicas, pedagógicas e assistências Diferente da proposta liberal de ensino propedêutico e de ensino profissional, esse modelo de educação voltou-se para a reforma dos “menores delinquentes”, propondo a regeneração pelo trabalho, visando uma reeducaçãoItem Os fundamentos pedagógicos que sustentam a socioeducação no Brasil : desvendando os nexos da proposta construída ao longo de um séculoCarlos, Viviani Yoshinaga; Duarte, Evaristo Emígdio Colmán [Orientador]; Czernisz, Eliane Cleide da Silva; Lolis, Dione; Alves, Jolinda de Moraes; Alapanian, SilviaResumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo a socioeducação, enquanto formulação conceitual que expressa uma proposta educativa voltada para os adolescentes infratores, em conformidade com o que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 869, de 13 de julho de 199) A abordagem histórica que se propõe aqui tem como premissa que o conceito foi historicamente construído, tendo como ponto de partida o Decreto nº 1758, de 4 de novembro de 1926, que apresenta o Regulamento de uma Escola que foi inaugurada posteriormente, a Escola de Reforma João Luiz Alves, materializando a proposta educativa do que é considerada a primeira escola voltada para menores delinquentes do país O objetivo é analisar em que medida os fundamentos que sustentam a atual proposta socioeducativa no país apresentam elementos de ruptura com os fundamentos da proposta formulada na década de 192 A hipótese inicial foi de que não há rupturas profundas entre os fundamentos pedagógicos que sustentam a atenção a adolescentes que praticam atos infracionais em unidades de internação ao longo dos quase cem anos de política nessa área A imprecisão e dificuldade de conceituação do termo socioeducação indicaram a necessidade de estudar a questão a partir de elementos os mais concretos possíveis, assim, realizou-se um estudo comparativo do conteúdo do Regimento da primeira Escola de Reforma com o conteúdo dos regimentos internos das unidades de socioeducação da atualidade Estes são regidos pela Lei Federal nº 12594, de 18 de janeiro de 212, conhecida como lei do SINASE Na coleta de dados foram obtidos 32 Regimentos Internos de Unidades de Socioeducação de Internação, de 13 estados brasileiros A fundamentação por detrás dos documentos é estudada a partir das obras de três juristas que deram sustentação a proposta da Escola de Reforma: Noé Azevedo, Evaristo de Moraes e Ataulpho de Paiva Também foi estudada a obra do pedagogo Antonio Carlos Gomes da Costa, que dá sustentação a proposta educativa contida no Estatuto da Criança e do Adolescente Os documentos foram analisados a partir de cinco grandes blocos temáticos: finalidade institucional, individualização do atendimento, construção de vínculos, escolarização e trabalho, e disciplina e segurança Conclui que não há rupturas significativas entre a proposta educativa formulada há quase um século e a atual Ambas propõem que o caráter educativo se sobreponha ao coercitivo/punitivo; que a centralidade da ação institucional está na capacidade de tornar os adolescentes produtivos através de sua inserção no mercado a partir de escolarização e preparação para o trabalho, ficando o grande diferencial entre elas assentado na passagem de um sistema disciplinar articulado com a ação educativa, como o proposto para a Escola de Reforma, e um sistema disciplinar tendencialmente voltado para a segurança, como vem ocorrendo nas unidades de socioeducação