Navegando por Autor "Bovolenta, Yves Rafael"
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Item Estudo demográfico de espécies arbóreas de diferentes grupos ecológicos em um fragmento de floresta estacional semidecidual do sul do BrasilBovolenta, Yves Rafael; Pimenta, José Antonio [Orientador]; Portela, Rita de Cássia Quitete; Bianchini, Edmilson; Ribeiro, José Eduardo Lahoz da Silva; Silva, Weliton José daResumo: Estudos populacionais permitem entender a história de vida das espécies e sua estabilidade no espaço e tempo A compreensão da dinâmica populacional requer a quantificação das taxas vitais básicas (crescimento, sobrevivência, decrescimento e fecundidade) e os conhecimentos adquiridos podem ser aplicados à conservação, prevendo trajetórias da população e para entender processos de regulação dos sistemas naturais, principalmente em habitats modificados pelo homem Nesse sentido, o objetivo foi avaliar a demografia de dez espécies arbóreas em um fragmento protegido e em regeneração Foi investigado (1) se duas populações ameaçadas de extinção e alvos de exploração no passado (Euterpe edulis Mart e Aspidosperma polyneuron MüllArg) apresentaram crescimento populacional em uma área protegida; e (2) se oito populações arbóreas de diferentes grupos ecológicos apresentaram estratégias demográficas distintas em um habitat em regeneração Aspidosperma polyneuron apresentou declínio populacional, devido principalmente a lenta transição para tamanhos maiores, demorando a repor os adultos removidos na exploração Euterpe edulis apresentou aumento populacional, devido principalmente ao crescimento rápido dos indivíduos jovens e fecundidade A maioria das populações não exploradas, independentemente das características ecológicas, apresentou estabilidade populacional, porém, as estratégias demográficas que levaram à estabilidade foram diferentes para cada uma delas A sobrevivência foi o parâmetro demográfico que mais contribuiu para o valor da taxa finita de crescimento populacional, seja positiva ou negativamente Os resultados reforçam a importância de áreas protegidas na manutenção de espécies e indicaram grande diversidade de estratégias demográficas, sendo que cada espécie tem uma combinação única de crescimento, sobrevivência e fecundidade, com consequências para a regeneração, coexistência e manutenção da diversidade de espécies em habitats modificadosItem Influência do estado de conservação de fragmentos florestais na estrutura de populações de espécies arbóreas de diferentes estratos verticaisBovolenta, Yves Rafael; Pimenta, José Antonio [Orientador]; Soares, Francisco Striquer; Torezan, José Marcelo DominguesResumo: A estrutura de populações representa uma síntese da história de vida dos indivíduos de populações arbóreas, e influencia na capacidade competitiva, de sobrevivência, de colonização e reprodutiva Foram determinadas as relações alométricas de altura e diâmetro e as estruturas de tamanho e espacial de populações arbóreas de espécies de subosque (Actinostemon concolor (Spreng) Müll Arg, Sorocea bonplandii (Baill) WC Burger, Lanj & Wess Boer, e Inga marginata Willd) e de dossel/emergente (Campomanesia xanthocarpa O Berg, Aspidosperma polyneuron Müll Arg e Cabralea canjerana (Vell) Mart) em áreas com e sem histórico de exploração de madeira O Parque Estadual Mata São Francisco (23º 15’ S e 5º 45’ W), sofreu corte seletivo de madeira no passado e o Parque Estadual Mata dos Godoy (23º 27’ S e 51º 15’ W) não possui histórico de exploração, considerado em ótimas condições de preservação Foram demarcadas 6 parcelas contínuas (áreas amostrais) de 1 m2 (1 m x 1 m), subdivididas em 24 subparcelas de 25 m2 (5 m x 5 m), sendo que 12 subparcelas foram alocadas em cada uma das áreas de estudo Utilizou-se o ANCOVA para testar possíveis diferenças nas relações alométricas entre diâmetro e altura entre as populações das diferentes áreas Para avaliar a simetria das distribuições de tamanho foi usado o coeficiente de assimetria (skewness), e o teste de Kolmogorov-Smirnov para comparar as estrutura de tamanho entre áreas e entre espécies A distribuição espacial foi avaliada pelo coeficiente de autocorrelação de Moran (I) Observaram-se diferenças nas relações alométricas, distribuição das classes de tamanho e padrão espacial entre áreas, indicando que os impactos sofridos pela exploração de madeira alteraram a estrutura populacional de algumas espécies Além disso, os resultados sugerem que o processo de regeneração florestal está ocorrendo, evidenciado pelos indivíduos das espécies de dossel C xanthocarpa e C canjerana, que apresentam arquitetura igual entre a área explorada e preservada e pelo grande número de indivíduos regenerantes da maioria das espécies, distribuídos por toda a extensão das áreas amostrais Mesmo as espécies que possuem madeira com alto valor econômico, que foram alvos diretos da exploração e tem um déficit de indivíduos nas maiores classes de tamanho, possuem regenerantes na maioria das parcelas da área explorada, mesmo que em menor quantidade, indicando que os propágulos estão chegando a essa área As espécies de subosque ocupam com maior densidade toda a extensão das áreas amostrais e possuem a arquitetura explicada pelo modelo de similaridade geométrica nas duas áreas, com exceção da população de I marginata que se comportou diferente das demais na área explorada Os dois grupos de espécies apresentam o mesmo padrão de crescimento quando se desenvolvem sob o dossel sombreado da floresta, só é possível uma diferenciação mais clara na arquitetura entre grupos quando incluídos os indivíduos mais altos de dossel, que possuem maior investimento em espessura As espécies de dossel/emergente diretamente exploradas (A polyneuron e C canjerana) se regeneram, ainda sem ocupar o dossel efetivamente como ocupam na área preservada, enquanto C xanthocarpa se desenvolve bem em ambas as áreas Aspectos populacionais, como as relações alométricas e as estruturas de tamanho e espacial se mostraram importantes na avaliação dos efeitos do distúrbio sobre as populações e dos processos de regeneração da floresta