Navegando por Autor "Bordini, Jaqueline Gozzi"
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Item Efeito da moagem a seco na minimização de fumonisinas em milho e derivadosBordini, Jaqueline Gozzi; Ono, Elisabete Yurie Sataque [Orientador]; Corrêa, Benedito; Santos, Joice Sifuentes dos; Yamaguchi, Margarida Masami; Oliveira, Tereza Cristina Rocha Moreira deResumo: As fumonisinas são um grupo de micotoxinas frequentemente detectadas em milho e estão relacionadas a diversos efeitos tóxicos em seres humanos e animais A moagem a seco é um processamento industrial que separa o grão em três frações principais: o gérmen e o pericarpo, que são as frações externas, e o endosperma, a fração interna que é transformada em fubá e grits destinados à alimentação humana Contudo, as fumonisinas não são destruídas durante esse processamento, podendo ser concentradas em certas frações Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a contaminação fúngica e a distribuição da fumonisina B1 (FB1) e fumonisina B2 (FB2) em milho convencional e transgênico e em suas frações obtidas por moagem a seco (gérmen, pericarpo, endosperma, fubá e grits), bem como avaliar o grau de exposição humana às fumonisinas no Brasil e em países importadores Para esse propósito, quatro lotes de milho (dois lotes convencional e dois lotes transgênico) e de suas frações, (N = 48) foram coletadas em uma das maiores indústrias de processamento do Brasil, localizada no norte do Paraná Em ambos os tipos de milho, as fumonisinas (B1 + B2) foram detectadas em maiores níveis no gérmen e no pericarpo e em menores níveis no endosperma, fubá e grits As taxas de concentração de fumonisinas no gérmen e pericarpo corresponderam a 22% e 215% (transgênico) e a 317% e 226% (convencional), respectivamente, em relação ao milho íntegro Por outro lado, houve uma redução da contaminação por fumonisinas no endosperma, fubá e grits em uma taxa de 86%, 9 e 91% obtidas de milho transgênico e de 7%, 76% e 89% de convencional, respectivamente Não houve diferença significativa (p > ,5) entre os níveis de fumonisinas (B1 +B2) de milho íntegro transgênico (média de 13 µg/kg) e convencional (média de 918 µg/kg) Porém, houve diferença significava entre os níveis de fumonisinas no gérmen, endosperma e fubá, sendo maior nas frações internas provenientes de milho convencional (p < ,5) Baseando-se na contaminação média de fumonisinas (B1 + B2) dos quatro lotes de milho íntegro, endosperma, fubá e grits e nos dados de ingestão destes alimentos, a Ingestão Diária Provável (IDP) de fumonisinas no Brasil e nos países importadores foi calculada A IDP total de fumonisinas no Brasil foi de 98 ng/kg peso corpóreo por dia, o que representa 5% da ingestão diária máxima tolerada provável para fumonisinas (2 ng/kg peso corpóreo/dia) Nos países importadores de milho brasileiro, a IDP foi maior em Angola (171 ng/kg peso corpóreo/dia) do que nos países da Europa (de 4 a 192 ng/kg peso corpóreo/dia) e Malásia (68 ng/kg peso corpóreo/dia) A contagem fúngica total média dos quatro lotes de milho e de seus derivados variou de 1,6 x 12 UFC/g (fubá) a 1,9 x 13 UFC/g (milho), mais baixo que o limite máximo de 14 UFC/g recomendado pela Food and Drug Administration (FDA) Além disso, 92,5 e 87,5% das amostras de milho (transgênico e convencional, respectivamente) apresentaram níveis de fumonisinas (FB1 + FB2) abaixo do limite máximo tolerado pela Comissão Européia (2 µg/kg) Portanto, o milho e suas frações obtidas por moagem industrial a seco apresentaram uma boa qualidade micológica e este processamento foi eficiente em minimizar a contaminação por fumoninisas em derivados de milho destinados à alimentação humanaItem Estratégias para a minimização de contaminação de rações por micotoxinasBordini, Jaqueline Gozzi; Ono, Elisabete Yurie Sataque [Orientador]; Taniwaki, Marta Hiromi; Yabe, Maria Josefa SantosResumo: Micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos produzidos por fungos filamentosos que podem contaminar produtos agrícolas e estão relacionadas a diversos efeitos tóxicos em seres humanos e animais O melhor método de controle de micotoxinas é a prevenção, porém, muitas vezes a contaminação é inevitável, sendo necessária a utilização de métodos de detoxificação, como o uso de sorventes O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de exposição de frangos de corte à ocratoxina A (OTA) por meio de ração naturalmente contaminada, bem como a qualidade higiênica das rações Para este propósito, a contagem fúngica total e a ocorrência de OTA foram avaliadas em quatro tipos de ração destinada à alimentação de frangos de corte, coletadas de uma granja da região norte do Estado do Paraná, Brasil Paralelamente, a eficácia de uma mistura de sorventes orgânico (parede celular de levedura) e inorgânico (carvão ativado) na proporção de 75:25 na remoção de zearalenona (ZEA) in vitro foi avaliada por meio de um planejamento experimental Box Behnken (43) incompleto Considerando os resultados desse delineamento, foi desenvolvido um segundo planejamento Box Behnken (33) incompleto para avaliar a eficiência de diferentes proporções de mistura de sorventes (parede celular de levedura e carvão ativado) na sorção de ZEA in vitro, bem como o efeito do pH e de diferentes concentrações de ZEA Na maioria das amostras de ração, a contagem fúngica total estava abaixo de 15 UFC/g, limite máximo estabelecido para assegurar a boa qualidade da ração A OTA foi detectada em 42,8% das amostras de ração pré-inicial e em 4,9% na inicial com níveis médios de ,29 µg/kg e ,19 µg/kg, respectivamente Nas rações de engorda e abate, a OTA foi detectada em 43,1% e em 52,2% com níveis médios de ,59 µg/kg e ,28 µg/kg, respectivamente A ingestão diária estimada de OTA para as amostras de ração pré-inicial, inicial, engorda e abate foram de ,21 µg/kg peso por dia, ,8 µg/kg peso por dia, ,33 µg/kg peso por dia e ,18 µg/kg peso por dia, respectivamente A ingestão diária de OTA estava abaixo do LOAEL (Low Observed Adverse Effect Level) para suínos (8 µg/kg peso corpóreo por dia), indicando que a ração é segura para o consumo em relação à OTA Em relação aos testes de sorção de ZEA, a mistura de sorventes parede celular de levedura e carvão ativado (75:25) apresentou alta eficiência na sorção de ZEA in vitro (97,6 a 99,7%) Com base nesses resultados, a porcentagem de sorvente foi fixada em ,5 % e o tempo de incubação, em 6 minutos para os ensaios dos testes de sorção do segundo planejamento Box Behenken (33) O modelo resultante do planejamento Box Behenken (33) mostrou coeficiente de correlação adequado (R2) de ,98 A mistura de sorventes mais eficiente na sorção de ZEA foi a de proporção 75:25 (> 96,13%), em relação à mistura nas proporções de 87,5:12,5 (81,34 a 93,67%) e de 1: (55,7 a 78,13%) A proporção de sorventes (parede celular de levedura e carvão ativado), bem como a concentração de ZEA foram as variáveis significativas em nível de 5%, indicando que a sorção será maior quando se utilizar a proporção 75:25 dos sorventes e concentrações menores de ZEA Porém, a sorção utilizando ZEA na concentração de 12 ng/mL, com essa proporção de sorvente foi satisfatória (> 98%) O pH entre 3, e 6, não interferiu no processo de sorção de ZEA in vitro, indicando que a ligação entre a mistura de sorventes e a zearalenona será estável em todo trato gastrointestinal dos animais