Navegando por Autor "Birolim, Marcela Maria"
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Item Análise da estrutura dimensional do Demand Control Support Questionnaire e fatores ocupacionais associados às demandas psicológicas, ao controle e ao trabalho de alta exigência em professores do ensino básico de Londrina (PR)Birolim, Marcela Maria; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Hökerberg, Yara Hahr Marques; Benevides-Pereira, Ana Maria Teresa; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço; Durán González, Alberto; Mesas, Arthur Eumann [Coorientador]Resumo: A docência é considerada uma profissão estressante e seu exercício é permeado por condições de trabalho adversas O Demand Control Support Questionnaire (DCSQ) considera o trabalho de alta exigência como decorrente da combinação entre altas demandas psicológicas e baixo controle no processo de trabalho e tem sido utilizado para investigar associação entre estresse e desfechos negativos em saúde Este estudo tem como objetivo analisar a estrutura dimensional do Demand Control Support Questionnaire e fatores ocupacionais associados às demandas psicológicas, ao controle e ao trabalho de alta exigência em professores do ensino básico de Londrina (PR) Trata-se de um estudo transversal A população foi composta por 842 professores das 2 escolas com maior número de docentes da rede estadual do município Informações ocupacionais foram obtidas por meio de entrevistas no período de agosto de 212 a junho de 213 Dados sociodemográficos e o DCSQ faziam parte de um questionário autorrespondido Análises fatoriais confirmatórias e exploratórias foram utilizadas na avaliação da dimensionalidade do DSCQ Para o estudo de associação das dimensões e subdimensões do DSCQ com fatores ocupacionais foi utilizada a análise de regressão logística com cálculo das razões de odds (OR) e respectivos intervalos de confiança (IC 95%) Nos modelos multivariados finais permaneceram as variáveis com p < ,5 Os resultados da análise fatorial confirmatória apoiaram o intrumento formado por quatro dimensões: demandas psicológicas, uso de habilidades, autonomia para decisão e apoio social, com melhor ajuste do modelo com exclusão do item “trabalho repetitivo” No estudo de associação, após ajustes, altas demandas psicológicas foram associadas (p<,5) com idade mais jovem, maior tempo de trabalho na docência, percepção regular/ruim sobre a remuneração, sobre a quantidade de alunos por sala de aula e sobre o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, além de à violência sofrida nos 12 meses anteriores à entrevista Para a dimensão controle foram observadas diferenças nas associações em sua forma combinada (uso de habilidades e autonomia de decisão) e naquelas que consideraram separadamente estas duas subdimensões Carga horária maior que 4 horas (OR=1,72; IC 95%=1,5-2,82), percepção negativa em relação à remuneração (OR=1,93; IC 95%=1,41-2,65), à quantidade de alunos por sala de aula (OR=1,43; IC 95%=1,3-1,99), ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (OR=2,36; IC 95%=1,71-3,26) e ter sofrido violência na escola nos 12 meses anteriores à entrevista (OR=1,84; IC 95%=1,31-2,58) foram significativamente associados ao trabalho de alta exigência No entanto, após análise estratificada por grupos de maior e menor apoio social no trabalho, as variáveis carga horária acima de 4 horas e percepção regular/ruim em relação à quantidade de alunos por sala foram significativas apenas no grupo de menor apoio social Os resultados revelam que condições específicas de trabalho e percepções dos professores sobre seu ambiente laboral estão associadas a altas demandas psicológicas, baixo controle e ao trabalho de alta exigência e que o apoio social no trabalho atua como moderador em algumas dessas associaçõesItem Análise dos fatores ocupacionais associados ao estresse e à qualidade do sono em agentes de segurança penitenciáriaGonçalves, Soraya Geha; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Nunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida; Guidoni, Camilo Molino; Ballester, Dinarte Alexandre Prietto; Birolim, Marcela Maria; Rodrigues, Renne [Coorientador]Resumo: Os Agentes de Segurança Penitenciária (ASP) são os trabalhadores responsáveis pela gestão e operação das penitenciárias, sofrendo com os problemas do sistema penitenciário, como superlotação e dificuldades de implementar políticas adequadas à ressocialização das pessoas privadas de liberdade Como consequência, esses trabalhadores são expostos a condições de trabalho inadequadas, que podem resultar em problemas como estresse ocupacional e má qualidade do sono Em razão da importância desses profissionais para o sistema penitenciário e dos possíveis impactos das condições de trabalho sobre a saúde destes, a presente tese teve como objetivo analisar a associação entre as condições de trabalho com o estresse ocupacional e a qualidade do sono em ASP Trata-se de um estudo de corte transversal realizado com ASP do sexo masculino atuantes em quatro penitenciárias do Estado de São Paulo, no período de janeiro a agosto de 219 O estresse ocupacional, obtido por meio do Swedish Demand-Control-Support Questionnaire (DCSQ), e a pior qualidade do sono, obtida pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) > 5 pontos, constituíram desfechos analisados em estudos independentes em relação às variáveis ocupacionais O trabalho de alta exigência foi identificado em 24,3% dos 321 ASP incluídos no primeiro estudo Análises ajustadas demonstraram maior chance para o trabalho de alta exigência: turno diarista (ORaj= 5,; IC 95%: 1,65 – 15,13) e vontade de mudar de profissão (ORaj= 3,75; IC 95%: 1,56 – 9,3) e maior chance para o trabalho ativo: turno diarista (ORaj= 8,19; IC 95%: 2,93 – 22,9) e maiores exigências mentais (ORaj= 4,82; IC 95%: 1,6 – 14,47) A pior qualidade do sono foi observada em 57,8% dos 256 ASP incluídos no segundo estudo, associando-se, em análises ajustadas, a maiores exigências mentais (ORaj= 3,1; IC 95%: 1,4 – 6,85), à insatisfação profissional (ORaj= 4,52; IC 95%: 1,32 – 15,46), à dificuldade para deixar de pensar no trabalho durante o tempo livre (ORaj= 5,13; IC 95%: 1,26 – 2,78) e com a vontade de mudar de profissão (ORaj= 3,2; IC 95% 1,53 – 6,71) Com base nos resultados encontrados, é possível verificar que o ambiente laboral dos ASP, seja pelas condições ou pela organização do processo de trabalho, aumentam as chances da associação com estresse ocupacional e pior qualidade do sono Desta forma, constata-se a necessidade de estratégias organizacionais e estruturais que possam contribuir para amenizar os principais fatores ocupacionais relacionadas a alta demanda do trabalho, assim como a implantação de programas para a promoção da qualidade do sono, visando saúde e bem-estar dos ASP e garantia de segurança para o processo de trabalhoItem Avaliação de uma intervenção com codificadores hospitalares para melhoria da informação sobre internações por causas externasBirolim, Marcela Maria; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Mathias, Thaís Aidar de Freitas; Souza, Regina Kazue Tanno deResumo: O Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) éuma importante base de dados nacional sobre a morbidade hospitalar No entanto, asubnotificação de determinados tipos de causas constitui-se um problema para aconfiabilidade dos seus dados O presente estudo tem por objetivo caracterizar oprocesso de codificação de causas externas nas internações hospitalares realizadaspelo SUS e avaliar o impacto de uma intervenção com codificadores hospitalares namelhoria da qualidade da informação dessas causas O estudo foi realizado emLondrina (PR) em três fases A primeira fase buscou caracterizar os codificadoresdos hospitais segundo características pessoais, de formação em codificação decausas de internações e de trabalho, bem como identificar as dificuldades referidaspor esses profissionais relacionadas ao processo de codificação de causas externasOs dados foram coletados por meio de formulário estruturado aplicado nos locais detrabalho desses profissionais A segunda teve a finalidade de comparar a qualidadeda codificação antes e depois de uma intervenção que se consistiu de umtreinamento no qual foram realizadas três exposições sobre o assunto e aplicou-se,antes e depois das explanações, um instrumento com casos de internações porcausas externas para que fossem codificadas as causas A terceira fase consistiu-seem uma avaliação dos registros do SIH-SUS quanto à codificação das causas deinternação Para essa fase foram revisados manualmente os laudos médicos deautorizações de internação hospitalar (AIHs) de três hospitais gerais em doisperíodos distintos (sessenta dias antes e sessenta dias após o treinamento) Taislaudos foram transcritos e codificados por duas pessoas treinadas O banco dedados do SIH foi obtido do sítio do DATASUS, nos períodos selecionados Tendo onúmero da AIH como campo identificador entre os dois bancos, foi possível fazer acomparação entre os dados dessas duas fontes nos períodos antes e após otreinamento, utilizando-se o programa Epi Info, versão 64d Em relação ao perfildos codificadores verificou-se predomínio de mulheres na faixa etária dos 41 aos 5anos; 85,7% dos participantes disseram ter aprendido a codificar no próprio trabalho,sem passar por nenhum treinamento prévio para o exercício da função Asdificuldades mais referidas no processo de codificação foram: ausência deinformação sobre a causa externa no laudo médico e a ilegibilidade da mesma Naavaliação imediata após o treinamento, observou-se aumento na taxa de acertospara a maioria dos códigos, obtendo uma razão de acertos depois /antes de 1,22(p=,3) para as causas categorizadas em nível de três caracteres Na terceira fase,observou-se, após a intervenção baseada em sensibilização e treinamento, discretamelhoria na qualidade da informação por causas externas no SIH em dois doshospitais estudados O hospital 1 foi o que apresentou melhor qualidade dainformação nas internações por causas externas, tanto antes quanto após otreinamento (Kappa ,85 antes e ,9 após) No hospital 2 ocorreu diminuição emtodos os indicadores de concordância após o treinamento e, no hospital 3, todos osindicadores de concordância segundo a informação do SIH e da pesquisaaumentaram no período pós intervenção Conclui-se que treinamentos podem serestratégias que contribuam para a melhoria da qualidade da informação, porém,para serem efetivos, eles devem ser periódicos, envolvendo todos os responsáveispela geração dessa informação e devem estar vinculados com as propostas detransformação dos serviços de saúde