Navegando por Autor "Biazi, Giuliana Regina"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Efeitos da interleucina 6 sobre a neoglicogênese, ação supressiva da insulina na glicogenólise e sensibilidade periférica à insulina(Universidade Estadual de Londrina, 2022-04-29) Biazi, Giuliana Regina; Souza, Helenir Medri de; Uchôa, Ernane Torres; Graciano, Maria Fernanda Rodrigues; Kurauti, Mirian Ayumi; Bazotte, Roberto BarbosaResumo: A interleucina 6 (IL6) é uma citocina que, além da sua função imunomoduladora, está envolvida com diversas respostas biológicas em vários tecidos, desempenhando importantes funções homeostáticas. Esta citocina exerce uma variedade de efeitos metabólicos, desempenhando importante função na regulação do metabolismo de lipídeos, proteínas e carboidratos, especialmente na homeostase da glicose. No entanto, o aumento crônico de IL6, como ocorre em doenças inflamatórias (diabetes tipo 2 e câncer), tem sido associado a vários distúrbios metabólicos, incluindo anormalidades no metabolismo da glicose. Embora alguns efeitos metabólicos da IL6 estão bem estabelecidos, seu efeito na neoglicogênese é controverso e sobre a ação da insulina no catabolismo do glicogênio estimulado pela adenosina monofosfato cíclica (AMPc) é desconhecido. Os objetivos principais deste estudo foram investigar os efeitos da IL6 sobre a neoglicogênese hepática a partir de vários precursores de glicose (alanina, piruvato e glutamina) e sobre a ação supressiva da insulina na glicogenólise hepática estimulada pelo AMPc em ratos. Os efeitos da IL6 na sensibilidade periférica à insulina também foram avaliados. Para estes propósitos, a IL6 foi administrada endovenosamente nos ratos. Uma (1) hora depois foram avaliadas a neoglicogênese e a glicogenólise, em perfusão de fígado in situ, e a sensibilidade periférica à insulina, por meio do teste de tolerância à insulina (ITT). A injeção endovenosa de IL6 aumentou a produção hepática de glicose a partir da alanina, sem alterar a produção de piruvato, lactato e ureia. A injeção de IL6 também aumentou a produção hepática de glicose a partir do piruvato e da glutamina. Além disso, a IL6 diminuiu o efeito inibitório da insulina na produção hepática de glicose e glicogenólise estimuladas pelo AMPc. Adicionalmente, a IL6 reduziu a constante de desaparecimento da glicose (kITT) no plasma, durante o ITT. Em conclusão, a IL6 agudamente (1 hora) aumentou a neoglicogênese a partir de vários precursores de glicose (alanina, piruvato e glutamina) e diminuiu o efeito supressivo da insulina na glicogenólise estimulada pelo AMPc e a sensibilidade periférica à insulina. Os resultados sugerem um papel importante da IL6 na patogênese da resistência hepática e periférica à insulina e no aumento da liberação hepática de glicose (neoglicogênese e glicogenólise) em doenças inflamatórias, tais como o diabetes tipo 2 e câncer. Abstract: Interleukin 6 (IL6) is a cytokine that, in addition to its immunomodulatory function, is involved in several biological responses in various tissues, performing important homeostatic functions. This cytokine exerts a variety of metabolic effects, playing an important role in the regulation of lipid, protein and carbohydrate metabolism, especially in glucose homeostasis. However, the chronic increase of IL6, as occurs in inflammatory diseases (type 2 diabetes and cancer), has been associated with several metabolic disorders, including abnormalities in glucose metabolism. Although some metabolic effects of IL6 are well established, its effect on gluconeogenesis is controversial and on the action of insulin on glycogen catabolism stimulated by cyclic adenosine monophosphate (cAMP) is unknown. The main objectives of this study were to investigate the IL6 effects on hepatic gluconeogenesis from various glucose precursors (alanine, pyruvate and glutamine) and on insulin suppressive action in the cAMP-stimulated hepatic glycogenolysis in rats. The IL6 effects on peripheral insulin sensitivity were also evaluated. For these purposes, IL6 was administered intravenously to the rats. One (1) hour later, gluconeogenesis and glycogenolysis were evaluated in in situ liver perfusion, and peripheral insulin sensitivity using the insulin tolerance test (ITT). Intravenous injection of IL6 increased hepatic glucose production from alanine, without changing pyruvate, lactate and urea production. IL6 injection also increased hepatic glucose production from pyruvate and glutamine. Furthermore, IL6 decreased the insulin inhibitory effect on hepatic glucose production and glycogenolysis stimulated by cAMP. Additionally, IL6 reduced the plasma glucose disappearance constant (kITT) during ITT. In conclusion, IL6 acutely (1 hour) increased gluconeogenesis from several glucose precursors (alanine, pyruvate, and glutamine) and decreased the insulin suppressive effect on cAMP-stimulated glycogenolysis and peripheral insulin sensitivity. The results suggest an important role for IL6 in the pathogenesis of hepatic and peripheral insulin resistance and in the enhancement of hepatic glucose release (gluconeogenesis and glycogenolysis) in inflammatory diseases such as type 2 diabetes and cancer.Item Resposta hepática ao glucagon, a agonistas adrenérgicos e ao AMPc na glicogenólise, neoglicogênese e glicólise em ratos com caquexia induzida por tumor Walker-256Biazi, Giuliana Regina; Souza, Helenir Medri de [Orientador]; Uchôa, Ernane Torres; Bazotte, Roberto BarbosaResumo: Portadores de câncer apresentam alterações no metabolismo de proteínas, lipídeos e carboidratos que resultam em perda acentuada de massa muscular e adiposa e de peso corpóreo (caquexia) Estas anormalidades metabólicas que resultam na caquexia do câncer são causadas por fatores catabólicos produzidos pelo tumor, como o fator indutor de proteólise (PIF) e o fator mobilizador de lipídeos (LMF), e pelas citocinas pró-inflamatórias (TNFa, IL1 e IL6) produzidas pelo sistema imune e tumor É possível que a resistência insulínica também contribua para as anormalidades metabólicas presentes na caquexia do câncer, visto que a insulina possui importantes efeitos anabólicos e anti-catabólicos Embora a resistência à insulina esteja bem estabelecida em portadores de câncer, a resposta ao glucagon e a adrenalina nesta doença, particularmente no metabolismo hepático da glicose, é pouco conhecida Diante disto, o objetivo deste estudo foi investigar a resposta hepática ao glucagon, aos agonistas adrenérgicos fenilefrina (a) e isoproterenol (ß) e ao AMPc (mensageiro intracelular do glucagon e da adrenalina) na glicogenólise, neoglicogênese e glicólise em ratos portadores de tumor Walker-256 Para este propósito, foram utilizados ratos portadores de tumor Walker-256, com 12 dias de desenvolvimento tumoral, e ratos saudáveis (controles) A resposta para o glucagon, agonistas adrenérgicos e AMPc foi avaliada em perfusão de fígado in situ O conteúdo de ATP no fígado também foi quantificado O glucagon (1 nM) estimulou a glicogenólise e a neoglicogênese e inibiu a glicólise no fígado dos ratos saudáveis e portadores de tumor, porém seus efeitos foram menores nos ratos portadores de tumor O isoproterenol (2 µM) estimulou a glicogenólise, a neoglicogênese e a glicólise nos ratos saudáveis, mas praticamente não teve efeitos nos ratos portadores de tumor O AMPc (9 µM) também estimulou a glicogenólise e a neoglicogênese e inibiu a glicólise nos ratos saudáveis, mas praticamente não teve efeito nos ratos portadores de tumor A fenilefrina (2 µM) estimulou a glicogenólise e a neoglicogênese e inibiu a glicólise, sendo estes efeitos também menores nos ratos portadores de tumor O conteúdo de ATP no fígado dos ratos portadores de tumor foi menor em comparação ao dos ratos saudáveis Em conclusão, ratos portadores de tumor Walker-256 apresentaram menor resposta hepática ao glucagon, aos agonistas adrenérgicos (a e ß) e ao AMPc na glicogenólise, neoglicogênese e glicólise, a qual pode ser devida a reduzida taxa de fosforilação de enzimas regulatórias destas vias, causada pelo baixo conteúdo de ATP no fígado Nossos estudos mostram pela primeira vez que um déficit de ATP pode estar associado à redução das respostas ao glucagon, isoproterenol, AMPc e a fenilefrina no metabolismo hepático da glicose dos ratos portadores de tumor