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Submissões Recentes
Participação feminina nos tribunais arbitrais: obstáculos enfrentados pelas mulheres árbitras para aquisição de capital simbólico
(2025-08-05) Baddauy, Leticia de Souza; Lima, Ângela Maria de Sousa; Soares, Fabiane Verçosa Azevedo; Freire, José Nantala Bádue; Eras, Lígia Wilhelms; Diaz, Sandra Maria Mattar
Esta tese investiga a arbitragem como microcampo jurídico, à luz da teoria dos campos de Pierre Bourdieu, com especial atenção à trajetória de mulheres que atuam como árbitras. A partir de uma abordagem sociológica, analisa-se como os capitais econômico, cultural, social e simbólico são mobilizados na formação das trajetórias profissionais no campo da arbitragem e de que modo perpetuam-se mecanismos de consagração e exclusão. A pesquisa combina revisão bibliográfica, estudo teóricoconceitual e análise empírica a partir de dados coletados por meio de survey com mulheres inseridas no universo arbitral brasileiro. Utiliza-se a análise de conteúdo, segundo Laurence Bardin, para interpretar qualitativamente as respostas abertas, e a análise estatística descritiva para as respostas fechadas. Os resultados demonstram que o ingresso e o reconhecimento das mulheres no campo da arbitragem estão fortemente condicionados à posse e à conversão estratégica de capitais específicos, especialmente o capital simbólico, cuja legitimação depende de redes de confiança e de mecanismos de visibilidade socialmente construídos. Além disso, identificam-se práticas de violência simbólica e resistência feminina, revelando uma tensão constante entre habitus jurídico e habitus de gênero. Conclui-se que, apesar da aparência de neutralidade técnica, o campo da arbitragem reproduz estruturas de desigualdade simbólica, o que exige a adoção de políticas institucionais voltadas à equidade de gênero e ao reconhecimento de trajetórias plurais
Desenvolvimento de método de microextração líquido-líquido com solvente eutético profundo (DES) para determinação de herbicidas em material particulado atmosférico
(2025-10-10) Leal, Rafael Junqueira; Solci, Maria Cristina; Gonzalez, Mario Henrique; Zeraik, Maria Luiza; Tarley, César Ricardo Teixeira
Um método de microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME) utilizando solvente eutético profundo (DES) foi desenvolvido para pré-concentração simultânea de quatro herbicidas triazínicos: simazina, atrazina, ametrina e propazina. O método foi aplicado em amostras atmosféricas de material particulado fino (PM2,5) para determinação dos pesticidas por cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (HPLC-DAD). Na DLLME, são utilizados 200 µL do DES composto de mentol e 2-propanol na proporção molar de 1:4, respectivamente. O DES proposto foi caracterizado por ressonância magnética nuclear de hidrogênio (1H-RMN) e calorimetria diferencial de varredura (DSC) e, além disso, sua dispersão foi avaliada por microscopia óptica. Os parâmetros da microextração foram avaliados de forma multivariada por um planejamento fatorial 24, com o objetivo de maximizar a função desejabilidade global para a eficiência de sensibilidade. Os filtros contendo PM2,5 foram submetidos a extração assistida por ultrassom, em meio aquoso, durante 10 minutos. Posteriormente, 15 mL do extrato filtrado foram submetidos a pré-concentração com DES. Foram obtidos altos fatores de pré-concentração (75,7-155,3), bem como baixos valores de LQ (0,47-0,58 µg L-1). A precisão, avaliada em termos de porcentagem do desvio padrão relativo (%RSD), variou de 4,6 a 10,6%. O método foi aplicado para determinar os herbicidas em amostras atmosféricas, obtendo altos valores de recuperação (82-113%), comprovando a ausência de efeito de matriz da metodologia e possibilitando a quantificação dos analitos pelo método do padrão externo por meio de curvas analíticas
Melatonina modula a atividade de lactato desidrogenase e reduz viabilidade e potencial migratório de células tumorais HuH7.5
(2022-09-23) Cruz, Ellen Mayara Souza; Seiva, Fabio Rodrigues Ferreira; Mantovani, Mário Sergio; Venâncio, Emerson José; Pavanelli, Wander Rogerio
O Carcinoma Hepatocelular (CHC), uma neoplasia primária derivada dos hepatócitos, é um tipo agressivo de câncer, apresentando apenas 18% de sobrevida em 5 anos, baixa responsividade e recorrente quimiorresistência. Diversos estudos têm buscado por compostos alternativos capazes de diminuir o potencial proliferativo e que sejam efetivos no tratamento do CHC. A melatonina é uma indolamina secretada principalmente pela glândula pineal, contudo outros órgãos são capazes de produzir melatonina para seu próprio uso e em menor concentração, dentre eles o fígado. Estudos já demonstraram efeitos potenciais da melatonina em inibir a proliferação celular, antiangiogênese, imunomodulador e antimetastático. O presente estudo teve por objetivo explorar a atividade antitumoral da melatonina contra a linhagem celular de carcinoma hepatocelular HuH7.5. Inicialmente, foi avaliada a viabilidade celular da linhagem tratada com a melatonina (0,50 – 4 mM) nos tempos de 24 e 48h por ensaio de 3-(4,5-Dimethylthiazol-2-yl) -2,5-Diphenyltetrazolium Bromide (MTT). Após este ensaio, foram escolhidas as concentrações de 2 e 4 mM para os demais experimentos. Foram avaliadas alterações morfológicas e capacidade de migração celular por microscopia eletrônica de varredura e ensaio de cicatrização de ferida. Também foram feitas imunomarcações para N-caderina e TGF. Para avaliar as alterações no metabolismo energético foram dosadas as concentrações de glicose e lactato, bem como a atividade da enzima lactato desidrogenase (LDH). Realizou-se também o ensaio de clonogenicidade, para análise de formação de colônias. As células tratadas com 2 e 4 mM apresentaram migração comprometida, além de alterações morfológicas como redução na microvilosidade, rompimentos nas junções aderentes e dano a membrana celular. Houve redução acentuada de N-caderina e TGF após os tratamentos. A melatonina reduziu os níveis de glicose, lactato e LDH intracelular, bem como o número de colônias formadas. Desse modo, foi possível verificar a ação citotóxica e antiproliferativa direta da melatonina sobre a linhagem tumoral, sugerindo a melatonina como uma candidata promissora para ser avaliada como coadjuvante no tratamento do CHC
