Repositório Institucional da UEL - RIUEL

Foto: Portal UEL
 

Submissões Recentes

Item
Impacto da oclusão vascular parcial na dor, capacidade funcional, força, ativação muscular do quadríceps e controle postural de mulheres com e sem dor patelofemoral
(2023-12-14) Ferreira, Daiene Cristina; Macedo, Christiane de Souza Guerino; Rodrigues, Aryane Flauzino Machado; Almeida, Gabriel Peixoto Leão; Oliveira, Márcio Rogério de; Andraus, Rodrigo Antônio Carvalho
Introdução: O uso da oclusão vascular parcial (OVP) aumentou consideravelmente nos últimos anos, tanto em indivíduos saudáveis como na reabilitação de pacientes com disfunções musculoesqueléticas. Entretanto, poucos estudos avaliaram o efeito da OVP na dor patelofemoral, e os parâmetros de aplicação e protocolos de intervenção com OVP ainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Verificar o impacto da OVP do quadríceps na dor, capacidade funcional, força, ativação muscular do quadríceps e controle postural de mulheres com e sem dor patelofemoral. Métodos e Resultados: Foram realizados dois estudos. O primeiro estudo avaliou 14 mulheres, sem queixas álgicas ou disfunções musculoesqueléticas, com e sem OVP, nos desfechos força muscular do quadríceps por dinamometria digital portátil, ativação muscular do quadríceps por eletromiografia de superfície, controle postural em apoio unipodal, com agachamento unipodal e na subida-descida de degraus com plataforma de força. Os resultados mostram que o uso da OVP não apontou diferenças de força e ativação muscular, mas melhorou a velocidade da oscilação anteroposterior do controle postural em apoio unipodal. Foi estabelecida correlação moderada e inversa entre força muscular e as variáveis do controle postural na subida de degraus durante o uso da OVP (r = -0,5), e no grupo sem OVP observou-se correlação de moderada a forte no exercício de mini agachamento e na descida de escada (-0,5 < r > -0,7). Concluiu-se que a OVP não prejudicou a força, ativação muscular do quadríceps ou o controle postural de mulheres saudáveis. O segundo estudo foi um ensaio clínico aleatorizado e cego, com mulheres com dor patelofemoral submetidas à dois protocolos de intervenção. O grupo de fortalecimento do quadríceps com carga externa (20 % do peso corporal) realizou 12 atendimentos, por seis semanas. O grupo com OVP realizou o mesmo protocolo de exercícios sem carga externa e com OVP no quadríceps. Os desfechos foram dor na realização dos exercícios (Escala Visual Análoga - EVA), dor na última semana (EVA), capacidade funcional (Anterior Knee Pain Scale - AKPS e Lysholm Knee Scoring Scale - Lyshom), controle postural em atividades de subida e descida de degrau (plataforma de força), ativação muscular (eletromiografia de superfície) e força muscular (dinamômetro portátil). O mesmo avaliador cego coletou os dados na linha de base, após o tratamento e com quatro semanas de follow-up. Os resultados mostram que a dor na última semana não foi diferente entre os grupos no baseline, após o tratamento e no follow-up (P>0,05), e que os dois grupos melhoraram significativamente (P<0,05; d>1). Entretanto, somente o grupo submetido à carga externa apresentou menor dor no follow-up. Para a dor durante os exercícios não houve diferença entre os grupos (P=0,79). Em relação à capacidade funcional, não foi estabelecida diferenças entre os grupos (P>0,05) na AKPS ou Lysholm, e ambos os grupos melhoraram de forma significativa após o tratamento e no follow-up (P<0,05; d>1). Para o controle postural não foi estabelecida diferença entre os grupos, mas somente o grupo com carga externa melhorou a oscilação do centro de pressão (COP) na subida (P<0,01) e descida (P=0,005) da escada após o tratamento. Os resultados da ativação muscular foram inconclusivos, e os grupos foram semelhantes no baseline e no momento após os tratamentos. Entretanto, no follow-up, o grupo com carga externa apresentou menor recrutamento do reto femoral (P<0,004) e o grupo OVP menor recrutamento do vasto medial obliquo (P<0,05). Para a força muscular do quadríceps não foi estabelecida diferenças entre os grupos nos momentos avaliados. Mas, somente o grupo com carga externa apresentou maiores valores no pós-tratamento (P=0,009) e manteve essa melhora no follow-up (P<0,001). Conclusão: Pode-se concluir que exercícios com OVP não tiveram alterações do controle postural, força e ativação muscular, e que os dois tratamentos desenvolvidos para mulheres com DPF, por meio de exercícios com OVP ou com carga externa de 20% do peso corporal, foram semelhantes para os resultados de dor, capacidade funcional, controle postural e força muscular. Como contribuição clínica, o uso da OVP apresenta os mesmos resultados de exercícios com carga adicional externa de 20% e podem ser mais uma opção de escolha do fisioterapeuta.
Item
Conservação pós-colheita da uva de mesa ‘Itália’ com folhas geradoras de SO2 na pré-embalagem e durante o armazenamento refrigerado
(2023-02-28) Higuchi, Maíra Tiaki; Roberto, Sérgio Ruffo; Sposito, Marcel Bellato; Biasi, Luiz Antonio; Sato, Alessandro Jefferson; Yamashita, Fábio; Youssef, Khamis
O objetivo deste trabalho foi avaliar a conservação pós-colheita da uva ‘Itália’ empregando-se folhas de liberação ultra-rápida de SO2 na pré-embalagem, associadas ou não às folhas de liberação lenta ou dupla fase de SO2 durante o armazenamento refrigerado. Os experimentos foram realizados em quatro safras consecutivas entre 2019 e 2021, sendo as uvas obtidas em um parreiral comercial localizado em Cambira, PR, Brasil. Em todos os tratamentos, as caixas de papelão corrugado contendo as cumbucas com os cachos foram forradas com filmes plásticos perfurados. Para o tratamento controle, não empregou-se nas caixas folha alguma geradora de SO2, somente os filmes plásticos perfurados. As uvas foram armazenadas em câmara refrigerada a 1,0 ± 1,0°C e 95% de umidade relativa do ar, e posteriormente em temperatura ambiente (22,0 ± 1,0°C) sem os filmes plásticos e as folhas de SO2 por 3 dias. Foi realizada a quantificação de fungos filamentosos na superfície das bagas anterior e posteriormente ao tratamento com a folha de campo de liberação ultra-rápida de SO2 na pré-embalagem. Foram avaliadas a incidência de mofo cinzento, quantificação de fungos filamentosos na superfície das bagas, perda de massa, firmeza da baga, escurecimento da ráquis, índice de cor da baga, degrana e propriedades químicas das bagas. De modo geral, a utilização da folha de campo de liberação ultra-rápida na pré-embalagem, associada às folhas geradoras de SO2 na câmara refrigerada foram eficientes para controlar o mofo cinzento, com destaque para a folha de liberação dupla fase, que conferiu a menor incidência até os 45 dias, bem como aos 90 dias de armazenamento refrigerado, enquanto a folha de liberação lenta resultou em eficácia intermediária. Os tratamentos contendo a combinação das folhas geradoras de SO2 proporcionaram baixa degrana e perda de massa, e com bom frescor da ráquis, sem quaisquer prejuízos à cor, firmeza e propriedades químicas das bagas. Além disso, a alta redução da incidência da doença também foi obtida quando empregada somente a folha de liberação dupla fase em câmara refrigerada, com boa manutenção da qualidade físico-química dos cachos.
Item
Desenvolvimento das culturas do brócolis e tomate com bioestimulantes
(2023-08-30) Chaves Junior, Osmar Jose; Ventura, Maurício Ursi; Passini, Amarildo; Saab, Otávio Abi; Hata, Fernando Teruhiko; Marubayashi, Rodrigo Yudi Palhaci
A sustetabilidede deve ser inerente ao manejo agricola, visando, de maneira eficiente reduzir a severidade de ataques de pragas e patógenos e melhorar a produtividade. Compostos bioestimulantes, como silício, quitosana e ácido salicílico, metil salicilato, ácido ferúlico, fenantrolina, dentre outros, têm apresentado resultados promissores em estudos ligados à produção vegetal. Os trabalhos têm por objetivo avaliar os efeitos de compostos bioestimulantes e suas combinações no desenvolvimento do brócolis e do tomateiro. Os experimentos foram conduzidos na Universidade Estadual de Londrina, o artigo A buscou comparar a influencia do tipo de cultivo frente aos tratamentos administrados, o ensaio foi conduzido em diferentes condições de cultivo: cultivo protegido e em condições externas. Os tratamentos foram aplicados via embebição de semente, sendo de 1 a 5 doses crescentes de fenantrolina, 5 a 10 doses crescentes de ácido ferúlico, ácido salicílico, silicio e testemunha (sem tratamento). Foram avaliados, em fase de muda, massa fresca e seca de parte aérea e raiz por meio de pesagem e perimetro, volume e área superficial por meio do software GiaRoots, na etapa reprodutiva, os frutos foram pesados determinando-se entao a massa fresca de fruto por planta (MFFP). As avaliações bioquímicas foram: teor de proteínas totais e atividade enzimática (peroxidade, fenil amonia-liase e catalase). O estudo constatou que os tratamentos não afetaram o teor de proteínas e a atividade de enzimas específicas. Uma análise de componetes principais (ACP) também foi utilizada, demonstrando distinções entre os tipos de cultivo (protegido e externo). Os tratamentos de Sílicio, Fenantrolina (2 g L-1) e ácido ferúlico (4, 8 e 10 g L-1) possivelmente proporcionaram incremento de produtividade ao tomate, quando em condições de cultivo protegido. O artigo B visou avaliar o efeito do uso de bioestimulantes no cultivo de brócolis e tomate em manejo orgânico. Os tratamentos utilizados foram: Quitosana, Ascophyllum nodossum, Metil Salicilato, Silício, sendo aplicados de maneira isolada ou em combinaçôes, a testemunha não recebeu pulverizações. Foram avaliados massa fresca e seca de parte aérea e raizes de mudas, atividade enzimátical (peroxidade, fenil amonia-liase e catalase) e teor de proteínas totais, condutancia estomática que apresentou maiores valores nos tratamentos de Ascophyllum, tanto para brocolis quanto para o tomate. Os dados da fase reprodutiva foram medidos pela pesagem de frutos por plantas (MFFP) em tomate e para o brócolis, não foi possível alcançar a etapa reprodutiva devido aos intemperies climáticos regionais. Novamente os tratamentos de Ascophyllum nodosum e sua combinação com quitosana demonstraram os maiores valores. Por meio de uma ACP verificou-se que os tratamentos bioestimulantes possuem influencia nas variáveis de atividade enzimática, ao passo que a testemunha se comporta de maneira oposta. Também foi realizada uma comparação entre os manejos utilizados nas diferenetes safras, isolando o tratamento de Silício que foi comum em ambos os experimentos; nota-se uma possivel influencia do manejo no comportamento das variáveis estudadas. Por fim, os resultados dos trabalho demonstram que aplicação de bioestimulantes, com base no tipo e manejo do cultivo, pode ser uma ferramenta valiosa para aprimorar a produção e a qualidade das plantas cultivadas. Portanto, esta é uma área promissora para pesquisas futuras em agricultura.