Repositório Institucional da UEL - RIUEL

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Submissões Recentes

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Fotobiomodulação como terapia adjuvante para distúrbios olfativos em pós-COVID-19 e rinite alérgica: evidências de ensaios clínicos randomizados
(2025-08-18) Oliveira, Patrícia Costa; Fornazieri, Marco Aurélio; Voegels, Richard Louis; Casella, Antonio Marcelo Barbante; Sestario, Camila Salvador; Garcia, Ellen Cristine Duarte
A Terapia de Fotobiomodulação (TFBM) é uma abordagem não invasiva que utiliza fótons do espectro vermelho ao infravermelho para modular processos biológicos, apresentando propriedades anti-inflamatórias e regenerativas. Este estudo investigou a eficácia da TFBM como tratamento adjuvante para distúrbios olfativos em pacientes pós-COVID-19 e em indivíduos com Rinite Alérgica (RA). No primeiro estudo, foi realizado um ensaio clínico randomizado, controlado por placebo, que recrutou 81 pacientes com distúrbios olfativos após infecção por SARS-CoV-2 (1 a 12 meses). Os participantes foram alocados aleatoriamente em três grupos: controle, exposição à luz vermelha e exposição à luz infravermelha. A TFBM foi aplicada duas vezes por semana durante cinco semanas, associada ao uso de prednisolona (40 mg por cinco dias) e treinamento olfativo por 90 dias a partir do primeiro dia de aplicação do laser. Os desfechos avaliados incluíram os escores do Teste de Identificação de Cheiros da Universidade da Pensilvânia (UPSIT®) e escores subjetivos de quimiossensação, coletados antes da primeira sessão e três meses após. Os resultados mostraram que os pacientes submetidos à PBMT infravermelha apresentaram uma melhora significativa nos escores do UPSIT® (+4,6 pontos, IC 95%: 1,5 – 7,8, p=0,004) e uma tendência positiva nos escores subjetivos de olfato. As taxas de resposta foram de 26,1% (IC 95%: 6,7-45,5) no grupo controle, 43,5% (IC 95%: 21,6-65,4) no grupo vermelho e 68% (IC 95%: 48,3-87,7) no grupo infravermelho. Não foram relatados eventos adversos significativos. No segundo estudo, também um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo, 62 pacientes com RA foram avaliados. Os participantes receberam PBMT duas vezes por semana, totalizando 8 sessões em um mês. O grupo controle consistiu em 29 pacientes que utilizaram um dispositivo não emissor de luz, enquanto 33 pacientes no grupo de terapia a laser foram tratados com um protocolo de 6 J de luz vermelha e infravermelha administrada de forma intranasal, além de 1 J de luz infravermelha aplicada externamente ao nariz. Avaliações objetivas, psicofísicas e subjetivas da obstrução nasal e da função olfativa foram realizadas antes e após o tratamento. Os resultados indicaram melhorias significativas em diversos parâmetros nasais e respiratórios, com o pico de fluxo nasal inspiratório (PFNI) mostrando melhora significativa (p < 0,001) e a Escala de Avaliação de Sintomas de Obstrução Nasal (NOSE) apresentando uma melhoria notável (p = 0,048). O Teste de Avaliação de Controle da Rinite (RCAT) também refletiu uma melhora significativa dos sintomas na última semana (p = 0,035), enquanto o UPSIT® não mostrou alteração significativa na função olfativa (p = 0,251). Os dados sugerem que a TFBM, especialmente no comprimento de onda infravermelho, é uma opção segura e eficaz no tratamento de distúrbios olfativos pós-COVID-19 quando combinada com corticosteroides sistêmicos por cinco dias e 90 dias de treinamento olfativo. Além disso, a TFBM se apresenta como uma alternativa terapêutica promissora para pacientes com RA, oferecendo uma opção viável para aqueles que não toleram medicamentos convencionais
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Mitos e ritos da avaliação da aprendizagem escolar em relatos de estudantes da Licenciatura em Matemática
(2025-08-25) Gardin, Francielle Silva; Buriasco, Regina Luzia Corio de; Santos, Edilaine Regina dos; Silva, Gabriel dos Santos e; Cury, Helena Noronha; Pires, Magna Natalia Marin; Ferreira, Pamela Emanueli Alves
Neste trabalho, teve-se por objetivo analisar aspectos da avaliação da aprendizagem escolar a partir de textos escritos pelos estudantes e de textualizações de entrevistas com estudantes de Licenciatura em Matemática, buscando identificar mitos e/ou ritos presentes nos discursos dessas experiências e estabelecer um diálogo com a concepção de avaliação desenvolvida no GEPEMA. Para isso, foram analisados 27 textos escritos pelos estudantes e quatro textualizações de entrevistas realizadas com estudantes de instituições públicas do Paraná: Universidade Estadual de Londrina, Universidade Federal do Paraná e Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os primeiros contatos com os materiais tiveram o intuito de conhecê-los e identificar aspectos relevantes à avaliação da aprendizagem escolar, permitindo-se influenciar por percepções e estabelecer algumas unidades de análise: aprendizagem com os pares, avaliação como sinônimo de algum instrumento, feedback, impacto causado pela nota, instrumentos, oportunidade de aprendizagem, oportunidade de mostrar o conhecimento, regulação da aprendizagem e sentimentos manifestados. Essas unidades direcionaram uma análise dos textos escritos pelos estudantes, permitido uma exposição de mitos e/ou ritos da avaliação da aprendizagem escolar que atravessaram os relatos. Posteriormente, as textualizações realizadas a partir das entrevistas com quatro estudantes possibilitaram aprofundar a compreensão de como esses mitos e/ou ritos se materializaram nas práticas vivenciadas e nos sentidos construídos pelos sujeitos, viabilizando um diálogo crítico com as concepções e práticas de avaliação desenvolvidas pelo GEPEMA. Esta pesquisa evidenciou mitos e/ou ritos da/na avaliação da aprendizagem escolar, destacando a necessidade de concepções e práticas que viabilizem uma avaliação formativa, dialógica, emancipadora e reflexiva, que valorize a aprendizagem contínua, a diversidade de instrumentos, integrada aos processos de ensino e de aprendizagem
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O uso da tecnologia digital como mediação nos processos institucionais e sociais: o caso da personagem virtual Ângela do Instituto Avon
(2025-09-26) Bussadori, Flávia Lemes; Miani, Rozinaldo Antonio; Bastos, Manoel Dourado; Figueiredo, Daniel de Oliveira
Esta pesquisa investiga a utilização de tecnologias digitais como mediadoras simbólicas em processos sociais e institucionais com base na análise da personagem virtual Ângela, desenvolvida pelo Instituto Avon para protagonizar campanhas de combate à violência contra mulheres e promoção da saúde feminina. O estudo examina a forma como avatares institucionais atuam como estratégias de comunicação, tensionando os limites de engajamento social e interesses mercadológicos. A investigação parte de uma revisão teórica sobre avatares e personagens virtuais na comunicação contemporânea, à medida que são realizados por organizações como meio de construir relações e alcançar conexões simbólicas, baseadas em processos estéticos, discursivos e performativos. Analisa o Instituto Avon no Terceiro Setor, usando a personagem Ângela como um dispositivo de mediação discursiva nos domínios das causas sociais. Por fim, aborda a forma como a comunicação comunitária e os pressupostos da cidadania se articulam nessa prática, destacando tanto o efeito social da personagem quanto as ambiguidades intrínsecas às estratégias empresariais de responsabilidade social. A produção contribui na compreensão da comunicação digital como um campo de disputa simbólica, no qual práticas discursivas podem tanto aumentar a visibilidade de questões sociais quanto reproduzir a estética da lógica de engajamento