Lisbôa, Júlio Augusto Naylor [Orientador]Pereira, Priscilla Fajardo Valente2024-05-012024-05-012016.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14621Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a importância da transfaunação na recuperação de caprinos e ovinos submetidos a indução experimental de acidose láctica ruminal aguda (ALRA) e investigar a aplicação terapêutica de uma solução eletrolítica intravenosa contendo 84 mEq/L de lactato em caprinos portadores de acidose metabólica, decorrente da ALRA No primeiro estudo, seis cabras (41,2 ± 5,6kg) e seis ovelhas (46,8 ± 4,57kg), receberam 15g de sacarose por quilo de peso corporal para indução da enfermidade A ALRA foi induzida duas vezes em cada animal, com intervalo de 3 dias após recuperação total da primeira indução Os procedimentos terapêuticos consistiram na remoção do conteúdo ruminal líquido por lavagem e sifonamento com auxílio de sondagem esofágica, e na correção da acidose metabólica com soluções eletrolíticas, contendo lactato ou bicarbonato de sódio, infundidas por via intravenosa A transfaunação fez parte de apenas um dos tratamentos de cada animal e consistiu na administração por sondagem esofágica de dois litros de suco ruminal de um bovino sadio A recuperação completa foi avaliada por exames físicos e exames do suco ruminal realizados até quatro dias após os procedimentos terapêuticos As cabras e ovelhas apresentaram sinais clínicos e alterações compatíveis com a ALRA 16 horas após a administração intrarruminal de sacarose, sem distinção entre as espécies A frequência de movimentos ruminais e a recuperação do apetite não sofreram influência da realização da transfaunação Quando receberam a transfaunação, os caprinos e ovinos apresentaram recuperação das características de cor, odor e consistência no segundo dia após o tratamento (hora 64) e o retorno dos infusórios ocorreu no primeiro dia após o tratamento (hora 4) O restabelecimento desses parâmetros ocorreu mais tardiamente nos animais que não receberam a transfaunação (hora 88 e hora 64, respectivamente) O pH, tempo de redução do azul de metileno (TRAM), Tempo de atividade do sedimento (TAS) e proporção de bactérias Gram negativas e Gram positivas não sofreram efeito da realização da transfaunação A recuperação completa dos animais estudados ocorreu em até quatro dias, independente da realização da transfaunação No segundo estudo, duas soluções foram desenvolvidas contendo 84mEq/L de lactato ou bicarbonato (L84 ou B84) Seis cabras foram submetidas ao mesmo protocolo de indução relatado no primeiro artigo Dezesseis horas após a indução, a acidose metabólica estava instalada e as cabras receberam as soluções eletrolíticas intravenosas, numa velocidade de 25ml/kg/h, totalizando um volume equivalente a 1% do seu peso corporal, em quatro horas de administração contínua Amostras de sangue e urina foram colhidas nos momentos -16h (antes da indução), h, 2h, 4h (término da infusão), 6h, 12h e 24h após o início da infusão Os exames laboratoriais consistiram nas determinações de pH, pCO2, HCO3-, BE, Na+, K+ e Cl- no sangue, e PPT, Lactato L, Lactato D e creatinina no plasma Na urina foram determinados pH, densidade, Na+, K+, Cl-, lactato L e creatinina As cabras apresentaram acidose metabólica de grau moderado A solução L84 corrigiu a acidose metabólica e desidratação presente nos animais estudados, de maneira semelhante à solução B84 Não foram observados efeitos adversos com a administração da solução L84 Conclui-se que a transfaunação não é uma medida crucial para o tratamento da ALRA em pequenos ruminantes e que a solução eletrolítica contendo 84 mEQ/L de lactato é eficaz em corrigir a acidose metabólica em cabrasCaprinoOvinoAcidoseAnimaisCaprineOvineAvaliação da transfaunação e correção da acidose metabólica no tratamento da acidose láctica ruminal em pequenos ruminantesDissertação