Watanabe, Maria Angelica Ehara [Orientador]Lopes, Leandra Fiori2024-05-012024-05-012013.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15014Resumo: Entre os diversos tipos de câncer, o de mama apresenta-se como um grave problema de saúde pública, sendo o segundo tipo mais frequente no mundo e o primeiro na população feminina Tem sido demonstrado que o câncer de mama pode ser classificado em subgrupos biologicamente e clinicamente distintos Um subgrupo que tem recebido muita atenção é o subtipo triplo negativo (TN), que possui fenótipo de receptor de estrógeno (RE) negativo, receptor de progesterona (RP) negativo e não apresenta a superexpressão do oncogene HER2 (fator de crescimento epidérmico humano 2) As células T reguladoras (Tregs) representam uma população de células que estão envolvidas na regulação da ativação de células T, sendo essenciais para a homeostasia imunológica O marcador comumente utilizado para identificá-las é o gene FOXP3 (forkhead transcription factor 3), um fator de transcrição das Tregs, cuja expressão pode estar aumentada em células tumorais, além das Tregs Neste contexto, este trabalho teve como objetivo investigar um polimorfismo genético (rs3761548) no gene FOXP3, bem como sua expressão proteica, na busca por possíveis envolvimentos na patogênese do câncer de mama TN O polimorfismo genético foi avaliado em 5 pacientes com câncer de mama TN e em 115 controles livre de neoplasia, utilizando-se a técnica de PCR alelo específica A análise proteica foi realizada por imunohistoquímica com anticorpo monoclonal específico para FOXP3 A frequência genotípica para FOXP3 foi 12 % (6/5) e 4 % (4/115) para o homozigoto AA, 34 % (17/5) e 57 % (66/115) para o heterozigoto CA e 54 % (27/5) e 39 % (45/115) para o homozigoto CC, em pacientes e controles, respectivamente Quando analisado a mutação de FOXP3, as pacientes homozigotas AA apresentaram um risco quase 4 vezes maior, indicando uma associação positiva entre este genótipo e o desenvolvimento do câncer de mama TN (OR = 3,78; IC 95 % = 1,2-14,6) Ao correlacionar os genótipos com os parâmetros clínicos e histopatológicos, não houve significância em relação a: tamanho do tumor (p = ,482; rho = ,12), comprometimento de linfonodos (p = ,89; rho = -,23) e grau nuclear (p = ,682; rho = -,62) Adicionalmente, observou-se que a maioria das pacientes (83 %) apresentou expressão elevada de FOXP3 por imunohistoquímica e também que esta expressão foi predominantemente citoplasmática Em relação ao infiltrado de Tregs FOXP3-positivo, obtivemos resultado em 38 das 5 pacientes, das quais 47 % e 58 % apresentaram um infiltrado intratumoral e peritumoral moderado ou intenso, respectivamente Não encontramos resultados significativos quando analisamos este parâmetro em relação a dois dos fatores prognósticos: comprometimento de linfonodos (intratumoral p = ,31 e peritumoral p = ,679) e grau nuclear (intratumoral p = ,531 e peritumoral p = ,39) Entretanto, para o parâmetro tamanho do tumor, as pacientes que apresentaram tamanhos entre 1,5-3 cm o infiltrado intratumoral (p = ,26) foi mais intenso Assim sendo, o gene FOXP3, por ter sido positivamente associado ao desenvolvimento do câncer de mama TN e também por ter apresentado uma elevada expressão proteica neste subgrupo tumoral e uma associação positiva entre o infiltrado intratumoral e o tamanho do tumor, parece ser um candidato promissor a futuras investigações em amostras maiores e em outros subtipos de câncer mamárioMamasAspectos genéticosPolimorfismo (Genética)GenéticaExpressãoBreastGenetic polymorphismsCancer cellsCancer - Genetic aspectsAnálise da expressão proteica e da variante polimórfica rs3761548 no gene FOXP3 em pacientes com câncer de mama triplo negativoDissertação