Aguilera, Vanderci de Andrade [Orientador]Barbosa-Doiron, Maranúbia Pereira2024-05-012024-05-012017.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16138Resumo: O linguista Antenor Nascentes, em 1953, propôs a clássica divisão dialetal do Brasil em dois grandes falares, os do Norte, subdividos em três subfalares: amazônico, nordestino e baiano; e os do Sul: fluminense, mineiro e sulista Além dessas subdivisões, considerou uma área denominada como território incaracterístico Alagoas, um dos nove Estados do Nordeste do Brasil, o segundo menor em superfície geográfica do País, com cerca de 27 mil quilômetros quadrados, na divisão de Nascentes, insere-se no subfalar nordestino Considerando a proposta de Nascentes, e amparada pelos pressupostos teóricometodológicos da Geolinguística (DAUZAT, 1922) e da Dialetologia Pluridimensional (THUN, 1998), esta tese incumbiu-se, por meio de um atlas linguístico, de atestar se o Estado de Alagoas encontra-se dentro do subfalar nordestino O ALEAL, produto da pesquisa, documenta e descreve a realidade linguística de falantes da zona urbana do referido Estado, em seu espaço areal, considerando, prioritariamente, as diferenças diatópicas em seus aspectos fônicos, léxico-semânticos e morfossintáticos A rede de pontos segue as orientações de Nascentes (1958), com 21 localidades visitadas Os informantes são em número de dois por localidade, um homem e uma mulher, na faixa dos 3 a 5 anos, com nível de escolaridade fundamental, completa ou incompleta Para verificar a influência da variável faixa etária – dimensão diageracional – em sete cidades dentre as mais antigas do Estado foram entrevistados quatro informantes distribuídos entre 55 a 75 anos, também com o mesmo nível de instrução Os questionários aplicados são os mesmos do Atlas Linguístico de Brasil O ALEAL é composto de dois volumes: do primeiro constam a introdução, hipóteses, objetivos, metodologia e fundamentos teóricos da Geolinguística e Dialetologia Nesse mesmo volume estão ainda os referenciais teóricos concernentes à motivação na criação lexical (Guiraud, Dalbera, Alinei, Contini, entre os principais), teorias essas que vêm a embasar a análise de algumas designações registradas pelos informantes do ALEAL O estudo motivacional, cujo propósito foi verificar se o signo linguístico é motivado no ato da criação, recobre três campos semânticos, sendo os quais: fauna silvestre; fenômenos climáticos e atmosféricos; plantas e produtos que delas derivam A esses dados do ALEAL são contrastados registros dos mesmos referentes encontrados em alguns atlas regionais brasileiros, no ALiB, no ALIR e ALE Constam do segundo volume, 88 cartas linguísticas distribuídas entre fonéticas, lexicais e morfossintáticas Em toda a base de dados coletada, entre os fatos linguísticos registrados, ao menos um deles indica que a divisão dialetal de Nascentes procede: predominam no Estado as vogais médias pretônicas abertas No que tange à análise motivacional das designações estabelecidas, foi possível comprovar que a criação lexical é motivada na origemLíngua portuguesaDialetologiaLíngua portuguesaDialetosAlagoasDialectsAlogoasPortuguese languageA motivação semântica nas respostas dos informantes do Atlas Linguístico do Estado de AlagoasTese