Pinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]Porcari, Fernanda Carolina de Campos2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9174Resumo: Com o envelhecimento, o risco de doenças cardiovasculares (DCVs) é maior no sexo feminino, devido principalmente à interrupção na produção dos hormônios ovarianos e é intensificado quando em conjunto à obesidade O estradiol é enfatizado como um agente cardioprotetor e o uso de terapia hormonal tem sido sugerido como estratégia para prevenção de DCVs em mulheres, mas esta conduta permanece controversa quanto ao papel benéfico ou maléfico ao organismo feminino Dessa forma, o objetivo deste estudo foi de investigar os efeitos da ausência hormonal ovariana e do tratamento com estradiol, sobre parâmetros cardiovasculares, autonômicos e inflamatórios de ratas induzidas a obesidade com glutamato monossódico (MSG) Este trabalho foi realizado em duas partes, no qual foram utilizadas ratas Wistar adultas e divididas em 4 grupos para cada etapa Parte 1 Grupos: não obesas não ovariectomizadas (CTR SHAM); não obesas ovariectomizadas (CTR OVX); obesas não ovariectomizadas (MSG SHAM); obesas ovariectomizadas (MSG OVX) Parte 2 Grupos: não obesas ovariectomizadas tratadas com óleo de amêndoas (CTR OL); não obesas ovariectomizadas tratadas com estradiol (CTR ESTR); obesas ovariectomizadas tratadas com óleo de amêndoas (MSG OL); obesas ovariectomizadas tratadas com estradiol (MSG ESTR) A obesidade foi induzida pela administração intradérmica de 4 mg/g de peso corporal de MSG ou salina equimolar nos 5 primeiros dias de vida de ratas Em todos os grupos a OVX ou falsa OVX foram realizadas aos 75 dias de vida das ratas O tratamento com estradiol (1mg/kg animal) ou seu veículo (óleo de amêndoas) foram realizados durante 8 semanas após a OVX Após as 8 semanas todas as ratas foram submetidas à cateterização da artéria femoral para a monitorização da pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC) e submetidas à eutanásia para a coleta do encéfalo, coração, rins, aorta, útero, tíbia, tecido adiposo retroperitoneal e coleta do plasma Os resultados da parte 1 do estudo mostraram que as ratas CTR OVX apresentaram maior peso corporal em relação as CTR SHAM O peso do tecido adiposo retroperitoneal, foi maior nas ratas MGSs OVX e não OVX comparados aos respectivos controles O peso uterino das ratas OVX tanto MSG e CTR foram menores do que das ratas não OVX A frequência cardíaca (FC) das ratas MSGs foram maiores comparadas com as CTRs A análise espectral do intervalo de pulso (IP) no grupo MSG OVX obteve elevação do LF, e diminuição do HF Em relação ao óxido nítrico (NO), houve aumento nos rins no grupo CTR OVX e diminuição no MSG OVX em relação ao CTR OVX No entanto, no coração diminuiu no CTR OVX e MSG OVX comparados ao CTR SHAM e MSG SHAM No plasma, a concentração de NO foi maior no grupo MSG OVX quando comparado ao MSG SHAM A expresão da enzima iNOS no tecido cardíaco, é elevado no grupo MSG OVX comparado ao CTR OVX e ao MSG SHAM, nos rins está maior no grupo MSG OVX em relação ao grupo CTR OVX e no cérebro a expressão da enzima é maior no grupo MSG OVX comparado ao MSG SHAM Os resultados das análises da parte 2 do estudo, mostraram que o ganho de peso corporal do grupo MSG ESTR foi menor do que nos grupos CTR ESTR e MSG OL, houve aumento do peso da tecido adiposo retroperitoneal nos animais do grupo MSG OL em relação aos grupos CTR OL e MSG ESTR, sendo que os animais do grupo MSG ESTR apresentaram valor significativo menor de peso da tecido adiposo retroperitoneal em comparação com o grupo MSG OL e CTR ESTR Os animais obesos tanto tratados com óleo quanto com estradiol apresentaram menor comprimento em relação aos seus grupos controles (CTR OL e CTE ESTR) Houve um aumento no cálculo do índice de Lee nos animais MSGs (MSG OL e MSG ESTR) em relação aos seus controles (CTR OL e CTR ESTR) respectivamente e uma diminuição deste cálculo no grupo obeso tratado com estradiol (MSG ESTR) comparado ao grupo MSG OL O peso uterino das ratas do grupo CTR ESTR e MSG ESTR foi maior quando comparados aos grupos controles CTR OL e MSG OL Os resultados da FC mostraram-se elevados no grupo MSG OL quando comparado ao grupo CTR OL Na análise da modulação autonômica da pressão arterial sistólica (PAS) houve aumento da banda LF no grupo CTR OL em relação aos grupos CTR ESTR e MSG OL A efetividade do barorreflexo (ALL Bei) foi menor no grupo MSG OL em relação ao CTR OL e o ganho down foi menor no grupo MSG ESTR comparado ao CTR ESTR O grupo obeso tratado com estradiol diminuiu a concentração plasmática de NO comparado ao grupo controle com estradiol No rim o grupo MSG ESTR demonstra maior expressão de iNOS no grupo MSG ESTR em relação ao grupo MSG OL, já no cérebro esta elevado nos grupos MSG OL e MSG ESTR, comparados aos seus controles respectivamente e ainda é maior a expressão da enzima iNOS no grupo MSG ESTR comparado ao grupo MSG OL Pode se concluir que a ausência dos hormônios ovarianos em associação com a obesidade MSG, atuam de forma efetiva em alterações cardiovasculares, autonômica e inflamatória, no entanto, diante da terapia hormonal com estradiol, conclui-se que o tratamento diminui os fatores de risco para desenvolver DCVs, inibindo a ação do SNS regulando os parâmetros cardiovasculares e autonômicos, porém a terapia não reverte o processo inflamatórioObesidadeÓxido nítricoInflamaçãoSistema cardiovascularDoençasObesityNitric oxideInflammationDiseasesEstradiolCardiovascular systemParticipação dos hormônios ovarianos no perfil cardiovascular, autonômico e inflamatório em ratas obesasTese