Roberto, Sérgio Ruffo [Orientador]Ricce, Wilian da Silva2024-05-012024-05-012012.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12667Resumo: O objetivo desta tese foi caracterizar os riscos climáticos e o potencial da viticultura no Paraná para produção de uvas de mesa e processamento Foram elaborados os seguintes artigos: Zoneamento agroclimático da cultura da videira; Potencial climático para a produção de uvas em sistema de dupla poda anual; Previsão de colheita de uvas em função de sua exigência em graus-dia e Potencial climático para produção de uvas viníferas no estado do Paraná As séries históricas de dados meteorológicos do IAPAR, SIMEPAR e AGUASPARANA foram utilizadas para calcular índices agroclimáticos e riscos climáticos Os principais riscos climáticos são umidade relativa elevada e geadas O excesso hídrico durante praticamente todo o ano no estado, combinado com temperaturas favoráveis pode resultar em alta incidência de míldio A ocorrência de geadas limita a época de cultivo nas regiões central, sul e leste As uvas rústicas têm aptidão para cultivo em praticamente todo o estado, com exceção do litoral As uvas finas de mesa podem ser cultivadas somente nas regiões norte, noroeste e oeste, enquanto as uvas finas para vinificação têm restrições somente no litoral e na região leste A dupla safra anual não é possível para cultivares que exigem mais de 2 graus-dia (GD) entre a poda e a colheita Cultivares com alta exigência de GD nesse período, como a Itália e suas mutações (18 GD), somente podem ser cultivadas em sistema de dupla safra anual nas regiões oeste, noroeste e norte Nas regiões central, sul e leste, somente cultivares que necessitam menos de 12 GD podem ser cultivadas para obter dupla safra anual Devido ao potencial de severidade do míldio, indica-se o cultivo de uvas rústicas para as regiões central, sul e leste, enquanto que nas regiões sudoeste, oeste, norte e noroeste, indica-se o cultivo das uvas finas com necessidade de controle da doença nas fases fenológicas mais suscetíveis No noroeste, as uvas com exigência inferior a 15 GD podadas no inicio de julho podem ser colhidas a partir do segundo decêndio de setembro, obtendo-se maior valor de comercialização Nessa mesma região, variedades com maior necessidade de GD, como a Itália e suas mutantes (18 GD) seriam colhidas entre o primeiro e segundo decêndio de novembro Nas regiões mais frias do centro, sul e leste, o risco de geadas em julho é alto e a poda precoce pode resultar em injúria às brotações novas Nesses casos as cultivares com menor exigência de GD, podadas a partir de 25 de agosto, seriam colhidas em janeiro e as com maiores exigências somente em maio O Paraná possui regiões com mesmos grupos climáticos de regiões tradicionais de produção de vinhos finos do mundo Os tipos climáticos, associados à latitude e altitude são adequados para a expansão da produção nas regiões oeste, norte e noroeste, viabilizando a produção de uvas de melhor qualidade para vinificação no outono-inverno Nas áreas mais frias das regiões central, sul e leste, somente é possível a obtenção de um ciclo produtivo, devido ao elevado risco de geadasUvaCultivoUvaCultivoParanáInfluence of climateParaná (State)ViticultureZoneamento agroclimático da cultura da videira para o estado do ParanáTese