Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]Lepre, Rafaela de Lemos2024-05-012024-05-012022.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8397Resumo: Introdução: Com o avanço da ciência médica e o envelhecimento da população adveio a necessidade de maior disponibilidade de leitos de terapia intensiva No Brasil, nem sempre o aumento da demanda é acompanhado por aumento proporcional no número de leitos Como resultado, torna-se comum o racionamento na unidade de terapia intensiva (UTI) havendo, então, recusa e triagem desses leitos É consenso que a recusa de leito de cuidado intensivo a paciente crítico aumenta consideravelmente a mortalidade e piora os desfechos para esses pacientes Várias sociedades médicas especializadas desenvolveram diretrizes que auxiliam o momento de triagem, porém, não se sabe se essas orientações são sequer conhecidas nas unidades intensivas do país, menos ainda se há protocolos instituídos de triagem Na literatura os dados a respeito de triagem e recusa de leitos de UTI no Brasil são escassos Objetivo: Conhecer dados a respeito da recusa de leitos nas unidades de terapia intensiva no Brasil, assim como avaliar o uso de sistemas de triagem desses leitos pelos profissionais atuantes nesses estabelecimentos Métodos: Estudo transversal do tipo Survey Foi criado um questionário com 58 perguntas que abrangem os questionamentos do estudo pela metodologia Delphi e com auxílio de cinco especialistas em medicina intensiva, Foram convidados a responder o questionário médicos e enfermeiros inscritos na plataforma online da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIBnet) Uma plataforma da Web (SurveyMonkey®) foi a forma de aplicação Todas as variáveis desse trabalho foram mensuradas em categorias e, portanto, expressas como proporção Foram usados os testes de Qui-Quadrado ou teste exato de Fisher para verificar associação entre as variáveis O nível de significância utilizado foi de 5% Resultados: No total, 231 profissionais responderam completamente o questionário As unidades intensivas nacionais estão com mais de 9% de lotação sempre ou frequentemente para 9,8% dos participantes Dentre os entrevistados, 84,4% relataram já ter deixado de admitir pacientes em leito intensivo devido exclusivamente à lotação da unidade Em torno de metade das instituições brasileiras participantes dessa pesquisa (49,7%) não possui protocolos de triagem de leitos intensivos instituídos Dentre as unidades que tem protocolos, a maioria é baseada no Conselho Federal de Medicina (39,%) A responsabilidade pela recusa ou triagem dos pacientes é, em 4,6% das vezes, do médico diarista ou coordenador da unidade Conclusões: Recusa de leito devido exclusivamente à lotação da unidade é frequente nas unidades intensivas do Brasil Mesmo sendo essa recusa tão frequente, metade dos serviços do Brasil não tem sistemas de triagem de leitos instituídosUnidade de terapia intensiva (UTI)Leitos hospitalaresIntensive care unitHospital bedsRecusa de leitos e triagem de pacientes admitidos nas unidades de terapia intensiva do BrasilDissertação