Lanza, Fábio [Orientador]Costa, Rogério da2024-05-012024-05-012015.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15494Resumo: Este trabalho busca entender a relação entre religião e política a partir da sociologia compreensiva weberiana e o processo eleitoral para presidente da República brasileira no ano de 21, uma vez que se faz necessário a discussão das formas alternativas de mediação da relação entre sociedade civil e Estado, não baseadas apenas pelos condicionamentos econômicos Destaca-se que os representantes religiosos evangélicos não são unicamente líderes do mundo "espiritual", porque demonstram sua força junto à população e reforça a sua posição de ator político na atual conjuntura, sendo assim, o objetivo desta pesquisa é compreender o discurso dos líderes religiosos evangélicos de Londrina PR e como suas ações e visões de mundo, segundo seus interesses particulares ou institucionais, corroboram para a conquista ou não de um representante político em determinado pleito Tomaremos por base, o ocorrido nas eleições de 21, em que houve um grande levantamento de religiosos (evangélicos e católicos) demonizando a postulante Dilma Rousseff ao pleito de presidente do Brasil por uma série de posicionamentos que, segundo eles, ferem os ensinamentos bíblicos As principais questões em debate foram: “a legalização do aborto” e a “união civil entre homossexuais”, pontos amplamente discutidos e divulgados pela mídia Motivados por estas questões, a eleição de 21 ficou profundamente marcada por razões morais religiosas e acabaram por mudar o discurso dos candidatos no segundo turno das eleições Na busca de compreender este fenômeno, foi realizada a pesquisa bibliográfica, documental e de campo que utilizou como estratégia a técnica de entrevista semiestruturada com representantes parlamentares cristãos e pastores, bem como analisou os discursos dos líderes religiosos (nacionais) expressos nos vídeos postados nas redes sociais (facebook, blogs e email) no período em questão Como resultados finais, apresento a trajetória do PT - Partido dos Trabalhadores pela sucessão ao presidente Lula (22/21) procurando mostrar e interpretar a conquista do voto religioso, evidente a partir de 22 com o apoio de denominações religiosas com forte poder midiático no Brasil, como por exemplo IURD e Assembléia de Deus Nas eleições de 21, parte dos políticos e religiosos temendo à aprovação de lei que regulariza a união civil entre homossexuais e a descriminalização do abordo, levantam-se contra o PT, divulgando vídeos e pregando nos púlpitos de todo o país que o PT era o "partido da morte" Nas eleições de 21, com essa estratégia midiática dos grupos religiosos conservadores, houve a perda parcial do voto cristão ao Partido dos Trabalhadores Com o risco de não ser eleita, a candidata Dilma Roussef no segundo turno mudou sua agenda e seu discurso tentando então reconquistar o voto religioso Percebeu-se que as religiões e religiosidades não definem uma campanha, contudo elas se fazem presente e instrumentaliza a políticaReligião e sociologiaEleições2010BrasilReligião e políticaBrazil - Social policySocial sciencesElections - 2010A política religiosa evangélica : lideranças protestantes e seu engajamento no processo eleitoral de 2010Dissertação