Andrade, Selma Maffei de [Orientador]Girotto, Edmarlon2024-05-012024-05-012008.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10271Resumo: A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares Para o seu controle são necessárias medidas farmacológicas e não-farmacológicas, como alimentação e atividade física Contudo, a adesão ao tratamento é o grande desafio dos profissionais e serviços de saúde, especialmente na atenção básica Nesse sentido, este estudo teve por objetivo determinar a adesão ao tratamento anti-hipertensivo e identificar fatores associados a esta condição A população de estudo foi composta por hipertensos de 2 a 79 anos, cadastrados na Unidade de Saúde da Família Vila Ricardo, no município de Londrina, Paraná A coleta de dados ocorreu de janeiro a junho de 27, com amostra sistemática e aleatória de hipertensos Foram colhidas informações auto-referidas, além das medidas de pressão arterial e das circunferências abdominal e do quadril Foram entrevistados 385 hipertensos, sendo 62,6% mulheres e 37,4% homens, com idade média de 58,9 anos Cerca de 5,% dos entrevistados tinham no máximo 3ª série do ensino fundamental completa, 46,% pertenciam à classificação econômica D ou E e 57,4% referiram não possuir trabalho remunerado Entre os entrevistados, 84,2% relataram utilizar medicamentos para controle da hipertensão, 8,3% abandonaram o tratamento e 7,5% alegaram que não houve prescrição de medicamentos A adesão ao tratamento farmacológico foi encontrada em 59,% dos hipertensos O esquecimento (32,2%), a normalização da pressão arterial (21,2%) e os efeitos adversos (13,7%) foram os principais motivos alegados para a não-adesão Com relação ao tratamento não-farmacológico, 17,7% e 69,1% dos hipertensos referiram ser aderentes à atividade física regular e a mudanças na alimentação, respectivamente A adesão à atividade física regular associou-se ao sexo masculino, à maior escolaridade, à presença de diabetes, à ausência de colesterol elevado, à relação cintura-quadril e circunferência abdominal normais, ao índice de massa corporal < 25 kg/m2, ao mínimo de uma consulta ao ano e a uma medida da pressão arterial ao mês A adesão a modificações na alimentação esteve associada ao sexo feminino, à menor escolaridade, ao acesso a plano de saúde, ao não-tabagismo ou ex-tabagismo, ao não-consumo ou consumo irregular de bebidas alcoólicas, ao não-abandono do tratamento medicamentoso, ao mínimo de uma consulta ao ano e a uma medida da pressão arterial ao mês Na análise multivariada, os fatores independentemente associados à adesão ao tratamento farmacológico foram: a faixa etária de 5 a 79 anos (Razão de Chances [OR]=4,673), o não-consumo ou consumo irregular de bebidas alcoólicas (OR=4,68), a realização de consultas médicas em intervalos máximos de um ano (OR=1,98) e a ausência de trabalho remunerado (OR=1,792) Os resultados indicam uma baixa adesão ao tratamento anti-hipertensivo, especialmente à atividade física regular, e sugerem a implantação de estratégias que visem estimular a adesão às medidas de controle da hipertensão arterialSaúde públicaPeriódicosHipertensãoSistema cardiovascularDoençasPublic healthHypertensionAdesão ao tratamento anti-hipertensivo e fatores associados na área de abrangência de uma unidade de saúde da família, Londrina, PRDissertação