Alliprandini, Paula Mariza ZeduFranco, Tereza Mieko Kato2024-10-092024-10-092024-02-26https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17972Estudos mostram que as crenças de autoeficácia dos professores têm influência na motivação e na satisfação no trabalho, destacando que aqueles que desenvolveram sólidas crenças de autoeficácia, tendem a lidar melhor com desafios do cotidiano escolar. Nesta perspectiva, o objetivo da presente pesquisa foi investigar as possíveis relações entre as crenças de autoeficácia e a motivação para o ensino de professores da educação básica. Trata-se de estudo exploratório e correlacional, que envolveu cerca de 402 professores da educação básica das escolas conveniadas, privadas e públicas, sendo 349 (89,49%) do gênero feminino e 41 (10,51%) do gênero masculino e a faixa etária variou de 18 a 60 anos. Iniciou-se a coleta de dados com um estudo preliminar que incluiu a aplicação de instrumentos a 12 professores. Inicialmente, os professores foram informados sobre a pesquisa por e-mail, redes sociais, reuniões e intervalos laborais. Para ampliar a amostra, adotou-se a estratégia do efeito bola de neve. Portanto, a coleta de dados se deu por meio da plataforma Google Forms e utilizou-se dos seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico (9 questões) para caracterização dos professores participantes; Escala de Avaliação da Crença de eficácia de professores (Woolfolk; Hoy, 1990, traduzida e adaptada por Bzuneck; Guimarães, 2003) - 20 itens; e Escala de Motivação do Professor para o Ensino (MPE) (Oliveira; Rufini; Bzuneck, 2023) – 21 itens. Na análise dos dados, destacaram-se os seguintes resultados: a variável “tipo de escola de atuação dos professores” revelou diferenças estatisticamente significativas no fator da “eficácia pessoal”, relacionada às escolas conveniadas, privadas e públicas. Notavelmente na escola pública, a média mais alta (M=3,86) indica uma maior confiança dos professores. Observaram-se diferenças estatisticamente significativas no fator “eficácia do ensino” em função da modalidade educacional, sendo que os professores da Educação de Jovens e Adultos apresentaram uma média mais alta (M=4,0) e diferença estatisticamente significativa em relação aos que atuam na Educação Infantil. Isso sugere que as percepções de eficácia do ensino são influenciadas pelo nível de ensino, evidenciando a importância do contexto e das demandas específicas de cada nível na forma como os professores percebem sua própria eficácia educacional. Os resultados indicam uma forte correlação positiva entre a eficácia pessoal e a eficácia do ensino, sugerindo que um aumento na eficácia pessoal está associado a um aumento na eficácia do ensino. Contudo, não foi encontrada uma relação significativa entre a eficácia pessoal e a motivação autônoma ou controlada. Ressalta-se a necessidade de desenvolver mais estudos sobre o tema, pois apoiar os docentes na elevação do nível de autoeficácia e promover o desenvolvimento de formas mais autônomas de motivação para o ensino são essenciais para alcançar resultados educacionais mais satisfatórios.porCrenças de autoeficáciaMotivaçãoProfessoresEducação básicaAutoeficácia e motivação para o ensino de professores da educação básicaSelf-efficacy and motivation for teaching among basic education teachersDissertaçãoCiências Humanas - EducaçãoCiências Humanas - EducaçãoSelf-efficacy beliefsMotivationTeachersBasic education