Angilelli, Karina BenassiGonçales Filho, José2024-10-242024-10-242024-08-21https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18241No atual cenário de busca por fontes de energia sustentáveis e limpas, o biodiesel se destaca como uma alternativa consolidada para substituir o diesel de petróleo. O biodiesel pode ser obtido por diferentes matérias-primas de origem vegetal e gordura animal, no entanto, sua composição apresenta uma mistura de ésteres de ácidos graxos com alto grau de insaturações, que o torna susceptível aos processos oxidativos, levando à formação de produtos indesejáveis, que alteram suas propriedades. Um dos fatores que propiciam essa degradação é a contaminação por metais. Por outro lado, a utilização de extratos vegetais como antioxidantes no biodiesel são frequentes na literatura, porém sua adição pode levar a presença de compostos porfirínicos, como a clorofila, que por sua vez apresenta boa capacidade complexante. Estas espécies, ao complexar com íons metálicos, potencialmente contaminantes do biodiesel, podem potencializar ou até mesmo inativar o seu efeito catalítico. Portanto, este trabalho teve como objetivo investigar a influência dos complexos de protoporfirina IX (PPIX) com Cr3+, Mn2+, Fe2+ e Fe3+ na estabilidade oxidativa do biodiesel obtido a partir de uma mistura de óleo de canola e sebo. O estudo se dedicou à avaliação do período de indução, bem como às espectroscopias de fluorescência e infravermelho, e à determinação parâmetros cinéticos e termodinâmicos de oxidação sob condições variáveis de temperatura. O íon Cr3+, Mn2+, Fe2+ e Fe3+ apresentaram atividade catalítica nas reações de oxidação do biodiesel e a PPIX exibiu ação antioxidante. Em análise dos parâmetros cinéticos, a amostra contendo Cr3+ proporcionou maiores resultados de constante de velocidade (k), frente ao controle. Quanto a energia de ativação (Ea), também em comparação ao controle, a presença dos metais levaram a menores valores, indicando aceleração das reações de oxidação. Ao avaliar os parâmetros termodinâmicos, a presença dos metais levaram a menores valores de entalpia de ativação (?H‡) e entropia de ativação (?S‡), em relação ao controle. Os parâmetros termodinâmicos determinados indicaram maior estabilidade para o biodiesel contendo PPIX, com valores de ?H‡ e ?S‡ de 103,16 kJ.mol-1 e -52,61 J.K-1.mol-1, respectivamente. O estudo da fluorescência indicou ocorrência da formação de complexos metaloporfirínicos no biodiesel, consistente com os resultados dos testes de estabilidade oxidativa, indicando a interação entre as espécies metálicas e PPIX. O estudo indicou o potencial da protoporfirina IX em aumentar a estabilidade oxidativa do biodiesel, de forma que a incorporação desses compostos nas formulações de biodiesel como aditivo antioxidante tem potencial para melhorar a qualidade do combustível e prolongar sua vida útil, até mesmo em presença do contaminantes metálicosporComplexos metaloporfirínicosEspectroscopia de fluorescênciaEstabilidade oxidativaÍons metálicosQuímicaBiodieselExtratos vegetaisClorofilaFísico-químicaInvestigação dos efeitos de complexos metaloporfirínicos nas reações de oxidação do biodieselInvestigation of the effects of metalloporphyrinic complexes on biodiesel oxidation reactionsDissertaçãoCiências Exatas e da Terra - QuímicaCiências Exatas e da Terra - QuímicaMetalloporphyrin complexesFluorescence spectroscopyOxidative stabilityMetal ionsChemistryBiodiesel fuelsPlant extractsChlorophyllPhysical chemistry