Borinelli, Benilson [Orientador]Godoy, Douglas Fernando dos Santos2024-05-012024-05-012014.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14890Resumo: O objetivo geral da pesquisa foi compreender a trajetória do grau de autonomia da burocracia do Setor Florestas na formulação da política pública florestal paranaense (1985-213) Especificamente, identificamos períodos críticos no desenvolvimento da política de florestas no Paraná, levantamos os recursos de poder e capacidades da burocracia e por fim analisamos o papel dos técnicos na formulação da política de florestas paranaense No intento de alcançar estes objetivos, apoiamo-nos na perspectiva histórica e no método qualitativo Isso nos conduziu a um nível de profundidade e de detalhamento necessário e desejado para explorar e descrever o fenômeno da burocracia política no Paraná No que se refere à perspectiva teórica, orientamo-nos pelas contribuições teóricas sobre burocracia pública Pelo menos parte deste corpo teórico procura demonstrar que a burocracia pública atua politicamente nos processos decisórios, extrapolando, assim, seu papel tradicional de executor de políticas públicas De modo a enriquecer nossa análise, adotamos ainda, dois conceitos da Teoria Institucional Histórica, denominados momentos críticos e dependência da trajetória, os quais permitiram observar a evolução histórica da política florestal do Estado Foram realizadas seis entrevistas com técnicos de carreira do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) entre meados de 213 e o início de 214, todas nas cidades de Curitiba/Paraná Além disso, realizamos pesquisa documental e hemerográfica O processo investigativo resultou em dois períodos entre 1985 e 213 nos quais os técnicos usufruíram de graus diferentes de autonomia na formulação da política florestal Entre 1985 e 23, os técnicos experimentaram maiores níveis de liberdade no processo político, em razão do seu fortalecimento enquanto grupo Neste período, a burocracia cresceu em tamanho e enriqueceu em conhecimento técnico Isso permitiu à burocracia utilizar, especialmente, suas capacidades de ocupar cargos importantes, de fazer alianças estratégicas e de angariar e gerar recursos financeiros No período imediatamente posterior (23-213), a burocracia do Setor Florestas passou por um momento de enfraquecimento O número de técnicos caiu drasticamente, a geração de receitas estagnou, as despesas aumentaram, o número de políticos no órgão cresceu e o número de técnicos em cargos importantes da administração ambiental foi reduzido Consequentemente, a política florestal perdeu força Por fim, este estudo mostrou que momentos de maior autonomia burocrática no processo de formulação da política florestal paranaense foram experimentados quando, simultaneamente, a burocracia do Setor Florestas se encontrava fortalecida (recursos de poder e capacidades), quando instituições (especialmente ONGs e movimentos ambientais e o setor empresarial) foram capazes de pressionar o Estado, exigindo políticas ambientais mais consistentes e, por último, quando o Estado possuía um governante interessado na área ambiental e disposto a resolver os problemas ambientais sofridos naquele momento históricoPolítica florestalEconomia florestalAutonomia administrativaAdministração públicaPolíticas públicasForest policyPublic administrationAdministrative autonomyPublic policyPolicy makingO papel da burocracia pública do setor florestas no processo de formulação da política florestal do estado do Paraná - Brasil (1985-2013)Dissertação