Oliveira, Tereza Cristina Rocha Moreira de [Orientador]Benetti, Thalyta Marina2024-05-012024-05-012014.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14863Resumo: A ocorrência de infecções associadas à Campylobacter notificadas tem aumentado em muitos países desenvolvidos nos últimos 2 anos Embora existam diversas fontes, a campilobacteriose está geralmente associada ao consumo de carne de frango mal processada, e a contaminação cruzada envolvendo este produto A eficácia dos métodos convencionais de isolamento de Campylobacter em alimentos tem sido questionada e as dificuldades encontradas relacionadas à incapacidade dos antibióticos adicionados ao meio de enriquecimento de inibir os micro-organismos contaminantes e a baixa competitividade do Campylobacter frente a esses micro-organismos Os métodos moleculares, como a reação em cadeia polimerase (PCR), têm sido descritos como uma adequada estratégia para a detecção, identificação e quantificação de Campylobacter spp em alimentos Os objetivos deste estudo foram avaliar diferentes métodos de extração de DNA visando a padronização de ensaio PCR em Tempo Real para detecção e quantificação de Campylobacter em carcaças de frango; propor alternativas para melhorar a detecção e a quantificação pela técnica de cultura preconizada pela ISO 1272: 26, e a avaliar de métodos fenotípicos e genotípicos para a identificação de espécies de Campylobacter A avaliação comparativa entre o método direto (ISO 1272-2) e o de enriquecimento (ISO 1272-1) mostrou a superioridade do método direto, pela maior frequência de isolamento de Campylobacter spp e superior taxa de sensibilidade O volume da enxaguadura de 1 mL, que atualmente é recomendado pelo protocolo ISO 1272-1 para o enriquecimento, não deve ser utilizado porque volumes de 2,5 e 5, mL possibilitaram melhor isolamento de Campylobacter spp A estratégia de utilização de volumes menores que 1 µL de enxaguadura no método direto buscando minimizar a interferência da microbiota contaminante no isolamento e contagem de Campylobacter spp, não melhorou o isolamento e a contagem de colônias Os resultados confirmam que o volume de enxaguadura mais adequado para o método direto é o de 1 µL, como o preconizado na metodologia ISO 1272-2 Os resultados encontrados sugerem o cultivo adicional de 4 µL de enxaguadura porque muitas amostras de carne de frango apresentam contaminação baixa de Campylobacter, que só podem ser quantificadas e detectadas se volumes maiores forem utilizados Os métodos de identificação de espécie avaliados no presente trabalho foram provas fenotípicas convencionais, API Campy® e sistema Diversilab® As provas fenotípicas convencionais mostraram ser adequadas para a identificação dos isolados hipurato-positivos Quando os isolados não hidrolisaram o hipurato, não foi possível identificar a espécie, mesmo após sequenciamento O limite de detecção da PCR em Tempo Real padronizada foi 1,5 x 13 UFC/g e a faixa linear de amplificação de 1,5 x 13 a 2, x 17 UFC/g Dentre os métodos de extração de DNA avaliados, o de Hong et al (27) e o kit Simbios apresentaram resultados mais satisfatórios quando comparado aos métodos de Ronner e Lindmark (27) e EasyMag®, porque foram os únicos métodos que detectaram Campylobacter no limite de detecção da PCR A avaliação direta da enxaguadura da carcaça de frango pelo método de PCR em Tempo Real otimizada não foi adequada para quantificação de Campylobacter spp tendo em vista, o alto limite de detecção Desta forma, o presente trabalho recomenda o enriquecimento da enxaguadura em Caldo Bolton seguido pela PCR em Tempo Real como método mais apropriado para detectar Campylobacter spp em amostras de carne de frangoCarne de aveReação em cadeia de polimeraseInfecções por campylobacterCampylobacterCarne de avePoultry as foodPolymerase chain reactionCampylobacter infectionsBacterial diseasesPoultry as foodAvaliação de métodos de detecção, quantificação e identificação de Campylobacter spp. em carcaças de frango resfriadasTese