Oliveira, Francismara Neves deGodoi, Guilherme Aparecido de2024-11-012024-11-012023-08-31https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18361A pesquisa apresentada nesta tese tem sua temática circunscrita à problemática relação que a sociedade vem estabelecendo com o meio ambiente, configurada como devastadora e não preventiva, o que causa uma série de prejuízos socioambientais de proporção mundial. Embasa-se no aporte teórico-metodológico da Epistemologia Genética de Jean Piaget (1896-1980) e está relacionada às questões ambientais e à noção de tempo no contexto do ensino de Geografia. Caracteriza-se como qualitativa, na modalidade de estudo descritivo. O objetivo geral foi analisar os níveis de construção da noção temporal, bem como o conhecimento acerca de questões ambientais de estudantes dos anos finais do ensino fundamental e verificar se existe relação entre esses constructos no contexto do ensino de Geografia. Os objetivos específicos buscaram investigar os níveis da noção temporal dos estudantes participantes; identificar os níveis de desenvolvimento do conhecimento social acerca das noções do meio ambiente e verificar se há convergências entre noção temporal e compreensão de meio ambiente. A pesquisa foi realizada junto a uma escola pública estadual de um município localizado na região metropolitana de Campinas, interior do estado de São Paulo. Participaram 27 estudantes dos anos finais do ensino fundamental, sendo 15 estudantes do 6º ano e 12 estudantes do 9° ano, com idades entre 11 e 18 anos. Tomando o método clínico-crítico piagetiano por base, os participantes foram submetidos à prova operatória do Escoamento do Líquido, baseada em experimento piagetiano e entrevista clínica por meio da Linha do Tempo Imagética. Como resultado do estudo, foi possível constatar que na prova operatória do Escoamento do Líquido os participantes apresentaram níveis de desenvolvimento distintos (de IB a III) da noção temporal e não relacionados à idade ou ao ano escolar. As relações do tempo intuitivo estiveram presentes nas respostas de 14 participantes (aproximadamente 52% da amostra), o que demonstra construção tardia da noção temporal dos participantes. As relações do tempo operatório estiveram presentes nas respostas de 13 participantes (aproximadamente 48%). Por sua vez, os dados produzidos a partir da Linha do Tempo Imagética permitiram constatar que 14 participantes apresentaram conhecimento ambiental de nível I, com ideias mais elementares sobre a temática e entendimento pouco realista dos problemas ambientais. O conhecimento ambiental de nível II foi alcançado por nove participantes, o que compõe o grupo de noção em transição, nas quais foram relacionados mais elementos, alcançando certos progressos, mas ainda com a identificação de problemas ambientais limitados ao espaço e tempo concretos. Por fim, o nível III do conhecimento ambiental foi alcançado somente por quatro participantes. Nessas explicações mais completas, os participantes argumentaram sobre os impactos globais indiretos e progressivos das questões ambientais, o que demandou acesso às dimensões ocultas do sistema, explicitando a estruturação do período operatório formal. Sobre a relação entre os constructos, a análise indicou a interdependência entre as construções lógicas e sociais, de tal forma que o entendimento mais completo dos problemas ambientais esteve atrelado ao desenvolvimento do tempo operatório formal.porEducação ambientalEnsino de geografiaEpistemologia genéticaMeio ambienteNoção de tempoEnsino fundamentalGeografia - Estudo e ensinoNoção de tempo e conhecimento ambiental na perspectiva de alunos do ensino fundamental : um estudo à luz da epistemologia genéticaNotion of time and environmental knowledge from the perspective of elementary school students : a study in the light of genetic epistemologyTeseCiências Humanas - EducaçãoCiências Humanas - EducaçãoEnvironmental educationGeography teachingGenetic epistemologyEnvironmentNotion of timeElementary educationGeography - Study and teaching