Dichi, Isaías [Orientador]Micheletti, Pâmela Lonardoni2024-05-012024-05-012018.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9145Resumo: Introdução: O câncer da mama ainda é a forma mais comum de câncer entre as mulheres, ocupando o primeiro lugar em incidência no Brasil É uma doença multifatorial, podendo ser adquirida no decorrer da vida ou por transmissão hereditária Diante da necessidade de se diagnosticar precocemente mulheres com câncer de mama, é imprescindível avaliar marcadores prognósticos que são capazes de predizer o desfecho da doença como a viatmina D, bem como identificar antecipadamente a cardiotoxicidae que é um dos efeitos tóxicos da quimioterapia responsável por altas taxas de mortalidade Artigo 1: O objetivo do trabalho foi avaliar os níveis plasmáticos da 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) ao diagnóstico e verificar sua relação com parâmetros clínicos e prognósticos em mulheres com câncer de mama e sua relação com a agressividade da doença Esse estudo envolveu um total de 147 mulheres com carcinoma ductal infiltrativo da mama Foram coletas amostras de sangue e as pacientes foram submetidas a procedimentos cirúrgicos para coleta do tumor As biópsias de tumor foram classificadas por imunohistoquímica em 4 subtipos moleculares: Luminal A, Luminal B, HER 2 positivo e triplo negativo A 25(OH)D foi avaliada em amostras de plasma usando um kit comercial à base de quimioluminescência (Architet ™, Abbot) Os resultados foram comparados pelo teste t de Student ou pelo teste de Mann-Whitney, de acordo com a distribuição das variâncias A média de idade ao diagnóstico foi de 56,1 anos Foi observado que menores níveis plasmáticos de vitamina D ao diagnóstico estavam relacionados à marcadores clínicos de pior prognóstico como: invasão linfonodal (23,69 ± ,94 ng/mL em linfonodos negativos e 2,34 ± 1,3 ng/mL em linfonodos positivos, p = ,39), quimiorresistência (2,45 ± 1,32 ng/mL em quimiorresistente e 23,54 ± ,83 ng/mL em quimioresponsiva, p = ,454), metástases (2,58 ± 1,18 ng/mL em pacientes metastáticos e 23,61 ± ,94 ng/mL naqueles sem metástase, p = ,5), portadoras de tumores triplo-negativos quando comparados aos tumores luminais (23,42 ± ,99 ng/mL em triplo negativos e 17,17 ± 2,89 ng/mL em tumores luminais A, p = ,49), e óbito nos dois primeiros anos do diagnóstico (23,62 ± ,8 ng/mL em pacientes vivas 2 anos após o diagnóstico e 19,71 ± 1,54 ng/mL em pacientes que morreram, p = ,197) O estudo mostrou que níveis plasmáticos mais baixos de 25(OH)D no momento do diagnóstico estão diretamente associados a marcadores clínicos de mau prognóstico em câncer de mama Em conclusão, os níveis reduzidos de vitamina D no plasma ao diagnóstico de câncer de mama podem ser um marcador plausível do prognóstico da doença Artigo 2: O presente estudo teve como objetivo avaliar marcadores do dano cardíaco (CK total, CKMB e PCR), marcadores inflamatórios (ferro livre, homocisteína e TNF-a) bem como o lipidograma em pacientes com câncer de mama submetidas à ciclos agudos de doxorrubicina, paclitaxel ou trastuzumabe e verificar se existe associação entre esses marcadores e a toxicidade ao tratamento quimioterápico Foram incluídas no estudo 12 pacientes com câncer de mama e 5 controles saudáveis Todas as análises foram realizadas em sistemas automatizados, e o TNF-a foi avaliado por método imunoenzimático (ELISA, eBioscience) Para as análises estatísticas cada grupo foi comparado com os controles de acordo com sua normalidade pelo teste t de Student e teste de Mann-Whitney Nossos resultados mostraram que níveis plasmáticos aumentados de CK-MB foram encontrados no grupo tratado com paclitaxel e naqueles tratados com trastuzumabe quando comparados aos controles (CTR 1,26±,338 U/L; DOX 5,28±2,73 U/L; PTX 8,78±4,2 U/L, TZ 6,9±1,97 U/L, p <,1) Os níveis plasmáticos de hsPCR foram significativamente maiores nos três grupos após os tratamentos (CTR ,66±,18 mg/dL; DOX 4,8±1,23 mg/dL, p = ,5; PTX 7,12±1,87 mg/dL, p = ,6; TZ 3,12±,68 mg/dL, p = ,95) O lipidograma mostrou um aumento significativo nos níveis de colesterol total em pacientes tratados com paclitaxel (PTX 21,7±19,54, p = ,5) e trastuzumabe (TZ 218,3±16,79, p = ,317), em relação aos controles saudáveis (CTR Colesterol 167,1±7,85); e nos níveis de triglicerídeos (DOX 187,6±25,6, p = ,231, PTX 21,7±19,54, p = ,277, TZ 218,3±16,79, p = ,127), em relação aos controles (CTR Triglicerídeos 137,9±5,24) A análise do TNF-a circulante mostrou aumento dessa citocina em todos os grupos tratados quando comparados aos controles (CTR 9,47±1,56 pg/mL; DOX 42,31±17,96 pg/mL, p = ,1 ; PTX 38,27±9,12 pg/mL, p = ,23 e TZ 89,6±12,11, p = ,32) Os níveis plasmáticos de homocisteína foram significativamente aumentados nos três grupos tratados em relação aos controles saudáveis (CTR 7,8±,397 µmol/L; DOX 9,11±,83 µmol/L, p = ,21; PTX 1,95±,86 µmol/L, p = ,5 e TZ 9,95±1,15 µmol / L, p = ,396) Ferro livre também foi encontrado significativamente elevado em todos os grupos (CTR 89,17±9,5 ug/dL; DOX 138,8±18,6 ug/dL, p = ,193; PTX 113±18 6 ug/dl, p = ,45 e TZ 12,5±4,64 ug/dl, p = ,58) Nossos dados demonstraram que marcadores de rotina de avaliação do dano cardíaco como CKMB e PCR apresentam-se alterados no sangue após o tratamento agudo em pacientes com câncer de mama Bem como o lipidograma e marcadores pró-inflamatórios como TNF-a, homocisteína e ferro livre Após as análises sugere-se que marcadores de rotina de lesão cardíaca apresentam indícios de que poderiam ser usados como possíveis indicadores de cardiotoxicidade induzida pelas drogas usadas na quimioterapiaMamasCâncerVitamina DQuimioterapiaCancerVitamin DBreastAvaliação do status de vitamina D e marcadores inflamatórios e de toxicidade ao tratamento quimioterápico em pacientes com câncer de mamaTese