Carpentieri-Pípolo, Valéria [Orientador]Pagliosa, Eduardo Stefani2024-05-012024-05-012016.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14657Resumo: No melhoramento de soja a determinação do ganho genético utilizando os resultados de desempenho dos genótipos nos ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU) através dos anos, é uma maneira eficaz e econômica para avaliar a eficiência e fornecer subsídios valiosos para o planejamento dos programas de melhoramento Desta forma, os objetivos deste trabalho foram determinar e comparar o ganho genético de genótipos de soja de diferentes ciclos (precoce, semiprecoce e médio); de diferentes tipos (convencional e transgênicas) e; em ambientes de diferentes altitudes (acima e abaixo de 7 metros), desenvolvidos pelo programa de melhoramento de soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre os anos de 1994 e 214, na região meridional do Brasil A avaliação do ganho genético foi dividida em dois períodos: o primeiro período refere-se à 134 genótipos convencionais de soja, provenientes do programa de melhoramento de soja da Embrapa Soja, avaliados nos ensaios de VCU entre as safras de 1994/1995 a 2/21 em 24 locais totalizando 128 ambientes (locais de avaliação em diferentes anos) O segundo período, refere-se à 622 genótipos convencionais e transgênicos de soja, também provenientes do programa de melhoramento de soja da Embrapa Soja, avaliados nos ensaios de VCU entre as safras de 21/22 a 213/214 em 43 locais totalizando 683 ambientes (locais de avaliação em diferentes anos) Os genótipos foram agrupados em três grupos de maturação: grupo precoce (até 115 dias para a maturação), grupo semiprecoce (de 116 a 125 dias para a maturação) e grupo de ciclo médio (acima de 125 dias para a maturação), com o intuito de padronizar os ciclos, baseados no ciclo obtido em Londrina-PR As parcelas experimentais foram constituídas por quatro fileiras de 5 m de comprimento, espaçadas por ,45 m, usando-se como área útil duas fileiras centrais, com eliminação de ,5 m em cada extremidade das mesmas, a título de bordadura O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, tendo como tratamentos: anos, locais e genótipos As estimativas de ganho genético foram obtidas por análise de regressão linear a partir de médias ajustadas do rendimento anual médio de grãos, em kg ha-1 (RG), do acamamento (AC), da estatura média (EP) de planta (em cm), dos dias da emergência ao florescimento e dos dias da emergência à maturação dos genótipos de soja (linhagens e testemunhas) utilizados nos ensaios de VCU As médias ajustadas foram obtidas através da metodologia de modelos mistos, separando-se os efeitos fixos dos aleatórios Para o período compreendido entre as safras 1994/1995 a 2/21, não foi detectado ganho genético para os caracteres rendimento de grãos, dias da emergência ao florescimento e dias da emergência à maturação Foi detectado ganho genético positivo de 2,7% para as notas de acamamento de genótipos de ciclo semiprecoce Obteve-se ganho genético negativo de -2,44% para estatura de planta, de genótipos de ciclo precoce, acarretando em uma redução efetiva de 2,8 cm por ano Não foi detectado ganho genético para os caracteres rendimento de grãos, acamamento, estatura de planta, dias da emergência ao florescimento e dias da emergência à maturação, no período entre as safras de 21/2 e 213/14, para genótipos de soja convencional, independente da altitude e do grupo de maturação dos genótipos Houve ganho genético para todos os caracteres avaliados para genótipos de soja transgênica variando em função da altitude dos ambientes de avaliação e dos grupos de maturação O ganhos genéticos para rendimento de grãos, foram de 59,38, 44,5 e 64,34 Kg ha-1 ano-1, respectivamente para os genótipos de ciclo precoce, semiprecoce e médio, em ambientes acima de 7 metros de altitude Em ambientes abaixo de 7 metros de altitude, os ganhos genéticos foram de 45,99, 58,37 e 84,32 Kg ha-1 ano-1, respectivamente Cultivares transgênicas apresentavam rendimento médio abaixo dos genótipos convencionais no início do período de avaliação (safra 22/3), porém, em ambientes acima e abaixo de 7 metros de altura os genótipos convencionais e transgênicos apresentaram RG médio equivalente por volta da safra 29/1 e 21/11, respectivamente, após estas safras, os RG dos genótipos transgênicos se tornaram superiores Mesmo não havendo ganho genético significativo para genótipos convencionais, foi possível identificar linhagens promissoras, entre as safra de 1994/1995 e 213/214, do programa de melhoramento de soja da Embrapa, que foram lançadas como cultivares de alto potencial produtivo e com caracteres agronômicos desejáveisGenética vegetalSojaMelhoramento genéticoSojaProdutividadeBreedingPlant geneticsSoybeanGanho genético em soja na região meridional do BrasilTese