Queiroga, Marcos RobertoDantas, Diego Bessa2025-11-262025-11-262025-08-01https://repositorio.uel.br/handle/123456789/19034Objetivo: Analisar os efeitos do exercício físico aeróbico realizado durante a infusão de quimioterapia antineoplásica sobre os sintomas e a qualidade de vida de pacientes com câncer de mama. Métodos: A tese foi desenvolvida e apresentada em forma de 3 artigos científicos com o propósito de responder o objetivo central da pesquisa . No primeiro artigo uma revisão sistemática com metanálise foi desenvolvida e adaptada para diversas bases de dados, incluindo Cochrane Library, Web of Science, PubMed/MEDLINE, CINAHL, SPORTDiscus, Scope e ScienceDirect, utilizando palavras-chave relacionadas a câncer, quimioterapia, exercício, sinais e sintomas e analisou o impacto de se exercitar ao longo do tratamento a partir de diferentes modalidades de exercício. O tamanho do efeito da intervenção foi calculado para cada desfecho incluído na revisão. A análise dos dados foi feita utilizando os pacotes "meta" e "metafor" do software R (versão 4.1). No segundo artigo foi feito um ensaio pré-experimental, onde pacientes oncológicas adultas (24) em quimioterapia para câncer mamário foram recrutadas para realizar 20 minutos de pedalada de baixa intensidade em um cicloergômetro (30-40% da FCR), iniciando 10 minutos após o início da infusão de quimioterapia, essa investigação buscou verificar o comportamento do humor e o nível de divertimento entre as participantes da intervenção. Os níveis de atividade física foram avaliados antes da sessão de exercício (IPAC), O estado de ânimo foi coletado antes e após o exercício, enquanto o divertimento (PACES) foi coletado após a intervenção. No terceiro artigo um ensaio clínico randomizado, simples-cego, incluiu 39 mulheres com câncer de mama em quimioterapia em um hospital especializado em oncologia. As participantes foram randomicamente alocadas para um grupo de exercícios (n=18) ou grupo controle (n=21). O grupo de intervenção realizou ciclismo aeróbico de baixa intensidade com um ergômetro portátil por 20 minutos durante as sessões de infusão 2 a 6. A fadiga (Escala de Fadiga do Câncer) e a qualidade de vida (EORTC QLQ-C30) foram avaliadas antes da segunda e após a sexta infusão. Os sintomas relacionados à quimioterapia também foram monitorados por telefone de 48 a 72 horas após a infusão. Os dados foram analisados usando Equações de Estimação Generalizadas para escores de sintomas e ANOVA de medidas repetidas para os desfechos de fadiga e qualidade de vida. Resultados: Os resultados demonstraram que a prática de exercício físico nas modalidades resistido, combinado e orientais impactam na redução dos sintomas de fadiga, enjoo e vômito. Quanto ao exercício aeróbico de baixa intensidade durante a infusão de quimioterapia antineoplásica foi possível identificar que a prática foi bem recebida pelas pacientes, com elevados níveis de divertimento (PACES: 106.9 ± 16.1) e afetividade (Feeling Scale: 4.33 ± 0.86), além de estabilidade nos escores de humor (LEA-RI) entre os momentos pré e pós-exercício. Esses achados indicam que a intervenção foi aceitável e promoveu uma experiência positiva durante o tratamento. No entanto, diferentemente dos benefícios geralmente associ ados à prática regular de exercícios ao longo da quimioterapia, o protocolo de exercício proposto não resultou em melhorias significativas na qualidade de vida ou na redução da carga de sintomas, como fadiga, náuseas e vômitos. Por outro lado, foi observad a uma redução significativa na gravidade da alopecia entre sessões de quimioterapia no grupo intervenção, sugerindo efeitos pontuais relevantes. Em conjunto, os resultados apontam para a viabilidade da aplicação do exercício aeróbico durante a infusão, com boa aceitação pelas pacientes, enquanto os efeitos sobre desfechos clínicos clássicos requerem investigações com diferentes protocolos de exercícios. Conclusão: O exercício físico aeróbico de baixa intensidade realizado durante a infusão de quimioterapia mostrou-se bem aceito por mulheres com câncer de mama, promovendo altos níveis de prazer e afetividade. No entanto, não resultou em melhorias significativas na qualidade de vida ou na carga de sintomas, com exceção de uma redução na gravidade da alopecia. Esses achados indicam que, embora a intervenção não impacte diretamente os desfechos clínicos clássicos, pode contribuir positivamente para a experiência do tratamento e merece ser considerada como estratégia complementar em contextos oncológicos.porCâncer de mamaQuimioterapiaQualidade de vidaManejo de sintomasIntervenção com exercícioExercícios aeróbicosExercícios físicos - Aspectos da saúdeExercícios aeróbicos durante a infusão em quimioterapia : impacto nos efeitos colaterais em pacientes com câncer mamárioAerobic exercises during chemotherapy infusion : impact on side effects in patients with breast cancerTeseCiências da Saúde - Educação FísicaCiências da Saúde - Educação FísicaBreast câncerChemotherapyQuality of lifeSymptom managementExercise interventionAerobic exercisesPhysical exercises - Health aspects