Vannuchi, Marli Terezinha Oliveira [Orientador]Conceição, Eliane Silvéria Hernandes2024-05-012024-05-012017.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16391Resumo: No Brasil, é considerada internação de longa permanência aquela em que o paciente permanece hospitalizado em tempo igual ou maior que 3 dias É um desafio enfrentado pelos hospitais devido as suas consequências para o paciente, sua família e ainda para os gestores de saúde, devido o impacto dos custos hospitalares Nesse contexto foram desenvolvidos os dois estudos que compõem essa Dissertação O primeiro foi elaborado em forma de revisão integrativa A busca totalizou 225 artigos, dos quais apenas dezesseis responderam aos objetivos da pesquisa As análises textuais permitiram a construção de três abordagens temáticas: tempo de permanência e mortalidade; permanência hospitalar, reinternações e fatores relacionados; tempo de internação e gerenciamento de leitos hospitalares Os estudos mostraram que o tempo de internação está associado à mortalidade, reinternações e ocorrência de eventos adversos decorrentes da permanência hospitalar Destaca-se a gestão dos custos hospitalares e a intervenção para diminuição do tempo de internação hospitalar como um desafio vivenciado nos hospitais de grande porte Com base na relação entre internação de longa permanência e fatores associados, elaborou-se o segundo estudo, abordando os fatores associados às internações hospitalares de longa permanência de pacientes adultos atendidos pelo Sistema Único de Saúde em uma instituição de alta complexidade Tratou-se de uma pesquisa descritiva transversal, com abordagem quantitativa e de dados secundários Foram incluídos aqueles que tiveram internações de longa permanência pelo Sistema Único de Saúde entre os anos de 213 a 215, com exclusão das reinternações Os dados foram analisados por meio do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 2 Foram realizadas análises descritivas, com apresentação das frequências absolutas e relativas A razão de prevalência (RP) foi calculada por Regressão de Poisson, com variância robusta e respectivos intervalos de confiança (IC 95%) Variáveis que apresentaram valor de p<,2 na análise bivariada foram incorporadas ao modelo multivariado Permaneceram no modelo final as variáveis independentes que mantiveram associação significativa após o ajuste (p<,5), de acordo com o Teste de Wald Foram incluídas 12689 internações e, dessas, identificadas 645 de longa permanência no período, perfazendo uma prevalência de 5,1% Os dados evidenciaram que houve predomínio do sexo masculino (62,%), de indivíduos acima de 6 anos (52,6%), com ensino fundamental (65,5%), pertencentes à regional de abrangência do município (82,9%), com internação na especialidade de neurocirurgia (25,6%) As internações por doenças do aparelho circulatório foram mais frequentes (33,5%), seguida daquelas decorrentes de causas externas (22,3%) e de altas por óbito (45,6%) Os fatores associados às internações de longa permanência foram: sexo masculino (RP=1,42; IC95%: 1,22-1,66; p<,1); morador de outra regional de saúde (RP=1,51; IC95%: 1,25-1,84; p<,1) e ter apresentado internação em Unidade de Terapia Intensiva (RP=6,55; IC95%: 5,43-7,9; p<,1) Os resultados apontaram que ser do sexo masculino, morador de outra regional de saúde e internação em Unidade de Terapia Intensiva, estiveram associados à internação de longa permanência e que o tempo de internação está associado à mortalidade, reinternações e ocorrência de eventos adversos decorrentes da permanência hospitalar Os fatores associados a essas internações mostraram resultados expressivos em termos de gravidade, considerando as internações em Unidade de Terapia Intensiva e, mortalidadeAssistência hospitalarDoentes hospitalizadosHospital careHospitalized patientsInternações de longa permanência pelo Sistema Ùnico de Saúde em instituição de alta complexidadeDissertação