Venâncio, Emerson José [Orientador]Silva, Débora Fonseca Vituri Rodrigues da2024-05-012024-05-012008.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10614Resumo: Paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença fúngica considerada um problema de saúde pública no Brasil Na cavidade oral o processo alveolar e a gengiva são as localizações mais afetadas A lesão bucal tipicamente se manifesta como uma hiperplasia granular eritematosa, com vários pontos hemorrágicos e uma superfície com aspecto de amora chamada de estomatite “moriforme” O polimorfismo clínico da PCM bucal às vezes dificulta o diagnóstico especialmente quando confundido com carcinoma espino celular (CEC) A PCM bucal geralmente é diagnosticada por histopatologia, entretanto, em alguns casos, o agente etiológico pode não ser encontrado ou confundido com outros fungos dimórficos e peças pequenas podem levar a um erro de diagnóstico As técnicas moleculares são promissoras, facilitando um diagnóstico mais conclusivo, com uma alta especificidade e sensibilidade para P brasiliensis, em particular através da utilização da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Peças de tecidos parafinizados vêm sendo utilizadas em estudos retrospectivos de diagnósticos a fim de padronizar um método de extração de DNA que seja adequado em técnicas moleculares Este estudo descreve dados clínico-patológicos de 7 casos de PCM bucal confirmados por histopatologia Desses 7 casos, 29 amostras de tecidos parafinizados foram submetidas à extração de DNA e utilizadas em dois protocolos diferentes de PCR para a detecção do DNA do fungo P brasiliensis Peças de CEC bucal parafinizadas foram utilizadas como reação controle Os dados clínicos mostram que a maioria dos pacientes eram homens, trabalhadores rurais, fumantes, etilistas, apresentam múltiplas lesões e o processo alveolar e a gengiva são os sítios mais afetados e o CEC foi o diagnóstico diferencial mais freqüente Nas 29 amostras de tecidos parafinizados, o fungo P brasiliensis foi detectado em 17 (58,6%) amostras pelo protocolo de Koishi (26) e 2 (6,9%) pelo protocolo de Theodoro et al (25) As 12 amostras negativas pelo protocolo de Koishi (26), foram submetidas a um processo de purificações em agarose e posteriormente submetidas aos protocolos de Koishi (26) e Theodoro et al (25), onde duas e cinco amostras foram positivas, respectivamente Como resultado total a PCR detectou 24 (85,75%) DNA de P brasiliensis em 29 amostras de tecidos parafinizados Em conclusão, este estudo mostrou que o CEC é a patologia bucal que mais se assemelha a lesão bucal de PCM e pode levar ao erro de diagnóstico e o protocolo de Koishi, 26 mostrou-se mais sensível na detecção de P brasiliensis e pode ser usado em tecidos parafinizadosPatologia experimentalParacoccidioidomicoseParacoccidioides brasiliensisBocaDiagnósticoExperimental pathologyParacoccidioidomycosisMouth - Diseases - DiagnosisDetecção molecular de Paracoccidioides brasiliensis por PCR em biópsias de lesão bucal de paracoccidioidomicoseDissertação