Gallo, Alex EduardoVigano, Sissi Araujo2025-10-082025-10-082025-07-28https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18962A violência é um problema de saúde pública, com impacto direto na saúde mental, que atrasa o desenvolvimento econômico, afetando toda a sociedade brasileira, pois o Brasil é um dos países mais violentos do mundo. A Violência contra a Mulher (VCM) é um tipo de violência que ganhou reconhecimento nacional a partir da promulgação da Lei Maria da Penha, que trata da violência doméstica como um tipo de VCM. Um dos principais objetivos no estudo da violência doméstica é conhecer os fatores determinantes na decisão da vítima de permanecer no relacionamento com o agressor. Uma hipótese diagnóstica é de que o controle coercitivo exercido pelo agressor seja dissimulado pelo atraso nas consequências aversivas com reforçadores positivos imediatos, dificultando o contracontrole. Outras hipóteses são: (1) repertório comportamental de esquiva experiencial; (2) seguimento excessivo de regras promovendo inflexibilidade psicológica; (3) transformação da função do abuso de estímulo aversivo em discriminativo pareado com o reforçador positivo de afeto na fase de reconciliação de um padrão cíclico de abuso; (4) resistência à extinção pelo reforço positivo intermitente e por efeitos paradoxais da punição; (5) habituação ao abuso; (6) alto custo de resposta para o término do relacionamento; (7) punição das tentativas de fuga da violência; (8) reforço negativo da continuidade do relacionamento; (9) aumento do valor reforçador do afeto nas contingências aversivas da violência. Esta pesquisa consiste em desenvolver um protocolo de atendimento psicológico em clínica forense, pautado pela interseccionalidade, com intervenções analíticocomportamentais para vítimas de violência doméstica, de forma a torná-las menos expostas a revitimizações e prevenir feminicídios, além de reduzir sua susceptibilidade a problemas de saúde mental, através de treino discriminativo com análises funcionais para “amor” e“violência”, treino de assertividade, treino de aceitação, treino de auto-observação, autoconhecimento, regulação emocional e autocontrole, e treino para flexibilidade psicológica, com desfusão cognitiva, psicoeducação e clarificação de valores, como sugestão de melhoria, em resposta às críticas à Norma Técnica Uniformizadora dos Centros de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - CRAM. As medidas de avaliação dos resultados esperados são perguntas da Escala de Trauma de Davidson (DTS), da escala Brief-COPE, sobre estilos de enfrentamento orientados para a solução de problemas, e da Escala de Progresso Pessoal revisada (PPS-R), aplicadas antes e após os dez encontros de atendimento em grupo.porViolência contra a mulherRelacionamento abusivoClínica forenseAnálise do comportamento aplicadaEnfrentamentoSaúde pública - BrasilSaúde mental (Psicologia)Violência familiarDepressão - Aspectos psicológicosSíndrome do pânicoIntervenção clínica analítico-comportamental para aumento do repertório de enfrentamento em mulheresBehavioral-analytic clinical intervention to increase the coping repertoire in womenDissertaçãoCiências Humanas - PsicologiaCiências Humanas - PsicologiaViolence against womenAbusive relationshipForensic clinicApplied behavior analysisCopingPublic health - BrazilMental health - PsychologyFamily violenceDepression - Psychological aspectsPanic disorders