Gon, Márcia Cristina Caserta [Orientador]Noro, Grazielle2024-05-012024-05-012013.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14177Resumo: A interação comportamento e ambiente tem sido extensivamente estudada pela Análise do Comportamento O desenvolvimento das características individuais é explicado pela Análise do Comportamento por meio de tal interação, considerando-se obviamente uma herança genética com suscetibilidades específicas Outras ciências, entre as quais a Neurociência e Epigenética, também têm conduzido pesquisas sobre este tópico e, mais recentemente, apresentado dados inéditos sobre os efeitos recíprocos desta interação especialmente em função dos avanços tecnológicos em métodos e instrumentos Tais avanços, especialmente em neuroimagem e neurofarmacologia, possibilitaram analisar e estabelecer a relação entre a atividade cerebral em tempo real, as alterações na química cerebral e mudanças comportamentais Além disso, tais avanços têm beneficiado a explicação de características individuais que permanecem ao longo da vida do indivíduo, ainda que as influências ambientais relacionadas a tais diferencas tenham ocorrido em idade significativamente anterior Entretanto, o posicionamento da Análise do Comportamento a respeito da utilização de variáveis biológicas para a explicação do fenômeno comportamental foi e permanece cauteloso Isso se deve especialmente pelo compromentimento de Skinner com a ciência do comportamento e, portanto, a cuidadosa eliminação de dados que propiciassem inferências sobre a explicação fenomeno comportamental, distanciando-se da explicação causal de seleçao pelas consequencias Assim sendo, os objetivos deste trabalho foram: 1) Apresentar e descrever uma seleção de estudos clássicos em Neurociência que contemplam a explicação do fenômeno comportamental e apresentar também as restrições tradicionalmente difundidas da Análise do Comportamento sobre a explicação do episódio comportamental por meio de variáveis biológicas; e, 2) Avaliar estudos sobre a relação entre cuidados maternais e alterações epigenéticas no desenvolvimento da vulnerabilidade ao estresse da prole e as possíveis contribuições de tais pesquisas para a Análise do Comportamento Para conduzir esta pesquisa, foram realizados um pré-estudo e quatro estudos O pré-estudo teve como tema a explicação do comportamento, segundo textos skinnerianos, por meio de variáveis biológicas e do conceito skineriano de organismo modificado Os quatro estudos seguintes tiveram como foco, respectivamente: Estudo I – A atual relação entre Neurociência, Epigenética e Análise do Comportamento; Estudo II – Neurociência, Epigenética e o desenvolvimento das diferenças individuais; Estudo III – Neurociência e a explicação do comportamento de agressividade, memória e linguagem; e, Estudo IV – Cuidados maternais, vulnerabilidade ao estresse da prole e mecanismos epigenéticos O resultado da pesquisa foi o desenvolvimento de dois artigos Artigo I: Neurociência e Análise do Comportamento – A Utilização de Variáveis Biológicas na Explicação do Fenômeno Comportamental; e, Artigo 2: Mecanismos Epigenéticos e os Efeitos dos Cuidados Maternais Pós-Parto no Desenvolvimento da Vulnerabilidade aos Estresse Conclui-se que as restrições de Skinner sobre a utilização de variáveis biológicas na explicação do comportamento ocorreram possivelmente em função da precariedade de métodos e instrumentos quando da constituição dos princípios comportamentais propostos pela Análise do Comportamento Além disso, as novas descobertas da Neurociência e Epigenética não alteram os princípios comportamentais, conforme previsto por Skinner, e, possivelmente beneficiariam a intervenção psicoterapêutica e a prevenção do desenvolvimento de transtornos psiquiátricosAnálise do comportamentoNeurociênciasEpigenéticaNeurobiologia do desenvolvimentoDiferenças individuaisBehavioral analysisNeurosciencesDevelopmental neurobiologyIndividual differences - Psychological aspectsInteração comportamento e ambiente : análise do comportamento, neurociência e epigenéticaDissertação