Martins, Júlia TrevisanOkubo, Caroline Vieira Cláudio2024-08-302024-08-302021-12-06https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17358Introdução: a violência no trabalho tem crescido de forma alarmante, afetando sobretudo os profissionais da saúde. Caracteriza-se por atos agressivos ou ofensivos que podem resultar em consequências tanto para o trabalhador como para as instituições incluindo trauma psicológico, morte, absenteísmo e diminuição da qualidade do serviço prestado. Objetivo: avaliar a efetividade das intervenções na prevenção e redução da violência no trabalho sofrida por profissionais dos serviços de saúde. Métodos: uma revisão sistemática foi realizada em oito bases de dados PubMed, LILACS, Cochrane Library, Scopus, EMBASE, Web of Science, CINAHL e Livivo, além da literatura cinzenta, Google Scholar, Open Gray e ProQuest, e da busca manual, lista de referências e experts. Todas as referências foram importadas para o EndNote e Rayyan. Dois revisores independentes e mascarados, seguindo os critérios de elegibilidade, analisaram os títulos e resumos e, posteriormente os estudos na íntegra. Os dados dos estudos foram extraídos por meio de um formulário contendo características do estudo, população, resultados e principal conclusão. O risco de viés dos estudos foi realizado por meio das ferramentas da Cochrane, Revised Cochrane Risk-of-Bias Tool for Randomized Trials, for cluster-randomized trials e Risk Of Bias In Non-randomised Studies - of Interventions. A certeza da evidência foi avaliada por meio do Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation. A análise foi realizada de forma descritiva e pela metanálise. Resultados: a amostra foi composta por 11 estudos aleatorizados e quasi-aleatorizados, com predomínio da realização nos Estados Unidos da América (63.7%), em hospitais (54.5%), com a equipe de enfermagem (81.9%) e o sexo feminino (72.8%). Seis estudos (54.5%) implementaram intervenções de multiabordagem e um (9.1%) governamental (implementação de uma lei estadual). Quatro estudos (36.4%) tiveram efeito positivo e significativo na redução da violência. O risco de viés foi classificado como alto ou incerto. A metanálise foi elaborada com dois estudos que implementaram habilidades individuais (grupo intervenção: treinamento por meio de demonstrações e pelo computador sem moderadores) versus habilidades individuais (grupo controle: tempo retardado e com facilitação de pares), porém não houve evidência científica clara (IC 95%, -0.41 a 0.25, p=0.64, evidência científica muito baixa) na prevenção e redução da violência no trabalho. Conclusão: esta revisão não obteve alta evidência científica sobre a melhor intervenção para prevenção/redução da violência no trabalho. O número reduzido de ensaios aleatorizados, falta de estudos com baixo risco de viés e alta heterogeneidade podem ter sido fatores dificultadores para recomendar estratégias efetivas. Assim, sugere-se a realização de novas pesquisas, como ensaios clínicos aleatorizados, sobre a temática explanada, incluindo diferentes abordagens, como as governamentais.porRevisão sistemáticaExposição ocupacionalViolência no trabalhoPessoal de saúdePrevenção e redução da violência no trabalho sofrida por profissionais de saúde: revisão sistemática com metanálisePrevention and reduction of workplace violence suffered by health professionals: systematic review and meta-analysisTeseCiências da Saúde - EnfermagemSystematic reviewOccupational exposureWorkplace violenceHealth personnel