Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]Bernardy, Catia Campaner Ferrari2024-05-012024-05-012016.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14787Resumo: As citocinas e o estresse oxidativo são extremamente importantes no desenvolvimento das respostas inflamatórias Em resposta a um estímulo, células do sistema imune, tais como, neutrófilos e macrófagos ativados são capazes de induzir a síntese de citocinas e outros mediadores A IL-33 é o mais recente membro da família da IL-1, e atua ao interagir com seu receptor ST2 A IL-33 demonstrou ser essencial no desenvolvimento da hiperalgesia mecânica em modelos de resposta imune inata, desencadeada pela administração de carragenina, bem como no modelo de constrição crônica do nervo ciático Esta citocina é capaz de ativar o fator nuclear-?B (NF?B) e a NADPH oxidase, dessa forma, possivelmente está envolvida na hiperalgesia inflamatória e no estresse oxidativo Entretanto, esta é a primeira demonstração da participação da IL-33 em um modelo induzido pela administração de um doador de ânion superóxido Este modelo foi padronizado pelo nosso grupo e a administração de superóxido de potássio (KO2) induz hiperalgesia mecânica, térmica, edema e dor manifesta de maneira dose-dependente, e pode ser modulada por inibidores da NADPH oxidase e NF?B Este estudo engloba 3 objetivos principais: 1) demonstração da participação da IL-33 em modelo de hiperalgesia induzido por ânion superóxido; 2) avaliação da participação do ânion superóxido por meio da administração de um inibidor da NADPH-oxidase (apocinina); e 3) avaliar o efeito de um mimético da SOD (tempol) Foram utilizados camundongos Balb-c (selvagens - ST2+/+), deficientes para o receptor ST2 (ST2-/-) Os resultados obtidos demonstram que a administração de KO2 induziu a produção de IL-33 na pata (,5, 1, 3, 5, 7 e 24h) e medula (3, 5, e 7h, 24h), tendo como pico de produção a quinta e sétima hora, respectivamente Os animais ST2-/- exibiram uma redução estatisticamente significativa na hiperalgesia mecânica, térmica, edema e atividade de mieloperoxidase (MPO) desencadeada pela administração de KO2 Corroborando com os dados do MPO, os animais deficientes para o ST2 reduziram o recrutamento de leucócitos (leucócitos totais, neutrófilos e células mononucleares) A administração de KO2 induziu também o comportamento de dor manifesta (contorções abdominais, sacudidas da pata e tempo de lambida) em animais selvagens, o que foi significativamente reduzido nos animais ST2-/- A capacidade antioxidante foi avaliada pelos métodos de redução do ferro (FRAP) e teste da capacidade de eliminação de radicais livres da amostra (ABTS) e, a produção de ânion superóxido foi avaliada pelo ensaio do nitroazul de tetrazólio (NBT) sendo que os animais ST2-/- apresentaram níveis significativamente menores de depleção na pata e na medula após estímulo com KO2 Demonstrou-se também que o tratamento com apocinina e tempol foi capaz de preservar a capacidade antioxidante após o estímulo com KO2 Assim, tanto no local da administração (pata) e no segmento espinal correspondente as patas traseiras (L4-L6) houve depleção dos níveis antioxidantes em animais ST2+/+, o qual foi revertido nos animais deficientes para o receptor A produção das citocinas pró-inflamatórias TNFa e IL-1ß foram reduzidas pelo tratamento com apocinina e tempol Conclui-se que o ânion superóxido está associado à interação de IL-33/ST2 para induzir a hiperalgesia e inflamação e parece ser importante na sensibilização dos nociceptores contribuindo para o aumento na produção de espécies reativas de oxigênio Portanto, modular o metabolismo do ânion superóxido parece ser uma estratégia promissora para controlar a hiperalgesia inflamatória, a qual pode ser realizada utilizando miméticos da superóxido dismutase (tempol) e inibição da NADPH-oxidase (apocinina)InflamaçãoInterleucina-33Estresse oxidativoInflammationOxidative stressParticipação da IL-33 na inflamação e no estresse oxidativo induzidos pelo ânion superóxidoTese