Ribeiro, Renata PerfeitoQueiroz, Cinthya Kallyane Gonçalves2024-11-272024-11-272023-04-03https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18484Os trabalhadores do setor administrativo do agronegócio estão susceptíveis a riscos ocupacionais em seu processo de trabalho, como: físicos, químicos, de acidentes e ergonômicos, biológicos e psicossociais como fadiga, tensão e pressão no trabalho. Essas condições influenciam na saúde física e mental desses trabalhadores interferindo no desempenho das atividades laborais e na qualidade de vida no trabalho. Em decorrência destes fatores, nota-se a importância de encontrar meios para proporcionar uma melhor qualidade de vida e satisfação no ambiente ocupacional bem como, promover uma saúde mental entre os trabalhadores do agronegócio. Portanto, este estudo teve como objetivos avaliar os distúrbios psíquicos menores e a qualidade de vida no trabalho antes e após a participação dos trabalhadores da área administrativa do agronegócio em um programa de qualidade de vida no trabalho e relatar as estratégias organizacionais para a promoção da saúde mental no ambiente laboral para trabalhadores do agronegócio. Para alcançar os objetivos proposto para esta dissertação o estudo foi dividido em duas etapas. A primeira etapa, foi desenvolvido um estudo quase-experimento, do tipo pré e pós-intervenção, realizado com 73 trabalhadores da área administrativa do agronegócio, em uma empresa de grande porte do Norte Pioneiro do Paraná. A coleta de dados ocorreu entre o período de março a dezembro de 2022. Para a coleta utilizou os seguintes instrumentos: o de Caracterização Sociodemográfico, o Self-Reporting Questionnaire - 20 e o Total Quality of Work Life – 42. Sendo que, a aplicação dos instrumentos ocorreu antes e após a intervenção da técnica da Terapia de Aceitação e Compromisso. Foram compostos 5 grupos de rodas de conversa na modalidade on-line. Os grupos eram compostos por 73 trabalhadores e estes participaram de 6 intervenções. Os escores das referidas escalas foram tabuladas e analisadas no software Statistical Package for the Social Sciences, versão 2.0. Foi realizado teste de Wilcoxon para os distúrbios psíquicos menores e Friedman para escores da qualidade de vida no trabalho. Para as variáveis não pareadas foi utilizado o teste qui-quadrado de Person e para as variáveis pareadas realizou-se o teste de Mcnemar seguido de regressão linear com variável. Para avaliação das escalas dos Distúrbios Psíquicos Menores pré e pós intervenção, realizado teste Dunn pareado e também o teste de correlação de Spearman. Considerou-se 95% de confiabilidade, sendo considerado p<0,05 para o nível de significância. A prevalência para suspeição dos distúrbios psíquicos menores pós-intervenção foi de 6,8%, indicando uma baixa prevalência de trabalhadores com suspeição de distúrbios psíquicos menores. Na autoavaliação da qualidade de vida no trabalho, os trabalhadores indicaram estarem muito satisfeitos com a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Evidenciou-se com este estudo que a intervenção da Terapia de Aceitação e Compromisso reduz os distúrbios psíquicos menores e melhora a qualidade de vida no trabalho dos trabalhadores do agronegócio e ainda que esses trabalhadores estão muito satisfeitos com a qualidade de vida no trabalho. O segundo estudo, trata-se de uma pesquisa reflexiva de uma enfermeira do trabalho que realizou um estudo quase experimental para mensurar a diminuição dos distúrbios psíquicos menores e consequente o aumento da qualidade de vida no trabalho utilizando a intervenção da Terapia de Aceitação e Compromisso como estratégia organizacional para a promoção da saúde mental. Essa reflexão demonstra que os enfermeiros do trabalho podem utilizar a intervenção testada no estudo quase-experimental para o cuidado da saúde mental dos trabalhadores do agronegócio e para a melhoria da qualidade de vida no trabalho. Para testar a intervenção, foi implementado um programa de cuidado com a saúde emocional de trabalhadores, com atendimento on-line em duas modalidades: individual e em rodas de conversas com temas direcionados para os distúrbios psíquicos menores que os trabalhadores apresentaram. Para o enfermeiro do trabalho é muito importante que a empresa apoie essas intervenções e que reconheça o quão são importantes para a saúde dos trabalhadores, pois houve uma boa aceitação pelo trabalhador, além da busca pelos atendimentos. Para os gestores esse apoio pode evidenciar mudanças nas atitudes dos trabalhadores em relação ao trabalho e à própria empresa, levando até mesmo ao aumento da produtividade com consequente aumento do faturamento empresarial. Para o trabalhador, é evidente que melhorias acontecem na sua saúde mental e na qualidade de vida no trabalhoporSaúde do TrabalhadorRiscos OcupacionaisSaúde mentalSintomas PsíquicosQualidade de Vida no TrabalhoAgronegócioEnfermagemDissertaçãoCiências da Saúde - EnfermagemCiências da Saúde - EnfermagemOccupational HealthOccupational HazardsMental HealthPsychic SymptomsQuality of Life at WorkAgribusinessNursing