Fornazieri, Marco Aurélio [Orientador]Scussiatto, Henrique Ochoa2024-05-012024-05-012020.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9137Resumo: Introdução: Observa-se que a exposição aos poluentes atmosféricos está relacionada ao aumento na incidência e gravidade de doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas Para aferir o grau a que uma pessoa está exposta à poluição, descreveu-se o uso de dados isolados, como o da distância da residência à rua mais movimentada ou do tempo gasto no trânsito São métodos práticos, mas com baixa precisão Os procedimentos de exposição à poluição mais eficazes, são complexos, de alto custo e difícil execução Por esse motivo, criamos e validamos o questionário do nível de exposição individual à poluição aérea (QPOL), que coleta características demográficas individuais e fatores potencialmente relacionados à poluição aérea, com pontuação associada às concentrações de poluentes interpolados de estações meteorológicas Métodos: Foi elaborado um questionário contendo questões sobre fatores potencialmente relacionados à exposição individual à poluição do ar, e aplicado em 191 indivíduos na cidade de São Paulo Foi utilizado o método de Kriging, dados de estações meteorológicas próximas as suas residências, obteve-se as médias das concentrações anuais de MP2,5, MP1, PTS, fumaça e NO2, as quais estavam expostas Regressões logísticas multinominais foram utilizadas para verificar a correlação das perguntas do QPOL com as concentrações de poluentes As perguntas que tiveram correlação estatística foram incluídas na versão final do QPOL Com o objetivo de verificar a confiabilidade da pontuação final do QPOL, observou-se sua correlação com os níveis atmosféricos dos poluentes Resultados: Todas as perguntas se relacionaram com a concentração de pelo menos um poluente, exceto a pergunta sobre a frequência de veículos no local da residência, por isso foi excluída do escore final Em relação ao escore do QPOL, dos 7 poluentes analisados, 3 tiveram correlação positiva com os valores de QPOL, dentre eles: o MP2,5 [coeficiente de correlação (CC) = ,143; p = ,49), a fumaça (CC = ,177; p = ,14) e o PTS (CC = ,169; p = ,19)] Por outro lado, os níveis de ozônio tiveram uma correlação negativa com a pontuação de QPOL (CC = -,173; p = ,17) Conclusão: O QPOL mostrou-se como um melhor preditor dos níveis de alguns poluentes atmosféricos comparado à medida isolada de proximidade de avenidas mais movimentadas Esse instrumento pode ser usado em pesquisas da área da saúde que envolvem a avaliação da exposição individual à poluição aéreaDoenças respiratóriasPoluição aéreaSaúde humanaToxicologiaPoluentes atmosféricosRespiratory diseasesAir pollutantsToxicologyOtorhinolaryngologyDesenvolvimento e validação de questionário de análise da exposição individual à poluição aérea (QPOL)Dissertação