Ramos, Solange de PaulaSouza, Eberton Alves2024-10-222024-10-222023-05-13https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18203A eficácia das ações defensivas no futsal é definida como a capacidade de impedir ou dificultar ações ofensivas que possibilitem finalizações e gols da equipe adversária. O estado de bem-estar entre partidas, o estresse físico e emocional do jogador durante o jogo e variáveis contextuais e circunstanciais, podem, potencialmente, alterar seu desempenho físico e técnico-tático, reduzindo a eficácia defensiva individual e coletiva. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia das ações defensivas em atletas de futsal, em competições oficiais, sob a influência dos fatores contextuais, circunstanciais e da percepção de bem-estar. Foram avaliados 16 jogadores de futsal, profissionais e de categoria adulta, pertencentes a uma equipe profissional participante da Liga Nacional de Futsal, na temporada de 2022. Os atletas foram monitorados durante 21 jogos da primeira fase da competição. O questionário de bem-estar de McLean foi aplicado aos atletas, nos dois dias antecedentes aos jogos e no dia de jogo para avaliar a percepção média de dor muscular, fadiga, humor, qualidade de sono e estresse dos jogadores individualmente e das linhas defensivas. Os jogos foram filmados e as imagens foram utilizadas para análise de ações defensivas (desarmes, bloqueios, roubadas de bola, erros de passes dos adversários, coberturas, antecipações e interceptações) que resultaram na interrupção do ataque adversário. As situações contextuais incluíram os dias de intervalo entre os jogos, deslocamentos da viagem (km) entre jogos, local do jogo (mandatário ou visitante) e classificação do adversário no campeonato. As variáveis circunstanciais incluíram o tempo de jogo, tipo de contra-ataque, situação do início da jogada, local de início e fim da jogada, tipo ação defensiva e fim de jogada. A eficácia da jogada foi tabulada como ações que resultaram em sucesso da ação defensiva, finalizações do adversário e defesas do goleiro. Diferenças entre as variáveis foram determinadas por meio de testes t de Student e ANOVA one-way com post hoc de Bonferroni (dados paramétricos), ou teste de Kruskal-Wallis com post hoc de Dunn (dados não paramétricos). Os dados categóricos foram avaliados por meio do teste de Qui quadrado com correção de Yates e determinação de risco relativo com intervalo de confiança de 95%. A associação multifatorial do desfecho do jogo e eficácia defensiva foram determinados por análise de regressão linear multivariada ou regressão logística multivariada. Diferenças foram consideradas significantes se p<0,05. Os resultados do projeto são apresentados em dois estudos. A frequência de jogadas defensivas com sucesso foi maior nos jogos com vitória (p = 0,002) e em jogos como mandatários (p<0,05). A menor frequência de desarmes nos empates aumentou em 9% o risco relativo (RR) de derrotas (RR=1,09; IC95%=1,01 a 1,18) e reduziu em 38% o RR de vitórias (RR=0,62; IC95% = 0,42 a 0,91). A frequência de bloqueios foi 1,37 vezes maior nos jogos com vitórias em relação às derrotas (RR=1,37; IC95%=1,10 a 1,65). A marcação pressão foi maior nas jogadas de sucesso (p=0,0001). As diferentes situações de contra-ataque (p<0,0001) e goleiro linha (p<0,0001) aumentaram as falhas de defesa. As falhas de defesa apresentaram associação com o escanteio (p<0,0001) e cobranças de faltas (p<0,0001) e o sucesso com as jogadas sem contra-ataque (p<0,001) e iniciadas na quadra ofensiva (p<0,001). A efetividade de defesa do goleiro diminuiu no segundo tempo (p<0,001) e quando a finalização ocorreu na quarta linha defensiva (p<0,01). O bem-estar dos jogadores que formaram a linha defensiva não foi estatisticamente diferente entre aquelas linhas que tiveram êxito ou falharam nas jogadas defensivas. No entanto, a mediana do nível de bem-estar dos atletas que realizaram a ação defensiva foi inferior, 3,4 [3,0 a 3,9] unidades arbitrárias, em comparação com os demais jogadores da linha que não realizaram a ação defensiva (p<0,0001; 3,6 [3,4 a 3,7]). Os jogadores em linha defensiva tiveram níveis de bem-estar mais altos em jogos com derrota (p<0,05) e como mandatários (p<0,05). Os fatores associados com o nível de bem-estar foram a maior distância entre locais de jogo (p<0,0001), classificação superior do adversário (p<0,0001), e a posição de jogador (p<0,0001). As análises por posição indicaram que os jogadores de ala direita tiveram maior sucesso em ações defensivas (p<0,0001), e menor bem-estar em comparação com outras posições (p<,0001). Concluímos as jogadas de bola parada e contra-ataque, com menor número de passes e tempo de posse de bola adversária, e que se aproximam da quarta linha defensiva são de maior risco de falhas de defesa. O melhor nível bem-estar da linha defensiva não aumentou eficácia da ação defensiva, mas o jogador que apresentou nível de bem-estar inferior a mediana dos jogadores em linha realizou as ações defensivas com maior risco de sucesso.porEsportes coletivosFadigaDesempenho atléticoSonoEducação físicaFutsalFadiga muscularDesempenho físicoGoleiros de futsalEficácia das ações defensivas em atletas de uma equipe profissional de futsal : fatores contextuais, circunstanciais e influência da percepção de bem-estarEfficacy of defensive actions in athletes from a professional futsal team : contextual and circumstantial factors and influence on the perception of well-beingTeseCiências da Saúde - Educação FísicaCiências da Saúde - Educação FísicaTeam sportsFatigueAthletic performanceSleepPhysical educationFutsalMuscle fatiguePhysical performanceFutsal goalkeepers