Nunes, Sandra Odebrecht VargasFavaretto, Giovana Ribeiro de Souza2024-09-102024-09-102022-11-18https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17485INTRODUÇÃO: Adolescentes com doenças crônicas estão predispostos a maior chance de problemas biológicos, sociais e emocionais. Esse estudo objetiva avaliar o perfil de adolescentes hospitalizados com doenças crônicas, compreendendo seus sentimentos, limitações, dificuldades, comportamentos de risco à saúde e estratégias de enfrentamento, bem como analisar percepção de doença crônica, qualidade de vida e adesão ao tratamento, a fim de se buscar um cuidado singular em saúde para essa população. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado entre setembro de 2021 e março de 2022, com 61 adolescentes com doenças crônicas, entre 10 e 19 anos, de ambos os gêneros, internados no Hospital da Universidade Estadual e Londrina. Os participantes responderam um formulário eletrônico que continha um questionário clínico, socioemocional e demográfico, além das escalas: Instrumento de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde, versão breve (WHOQOL-Bref); Questionário de Percepção da Doença, versão Breve (IPQ Brief Version) e Escala de Avaliação de Adesão Terapêutica (MARS). Para análise dos dados, os adolescentes foram divididos por sexo, masculino e feminino, e em dois grupos relativos à duração da doença (Grupo 1 com até 4 anos e Grupo 2 com 5 ou mais anos de diagnóstico). RESULTADOS: Entre participantes, 49,2% eram do sexo masculino e 50,8% do sexo feminino. A média de idade entre os sexos foi semelhante. O estudo constatou que a maioria dos participantes apresenta sofrimento psíquico, faz uso de algum medicamento ou dispositivo médico, é hospitalizado com frequência, tem regimes de tratamento restritivos e sintomas dolorosos. Relataram ter várias limitações, sentimentos incapacitantes, estratégias de enfrentamento e alguns comportamentos de risco à saúde. O sexo feminino apresentou uma taxa negativa de adesão medicamentosa de 6,9% versus 25,9% encontrada no sexo masculino; apresentou menores escores de qualidade de vida em relação ao masculino no domínio saúde física, saúde psicológica e escore total no WHOQOL-BREF. A pesquisa encontrou maior pontuação no IPQ entre os participantes do sexo feminino que os do sexo masculino. Em relação à duração da doença, no WHOQOL-BREF, o grupo 2 apresentou menor qualidade de vida no domínio meio ambiente e maior pontuação total em relação ao grupo 1. Encontramos escores mais baixos no WHOQOL-BREF e escores mais altos no IPQ entre os adolescentes do grupo 1. CONCLUSÕES: Os adolescentes hospitalizados com doenças crônicas demonstram sofrimento, apresentam dificuldades e limitações, utilizam estratégias de enfrentamento adaptativas e desadaptativas e, portanto, merecem atenção e cuidados específicos. O sexo feminino tem maior adesão à medicação, menor qualidade de vida e visão mais ameaçadora da doença do que o sexo masculino. Os resultados oferecem subsídios úteis para a prática clínica, uma vez que esses achados podem alertar para a necessidade de mais conhecimento sobre a doença e a importância de incentivar formas de melhorar a qualidade de vida e os cuidados para reduzir comportamentos de riscoporAdolescênciaAdolescentes hospitalizados - Doenças crônicasAdolescentes - Assistência hospitalarQualidade de vidaAdesão ao tratamentoPercepção de doençaPerfil dos adolescentes com doenças crônicas internados no Hospital Universitário de LondrinaProfile of adolescents with chronic diseases interned at the University Hospital of LondrinaDissertaçãoCiências da Saúde - MedicinaAdolescenceAdolescentChronic illnessQuality of lifeMedication adherenceIllness perceptionTeenagers - Hospital careTeenagers - Chronic diseases