Pieri, Flávia Meneguetti [Orientador]Montanha, Rafaela Marioto2024-05-012024-05-012022.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9836Resumo: O objetivo foi investigar os óbitos associados à aids ocorridos na região Norte do estado do Paraná Foi desenvolvido dois estudos com os seguintes delineamentos: transversal, analítico e coorte retrospectivo A amostra constituiu de casos de HIV/aids notificados pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação, entre 27 a 219, da população pertencente a macro região Norte do Paraná e 17ª Regional de Saúde As variáveis que representaram o estudo foram descritas como demográficas (sexo, idade, escolaridade e raça); comportamentais (uso de drogas injetáveis e categoria de exposição sexual) e clínicas (critérios Rio de Janeiro/Caracas e Centers for Diseases Control and Prevention adaptado), bem como os dados referentes ao óbito, informados no campo evolução (vivo ou óbito por aids) Foram realizadas análise descritivas, Regressão de Poisson com variâncias robusta utilizada para calcular a razão de prevalência (RP), estimação da sobrevida, por meio da técnica Kaplan-Meier e teste de log-rank, e modelo de Cox estimado pelo Hazard Ratio (HR) Todos os testes adotaram um nível de significância de ,5 Os dados foram analisados no IBM Software Statistical Package for the Social Science O estudo I contempla a população da macro região Norte do Paraná Dos 5591 casos, 14,7% evoluíram a óbito por aids Na análise multivariada, o óbito foi associado ao sexo masculino (RP=1,38; IC95% 1,17-1,63), sem escolaridade e escolaridade até 8 anos de estudo (RP= 2,54; IC95% 1,81-3,57 e RP= 1,81; IC95% 1,51-2,16), heterossexuais (RP= 1,58; IC95% 1,28-1,94) e usuários de drogas injetáveis (RP= 1,67; IC95% 1,27-2,19) Contagem de linfócitos T CD4+ menor que 35 cél/mm³ foi o sinal clínico com maior prevalência e esteve associado ao óbito (RP=1,43; IC95% 1,23-1,66) Criptococose extrapulmonar (RP= 3,9; IC95% 3,6-4,96) foi a infecção oportunista fortemente associada ao óbito por aids O estudo II é referente a população da 17ª Regional de Saúde Foram incluídos 3264 registros, 86,9% permaneceram vivos, tendo ocorrido 13,1% de óbitos por causas relacionadas a aids, em um tempo de seguimento de 14 meses A estimativa média de sobrevida geral dos indivíduos foi de 12,6 meses (IC95%: 118,9-122,3), enquanto daqueles que morreram, 15,6 meses (IC95% 13-18,3) Estiveram relacionados ao menor tempo de sobrevida e maior risco de óbito: idade =4 anos no momento do diagnóstico (HR= 1,87; IC95% 1,51-2,33), sem escolaridade e até 8 anos de estudo (HR= 1,77; IC95% 1,4-3,5 e HR= 1,63; IC95% 1,31-2,4), contagem de linfócitos T CD4+ menor que 35 cél/mm (HR= 1,32; IC95% 1,2-1,72) e infecção oportunista no momento do diagnóstico (HR 4,47; IC95% 3,61-5,33) O estudo apontou relevantes fatores associados ao óbito por aids em diferentes tipos de análises: homens, idade acima de 4 anos, menor ou nenhuma escolaridade, além de apresentação de sinais clínicos e infecções oportunistas foram descritos em ambos os estudos Diagnóstico e tratamento oportuno e rastreio de infecções oportunistas devem ser priorizados, a fim de reduzir a mortalidade dessa populaçãoAIDS (Doença)HIV (Vírus)MortalidadeVigilância sanitáriaEpidemiologiaAIDS (Disease)HIV (Viruses)MortalityPublic health surveillanceEpidemiologyInvestigação de óbitos associados à aids em uma região no estado do Paraná no período de 2007 a 2019Dissertação