Lopes, Gilselena Kerbauy [Orientador]Sakai, Andressa Midori2024-05-012024-05-012018.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16677Resumo: A resistência aos antimicrobianos é um desafio para os profissionais de saúde em consequência da limitação na eficácia da terapia antimicrobiana A colonização por microrganismos multirresistentes é considerada um fator de risco para infecção neonatal O objetivo do estudo foi explorar o processo de colonização por microrganismos multirresistentes de bebês hospitalizados com suas mães, e determinar o período para descolonização espontânea por estes microrganismos após a alta Trata-se de estudo exploratório, prospectivo, realizado com bebês colonizados por microrganismos multirresistentes e suas respectivas mães durante hospitalização em Unidade Neonatal de um hospital universitário, e acompanhados após a alta no contexto extra-hospitalar até a descolonização, no período de janeiro de 214 a setembro de 218 Os resultados foram apresentados em dois artigos, sendo a amostra do artigo 1 composta por 433 binômios elegíveis para a pesquisa que se propôs a explorar o processo de colonização de bebês e suas mães No segundo artigo, a coorte foi composta por 52 bebês seguidos prospectivamente até a descolonização Os resultados mostraram que, quanto ao processo de colonização do bebê e suas mães, a incidência de colonização foi de 28,4% e 15,5%, respectivamente Entre os binômios estudados, 3 (6,9%) estavam ambos colonizados por microrganismos multirresistentes Mães de bebês colonizados (24,4%) apresentaram maior chance para colonização quando comparadas às mães de bebês não colonizados (11,9%) (OR=2,38 / IC=1,39 – 4,7 / p=,2) As variáveis perinatais relacionadas a colonização bebê e do binômio foram: prematuridade, extremo baixo peso ao nascer e aleitamento materno não exclusivo (p<,5) O uso de 3 ou mais classes de antimicrobiano foi a única variável que se relacionou com a colonização tanto do bebê como de sua mãe e do binômio Os microrganismos Gram-negativos produtores de ß-Lactamase de espectro estendido (ESBL) foram mais frequentes nas culturas de alta do binômio, sendo que 35,9% dos bebês foram colonizados com Klebsiella spp ESBL e 42,% das mães com Escherichia coli ESBL, ainda 5,% do binômio foi colonizado com E coli ESBL Quanto ao estudo do período de descolonização, os bebês seguidos no contexto extra-hospitalar eram a maioria prematuros (84,6%) e com baixo peso ao nascer (76,9%), permaneceram internados por mediana de 27 dias (8±124) As variáveis perinatais e clínicas dos bebês não estiveram relacionados ao período de descolonização maior ou menor que 3 meses O período médio de descolonização foi de 3,4 meses, variando de 1 a 9 meses E coli ESBL foi o microrganismo que apresentou a maior média no intervalo de tempo para descolonização (5,2 meses), seguido por Serratia marcescens ESBL (4 meses) e Klebsiella spp ESBL (3 meses) Os dados desta pesquisa evidenciaram que as mães de bebês colonizados apresentam maior chance para colonização por microrganismos multirresistentes e que as variáveis perinatais e clínicas do bebê estão relacionados com a colonização por microrganismos multirresistentes Quanto ao período de descolonização dos bebês no ambiente extra-hospitalar variou conforme a espécie do microrganismo multirresistentes, com média de 3,4 mesesProdutos de ação antimicrobianaInfecções neonataisRecém-nascidosDoençasTratamento intensivo neonatalProducts with antimicrobial actionNeonatal infectionsDiseasesNeonatal intensive careInfants (Newborn)Colonização hospitalar por microrganismos multirresistentes e descolonização após a alta de bebês e suas mãesDissertação