Martins, Júlia Trevisan [Orientador]Oliveira, Camila de Souza2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10603Resumo: Compreender a percepção de enfermeiros de unidades de pronto atendimento sobre a violência no ambiente de trabalho e conhecer os motivos, a influência desse fenômeno no processo de trabalho, os sentimentos e as estratégias de defesa de enfermeiros expostos à violência laboral constituíram-se nos objetivos desse estudo, que se concretizaram em dois artigos Trata-se de dois estudos qualitativos, exploratórios e descritivos, realizados em uma cidade do norte do Paraná, cujos participantes foram 21 enfermeiros selecionados por intencionalidade, de duas unidades de pronto atendimento, que atendem cerca de 4 pacientes por dia e funcionam por 24 horas, durante toda a semana Os dados foram coletados por meio de entrevistas que foram audiogravadas e apoiadas em um questionário semiestruturado e conduzidas a partir das seguintes questões norteadoras: como você percebe a violência laboral em seu local de trabalho? Que sentimentos você vivencia frente à violência laboral? Quais estratégias você utiliza quando exposto à violência laboral? A coleta de dados ocorreu entre novembro e dezembro de 218 e as entrevistas foram transcritas na íntegra Para a análise dos dados utilizou-se a Técnica de Analise de Conteúdo e como Referencial Teórico o Interacionismo Simbólico O estudo foi norteado pelos princípios da Resolução do Conselho Nacional de Saúde 51/16, que regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos, tendo sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina, parecer nº 2732477 Os enfermeiros perceberam que vivenciam a violência psicológica, que abrange a violência moral e verbal, e a física, que foram praticadas por pacientes, acompanhantes ou, até mesmo, membros da equipe Como motivos, foram identificados o tempo de espera no atendimento, o fato de trabalhar em um serviço público, a falta de conhecimento da classificação de risco, a falta de segurança na unidade e o fato de ser mulher A violência influenciou no processo laboral, sendo desvelado o afastamento e adoecimento de membros da equipe e realocação de funcionários Os sentimentos referidos foram medo, insegurança e indiferença Utilizaram como estratégias de enfrentamento comunicar o ocorrido aos gestores, ouvir as queixas dos usuários, contactar autoridades locais como polícia militar e guarda municipal e orar Concluiu-se que enfermeiros vivenciam violência psicológica e física em seu local de trabalho de natureza externa, que foram impetradas por pacientes, familiares/acompanhantes, bem como psicológica de natureza interna, imputadas pelos membros da equipe de enfermagem Os motivos para a ocorrência da violência estiveram relacionados com a demora no atendimento, ser mulher e trabalhar em serviço público O processo de trabalho ficou prejudicado devido aos afastamentos de funcionários Pode-se inferir que os sentimentos de medo e insegurança interferem na assistência ao paciente e na saúde dos trabalhadores Houve ainda indiferença, o que não é salutar, pois os atos de violência não podem ser banalizados e/ou cristalizados nos ambientes laborais Já as estratégias de defesa utilizadas foram individuais; entretanto, para serem efetivas, precisam ser institucionalizadasViolência no local de trabalhoSegurança do trabalhoEnfermagemNursingViolence in the workplaceIndustrial safetyViolência laboral : percepções de enfermeiros de unidades de pronto atendimentoDissertação