Aguilera, Vanderci de AndradeMartins, Mariana Spagnolo2024-09-092024-09-092023-04-27https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17460O interesse em conhecer as variedades linguísticas do português brasileiro sempre esteve no imaginário de seus usuários, estudiosos da linguagem ou não, e podemos observar isso no dia a dia, por meio de séries, de livros literários e de conversas esporádicas, em que o “falar diferente” chama a atenção em práticas simples de oralidade. Artisticamente, essas diferenças de falares podem ser representadas em variadas situações, com destaque às distinções culturais e regionais de seus personagens. No meio acadêmico, as variedades linguísticas podem ser exploradas sob as perspectivas dialetológica e geolinguística, visando compreender como a diversidade linguística acontece em contextos reais de fala, considerando a localização geográfica do falante ou da comunidade linguística. Ao tratar de língua falada e de espaço geográfico, Antenor Nascentes, dialetólogo brasileiro, define uma proposta de divisão dialetal (1922-1953), que representa o grande divisor de águas entre a especulação e o empirismo, pois, baseado na prosódia e em fatos fonéticos, o pesquisador divide os falares brasileiros em dois grandes grupos: o do Norte e o do Sul, e subdivide o primeiro em subfalares amazônico e nordestino, e, o segundo, em subfalares baiano, fluminense, mineiro e sulista. Com a consolidação dos estudos dialetológicos e geolinguísticos, a partir da década de 1950, outros trabalhos foram buscando ratificar ou retificar aquela proposta, seja no âmbito fonético, seja no âmbito léxico-semântico. Nesse espaço, situa-se a presente tese, com o objetivo de demonstrar a distribuição lexical referente a dois itens do campo da vida urbana (Questões 195. Lombada/Quebra-molas e 198. Rótula/Rotatória), fundamentada nos princípios teórico-metodológicos da Dialetologia Pluridimensional (THUN, 1998) e comparando-a à proposta de Nascentes (1953) e às redefinições de Ribeiro (2012), de Marins (2012), de Portilho (2013), de Romano (2015), de Santos (2016), de D’Anunciação (2016), de Santos (2018) e de Yida (2019). O corpus consiste nas respostas dadas às questões 195 e 198 do Questionário Semântico-Lexical do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (COMITÊ..., 2001), relativas aos 900 inquéritos que compõem a rede de pontos interioranos do Projeto. A partir da observação do comportamento diatópico das variantes documentadas para as duas questões, buscamos: i) apresentar, por meio de cartas linguísticas, a distribuição das variantes de quebra-molas e de rotatória e ii) refletir sobre o processo histórico e geográfico das relações sociais dos falantes e dos contextos regionais em que estão inseridos. Os resultados indicaram um cenário de coocorrência entre as variantes (rotatória e retorno/quebra-molas e lombada) para as duas questões, tanto nas capitais (MARTINS, 2019) quanto no interior do país, além de uma gama de variedades lexicais, que demonstram a criatividade dos falantes para nomear o espaço de organização do tráfego nas vias urbanas.porDialetologiaProjeto ALiBVida UrbanaVariação LexicalRotatória/QuebramolasVariação lexical em itens da vida urbana nos dados do Projeto do Atlas Linguístico do BrasilLexical variation in urban life items from the Projeto Atlas Linguístico do Brasil dataTeseLingüística, Letras e Artes - LingüísticaDialectologyALiB ProjectUrban LifeLexical VariationRoundabout/Speed Bump