Reis, Nelio Roberto dos [Orientador]Oliveira, Gabriela Regina de2024-05-012024-05-012015.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15499Resumo: Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) e Sturnira lilium (É Geoffroy, 181) são filostomídeos frugívoros de médio porte e simpátricos, semelhanças que podem resultar na sobreposição de algumas dimensões do nicho Com o objetivo de coletar dados acerca de suas características ecológicas básicas (dieta, uso do espaço e horário de atividade), essas espécies foram estudadas no Parque Estadual Mata dos Godoy, remanescente de Mata Atlântica de 69 ha, localizado no município de Londrina, norte do estado do Paraná Realizaram-se quatro coletas mensais de abril de 213 a março de 214, iniciadas ao anoitecer e com término ao amanhecer Em cada noite eram instaladas quatro redes, vistoriadas a cada 15 minutos Os indivíduos capturados foram identificados, alocados em sacos de algodão para a coleta de fezes e então soltos no ambiente de captura As sementes das fezes foram identificadas utilizando-se um microscópio estereoscópico, através da comparação com uma coleção de referência A partir das espécies vegetais utilizadas, foi possível definir os estratos florestais ocupados por cada espécie Os horários de captura foram agrupados por hora de amostragem Calculou-se a frequência de ocorrência das espécies vegetais, a diversidade da dieta de cada espécie, através do índice de diversidade de Shannon, comparadas posteriormente com teste t (p<,5), e também a sobreposição de nicho entre as espécies, através do índice de Pianka Registrou-se 256 indivíduos, sendo 75,4% de C perspicillata e 24,6% de S lilium, dos quais se obtiveram 73 e 23 amostras fecais, respectivamente Além de uma espécie não identificada consumida por ambas as espécies, C perspicillata consumiu oito espécies de plantas, pertencentes aos gêneros Piper (86% das ocorrências) e Solanum (13%); S lilium consumiu oito espécies dos gêneros Solanum (43%), Piper (39%), Ficus (7%) e Cecropia (3%) A diversidade da dieta de C perspicillata (H’=15228) foi menor que S lilium (H’=19216) (p=3197) e o valor calculado de sobreposição trófica entre as espécies foi de ,5695 Piperáceas e solanáceas, que representaram quase a totalidade das dietas (94%), são encontradas no estrato arbustivo do sub-bosque Em relação ao padrão horário de captura, observou-se um pico de atividade de S lilium na 2ª hora da noite, enquanto C perspicillata atingiu um máximo de atividade durante a 3ª e 4ª hora Conclui-se que, apesar da atividade de forrageio de ambas as espécies concentrar-se no mesmo estrato florestal, há uma tendência à partição do tempo e da dieta A seletividade no regime alimentar e a divisão do tempo são, ao menos em parte, os fatores que permitem a coexistência destas duas espécies simpátricas na área de estudoMorcegoMata Atlântica (PR)MorcegoComportamentoAnimais frugívorosAnimal ecologyBatsMata Atlântica (Brazil)BatsBehaviorDissertação