Cordeiro, Sílvia Nogueira [Orientador]Campos, Karina Stagliano de2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9521Resumo: Essa Dissertação é um trabalho produzido na Linha 1- Avaliação Psicológica e Processos Clínicos do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Londrina Em razão do alto índice de nascimentos prematuros no Brasil, a prematuridade é um evento bastante preocupante Somam-se a isso as especificidades orgânicas e psíquicas que fazem parte dos bebês que nascem muito prematuros e/ou prematuros extremos, visto que são bebês extremamente frágeis que necessitam de longas e significativas intervenções médicas O nascimento desse bebê prematuro, devido ao momento gestacional em que ocorre, promove uma mudança das transformações no psiquismo materno, as quais são responsáveis, não somente pela organização psíquica da maternidade, como também para a articulação do “berço psíquico” no qual se acomodará o bebê Irrompe-se, diante desse quadro, uma mãe cujo lugar materno, em construção, foi antecipado em virtude de um corte Dessa maneira, a partir da experiência psicanalítica da clínica com bebês em Estimulação Precoce, surgiu o questionamento a respeito dos sentimentos das mulheres cujos filhos nasceram bastante prematuros Isto posto, o objetivo deste estudo foi investigar os sentimentos e as vivências das mães de bebês muito prematuros e/ou prematuros extremos ainda hospitalizados Ocorreu por meio de pesquisa clínico-qualitativa cujos participantes foram mães de bebês, muito prematuros e/ou prematuros extremos, internados sob os cuidados das respectivas unidades de terapia neonatal A técnica para coleta dos dados foi a amostragem intencional com fechamento da amostra por saturação teórica, cujo instrumento foi a entrevista semidirigida A técnica utilizada para a lapidação dos achados foi a análise temática de conteúdo, com a estipulação de cinco categorias a posteriori, analisadas segundo o referencial teórico da psicanálise: “Eu entrei em choque, falei ‘e agora como vai ser’?”: O encontro com o Real e a vivência traumática; Encontro com o bebê: o bebê sonhado e o bebê real; A vivência do luto da gestação idealizada e seus desdobramentos; Ser mãe de um bebê muito prematuro e suas vicissitudes e Considerações sobre a relação entre as mães e a equipe hospitalar Constatou-se que as mães desses bebês passam por uma vivência traumática com a antecipação do parto Somam-se a isso, o difícil encontro com o bebê que se mostra na realidade, o processo de enlutamento da gestação idealizada, o medo da morte iminente do bebê e o difícil exercício da função materna, a qual se mostra limitada nessa fase de internamento Por fim, destacou-se a importância do acompanhamento psicológico materno, com o objetivo da ressignificação dos acontecimentos relacionados a essa problemática, de forma a melhor elaborar o encontro com o bebê real e o exercício da função materna, além de destacar a relevância do trabalho com a equipe de saúde e do acolhimento psicológico também desses profissionaisPsicanálisePrematurosMaternidadePsychoanalysisPremature infantsMotherhoodA mãe do bebê prematuro : um olhar psicanalíticoDissertação