Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]Fernandes, Rodrigo dos Reis2024-05-012024-05-012017.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16027Resumo: Introdução: O envelhecimento é caraterizado por um conjunto de modificações que afetam o apetite e a ingestão de proteínas, comprometendo a estrutura morfofuncional e diversos parâmetros relacionados à saúde Por outro lado, o treinamento resistido (TR) tem sido adotado como uma estratégia não-farmacológica para a melhoria do comportamento de biomarcadores sanguíneos, aumento da força muscular e da massa muscular em idosos Portanto, a associação entre o aumento da ingestão proteica e o TR pode resultar em importantes benefícios, em particular, para esta população Objetivo: Analisar os efeitos de uma ingestão hiperproteica combinada ao treinamento resistido sobre a composição corporal e fatores de risco cardiometábólicos em mulheres idosas treinadas Métodos: Ensaio clínico aleatorizado, duplo cego, com duração de 12 semanas Quarenta e seis mulheres idosas foram separadas aleatoriamente em dois grupos: grupo baixa proteína (BP: n = 23; idade = 67,8 ± 4,1 anos) e grupo alta proteína (AP: n = 23; idade = 67,3 ± 4,1 anos) Para o grupo BP foi ofertado carboidrato antes e após, enquanto para o grupo AP foi ofertado carboidrato antes e whey protein após as sessões de treinamento, em doses isocalóricas O programa de treinamento resistido foi executado em uma frequência de três sessões semanais, em dias alternados, com três séries de 8-12 repetições máximas (RM), nos seguintes exercícios: supino vertical, leg press horizontal, remada baixa, cadeira extensora, rosca scott, mesa flexora, tríceps no pulley e panturrilha sentada Testes de uma repetição máxima (1-RM) foram aplicados nos exercícios supino vertical, cadeira extensora e rosca scott O volume total de carga de treino foi utilizado como indicador de sobrecarga progressiva A composição corporal foi estimada a partir absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) Glicose em jejum, triglicerídeos, colesterol total e suas frações, e proteína C-reativa foram determinadas no sangue Resultados: Interação significante grupo vs tempo (P < ,1) revelou maior evolução volume total das cargas de treinamento (BP = 2259 ± 2885 kg vs 27443 ± 3841 kg, Tamanho do efeito [TE] = +2,11; AP = 2363 ± 2565 kg vs 2961 ± 4467 kg, TE = +2,54) e para massa isenta de gordura e osso (MIGO) (P < ,5), com maiores ganhos para o grupo AP (BP = +2,% vs AP = +3,8%; P < ,5) Um efeito principal do tempo (P < ,5) revelou redução nas concentrações de glicose (BP = 116 ± 26 mg/dL vs 111 ± 23 mg/dL, TE = -,2; AP = 11 ± 18 mg/dL vs 16 ± 2 mg/dL, TE = -,21), proteína C-reativa (PCR) (P > ,5), (BP = 2,7 ± 2,1 mg/dL vs 2,3 ± 1,8 mg/dL, TE = -,2; AP = 3,1 ± 2,2 mg/dL vs 2,9 ± 2, mg/dL, TE = -,1), HDL-C(P > ,1)(BP = 6,% vs AP = 7,7%), (P > ,5) bem como redução nos escores dos índices de Castelli I (BP = 4,2 ± 1,1 vs 4, ± ,9, TE = -,2; AP = 4,2 ± 1,2 vs 3,8 ± 1,3, TE = -,32) e II (BP = 2,7 ± ,9 vs 2,5 ± ,9, TE = -,22; AP = 2,7 ± 1, vs 2,4 ± 1,2, TE = -,27) (P < ,1) Nenhuma alteração significante (P > ,5) foi identificada nas variáveis colesterol total, LDL-C e triglicerídeos, após o período de intervenção, em ambos os grupos Adicionalmente, um efeito principal do tempo, sem diferença entre os grupos (P > ,5) Conclusão: Os resultados sugerem que a ingestão elevada de proteínas combinada ao TR pode ser benéfica para o aumento da MIGO e melhoria da aptidão neuromuscular em mulheres idosas treinadas, sem efeitos adicionais ao treinamento isolado nas variáveis metabólicas analisadasEnvelhecimentoTreinamento com peso para idososProteínasExercícios físicosMulheres idosasWeight training for elderlyProteinsAgingEfeito da ingestão proteica combinada com treinamento resistido sobre a composição corporal e fatores de risco cardiometabólicos em mulheres idosas treinadasDissertação