Rossetto, Edilaine Giovanini [Orientador]Castilho, Marcela2024-05-012024-05-012022.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9572Resumo: O Estado do Paraná sancionou, em 22, a Lei N° 2127 que confere à mulher o direito de optar pela realização de cesariana eletiva, afim de fortalecer as ações de proteção à saúde da mulher e prevenção de violência obstétrica Entretanto, no Brasil, as operações cesarianas tornaram-se o modo de nascimento mais comum, com taxas de 57,1% que se encontram muito distantes dos 1% a 15% recomendados pela Organização Mundial de Saúde Diante desta realidade e suas possíveis complicações e riscos torna-se justificável: 1) explorar a preferência das mulheres sobre a via de parto; 2) em que proporção essas mulheres são respeitadas em sua preferência; 3) fatores associados a esse evento no sistema público de saúde O objetivo foi analisar em que proporção as mulheres foram respeitadas quanto à preferência pela via de parto e os fatores associados ao respeito à preferência da mulher Trata-se de um estudo do tipo caso-controle, em que os casos foram representados pela variável desrespeito sobre a via de parto preferida pela mulher e os controles pela preferência respeitada Os dados foram coletados no período de junho a setembro de 221 no Hospital Referência da 19ª Regional de Saúde Paraná A amostra foi composta por 26 puérperas hospitalizadas por ocasião do parto Os dados foram obtidos por meio de entrevista e analisados em programa estatístico (SPSS) Os resultados mostraram que o perfil da população estudada foi majoritariamente composto por mulheres jovens, multíparas, com mais de 9 anos de estudos, com companheiro e gestação não planejada Referente as características obstétricas, 75,2% das mulheres tiveram seus filhos de parto vaginal, 24,8% de cesariana, a maioria eram multíparas e com história de parto vaginal Os resultados mostraram que 84,1% tiveram a preferência respeitada na opção pelo parto vaginal e 15,9%, foram respeitadas na sua preferência pela cesariana A análise estatística demonstrou que ter tido parto vaginal protegeu a mulher de ser desrespeitada em sua preferência em 49% e não ter tido parto vaginal anterior aumentou em 37% as chances da mulher ser desrespeitada em sua preferência Dentre os fatores com maior força de associação entre as variáveis estudadas e o respeito a preferência das mulheres pela via de parto, o tipo de parto ocorrido, a experiência anterior com parto vaginal, influência do parto anterior e preferência pelo parto no final da gestação apresentaram associação A Lei 2127/22 não foi um fator que impactou na preferência das mulheres pela via de parto O estudo nos permitiu concluir que: 1) as mulheres demonstraram maior preferência pelo parto vaginal; 2) o respeito à sua preferência está associado à via de parto escolhida, demonstrando que as mulheres foram proporcionalmente mais desrespeitadas quando sua preferência pela cesariana; 3) Quanto aos demais fatores associados ao respeito pela via de parto os resultados confirmam a importância da experiência prévia das mulheres com parto vaginalParto vaginalCesarianaPuérperasObstetríciaPartoVaginal deliveryCesareanPuerperal womenObstetricsChildbirth - Preference respectedRespeito à preferência das mulheres pela via de parto : estudo de caso-controleDissertação