Fernandes, Frederico Augusto Garcia [Orientador]Pacheco, Mara Regina2024-05-012024-05-012016.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14714Resumo: A pesquisa tem como objetivo mapear os rastros de oralidade pertencentes a uma “comarca oral” nas narrativas de Visconde de Taunay (1843-1899) e Hélio Serejo (1912-27) A comarca oral é pautada nos estudos de Carlos Pacheco (1992), no qual se constatam marcas de uma cultura oral na ficção latino-americana A ideia pachequeana é de que a ficção produzida na América Latina é firmada na oralidade e justificada historicamente pela cultura oral que a constitui A comarca oral se constitui pelas etiquetas, normas e condutas sociais transmitidas oralmente, definindo o papel do indivíduo em relação ao grupo social a que pertence O modo de contar dos narradores em Taunay e Serejo apontam os contextos do lugar de fala de cada um, bem como a ficcionalização da oralidade de um lócus específico: a região de fronteira do Brasil com o Paraguai Com o narrador taunayniano verificou-se uma profusão de discursos que apontam a movência do autor em trânsito, ora dentro, ora fora da comarca, fazendo alternância de pronomes, num jogo de alteridade que faz sobressair o olhar pelo diferente, pelo novo, via estranhamento Já no caso do narrador serejiano, há um diferencial: certo peso de carga afetiva devido ao forte traço da memória de pertencimento, já que o narrador extrai da sua vivência as vozes outrora auscultadas, conduzindo o registro escrito (ZUMTHOR, 1993)Literatura brasileiraHistória e críticaTradição oralBrazilian literatureHistory and criticismRastros de oralidade em Taunay e SerejoTese