Araújo, Eduardo José de Almeida [Orientador]Fernandes, Renata Streck2024-05-012024-05-012017.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8938Resumo: A colite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC) compreendem um grupo de doenças inflamatórias intestinais (DII) crônicas com etiologia multifatorial Atualmente, as DII são consideradas um problema de saúde pública devido a incidência crescente em ambos os sexos e em todas as faixas etárias, principalmente em idade produtiva (2-4 anos) Apesar do mecanismo multifatorial descrito, a plasticidade neuronal também parece estar implicada na patogênese das DII, ocasionando disfunções na motilidade e implicações imunológicas As terapias utilizadas atualmente visam o controle da inflamação a fim de prevenir o comprometimento intestinal e reduzir os sintomas debilitantes das DII Entretanto, não são capazes de reverter os danos resultantes da cronicidade da doença, além de apresentarem diversos efeitos colaterais a longo prazo Nesse cenário, as DII representam uma área de grande interesse para a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos Diante do quadro inflamatório observado em modelos experimentais de colite, a supressão das células do sistema imunológico e dos mediadores pró-inflamatórios parece desempenhar um papel chave no tratamento da doença Nesse contexto, a vimpocetina torna-se um alvo promissor A vimpocetina é um fármaco nootrópico que, recentemente, foi demonstrado como um potente anti-inflamatório devido ao seu mecanismo bloqueador da via do fator de transcrição NFkB Diante do exposto, objetivou-se avaliar se a administração de vimpocetina (3 mg/kg, via oral) é capaz de exercer efeitos protetores sobre a estrutura do plexo mioentérico do cólon de camundongos com colite induzida por ácido acético Para tal, camundongos Swiss receberam, via intrarretal, 2 µL de ácido acético 7,5% (pH 2,5) Os camundongos foram tratados, via oral, com vimpocetina (3 mg/kg, 15 µL) ou veículo (8% salina + 2% tween 2) 2 horas antes e 4, 1 e 16 horas depois da indução da colite Todos os camundongos foram submetidos à eutanásia 18 horas após a indução da colite por ácido acético, realizada a laparotomia e coleta do cólon distal As amostras foram processadas para coloração histológica com hematoxilina e eosina e para as técnicas de imunofluorescência em cortes congelados e preparados totais contendo o plexo mioentérico A população geral de neurônios entéricos foi evidenciada através da marcação da enzima ubiquitina-hidrolase, presente no citoplasma dos neurônios, com anti-PGP95 Para marcação das subpopulações foram utilizados anticorpos contra as enzimas óxido nítrico sintase (nNOS), acetil colinatransferase (ChAT) e anti peptídeo intestinal vasoativo (VIP) e substância P (SP) Dados histológicos demonstraram a indução da colite através dos danos a integridade da mucosa, inchaço da submucosa e infiltração de células imunológicas na parede do cólon Os resultados de imunofluorescência mostraram a integridade do plexo mioentérico no cólon inflamado, com hipertrofia do corpo celular da população total de neurônios e atrofia da subpopulção nitrérgica (nNOS+), além do aumento das fiibras VIP+ e SP+, principalmente na camada muscular O tratamento com a vimpocetina exerceu efeito protetor parcial em relação às alterações histopatológicas e morfométricas, mas não foi capaz de controlar as alterações quanto ao aumento de fibras SP+ e VIP+ nos camundongos com colite Conclui-se que a dose de 3 mg/kg de vimpocetina desempenha baixo efeito protetor no sistema nervoso entérico de camundongos com colite experimental induzida por ácido acéticoPatologia experimentalColiteVimpocetinaSistema nervoso entéricoExperimental pathologyColitisVinpocetineEnteric nervous systemEfeitos da vimpocetina sobre o sistema nervoso entérico de camundongos com colite induzida por ácido acéticoDissertação