Antonello, Ideni TerezinhaBessa, Raíssa Galvão2024-08-062024-08-062023-03-01https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17142Toda edificação traz consigo uma história. Muitas vezes são destacados os traços arquitetônicos que revelam uma estética e/ou época, mas há mais para além disso: os espaços são memórias de pessoas, famílias, comércio local, comunidades e até mesmo representam políticas públicas, seja da esfera municipal, estadual ou federal. Os espaços abandonados foram cemitérios vivos da história por anos, frequentemente indo ao chão para o moderno acontecer. Diante dessa realidade é que se propõe a presente pesquisa. Ver a cidade e seus espaços abandonados a fim de compreendê-los tendo como objetivo valorizar a memória e a história local. Utilizou-se o método regressivo-progressivo de Henri Lefebvre, no qual foi realizada a coleta dos documentos locais partindo do presente para perceber o passado e assim permitir olhar o futuro numa visão descolonizadora do município. Culminando no método Brecht de Fredric Jameson, que visa entrelaçar a arte e a ciência de forma crítica, política e de pesquisa-ação. Além dos métodos citados, usou-se o referencial teórico de autores como: Jan Gehl e Jane Jacobs que defendem um urbano humanista, François Ascher e Henri Lefebvre que abordam o espaço como produção de uma cidade capitalista, e outros que dialogam com o espaço urbano, sua memória e história. Assim adentrou-se em um universo para além da academia, escrevendo um projeto na lei de cultura municipal, aprovando-o, resultando em um curta-metragem, URBEX espaços abandonados Londrina, que foi exibido durante três dias de forma online, alcançando mais de 1.200 visualizações e posteriormente exibido no 24º Festival Kinoarte de Cinema, de modo presencial. Foram realizadas treze entrevistas, sendo três diálogos abertos com pessoas que se destacaram nas temáticas: sonora, cultural e de transformação de um espaço abandonado local; e dez organizadas em dois grupos focais de indivíduos: os que viram ao curta-metragem e os do entorno dos espaços abandonados. Verificou-se que as pessoas que assistiram ao material em audiovisual possuíam uma análise prévia, uma visão crítica e sensível ao assunto, relacionando memórias pessoais com os espaços da cidade; já as do entorno tinham uma abordagem prática e capitalista sobre o abandono urbano. Percebeu-se que o objetivo foi alcançado quando houve um trabalho de sensibilização por meio da arte. Uma das formas dos espaços abandonados significarem para história local é existir pesquisa-ação gerando consciência e possibilitando um movimento popular de resistência da memória coletiva.porGeografia urbanaCidades e vilasComunicação visualPlanejamento urbanoEspaço públicoUrbanismoEspaços abandonados - LondrinaAbandoned spaces – LondrinaTeseCiências Humanas - GeografiaUrban geographyCities and townsVisual communicationCity planningPublic spacesUrbanism