Alfieri, Amauri Alcindo [Orientador]Lunardi, Michele2024-05-012024-05-012008.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11821Resumo: O papilomavírus (PV) constitui um grupo diverso de pequenos oncovírus não-envelopados e com genoma DNA fita dupla circular, classificados na família Papillomaviridae Em bovinos são descritos 1 tipos de papilomavírus bovino (BPV) que, com base na identidade de nucleotídeos da proteína estrutural L1, estão distribuídos nos gêneros Deltapapillomavirus (BPV-1 e -2), Epsilonpapillomavirus (BPV-5 e -8), Xipapillomavirus (BPV-3, -4, -6, -9 e -1) e em um gênero ainda não definido (BPV-7) A infecção por diversos tipos de BPV tem sido relacionada a diferentes quadros clínicos em bovinos, destacando-se a papilomatose cutânea A identificação dos tipos virais que determinam sinais clínicos e daqueles que resultam em infecções subclínicas tem sido realizada por meio da técnica da PCR, tanto em bovinos quanto em seres humanos Como a L1 é a proteína mais conservada entre os PVs, foram desenvolvidos oligonucleotídeos iniciadores (primers) consensuais e genéricos, que apresentam alta identidade de nucleotídeos com seqüências conservadas da ORF L1 Esses sistemas de PCR têm sido utilizados para detectar uma grande variedade de tipos virais em amostras clínicas O objetivo deste trabalho foi estabelecer o posicionamento filogenético de um provável novo tipo de BPV (BPV/BR-UEL2), identificado no Brasil, por meio da caracterização molecular de seu gene L1 O DNA do BPV/BR-UEL2 foi isolado a partir de um papiloma cutâneo, localizado na região axilar de uma vaca leiteira do Estado do Paraná Como a análise anterior, envolvendo a seqüência de 475 pb obtida pela PCR utilizando os primers FAP59/FAP64, havia indicado que o BPV/BR-UEL2 era mais relacionado ao BPV tipo 4, os alinhamentos das regiões genômicas L2, L1 e LCR de alguns representantes do gênero Xipapillomavirus (BPV-3, -4 e -6) foram utilizados na elaboração de primers genéricos Adicionalmente, o par de primers FAP também foi empregado, tanto na sua forma original quanto em combinações com os primers desenhados para este estudo O primeiro segmento do gene L1 pôde ser obtido por meio de um sistema semi-nested (SN-PCR) empregando na primeira etapa de amplificação os primers L2Bf/FAP64, e o par de primers L2Bf/L1Br na segunda etapa de amplificação, resultando em um produto de PCR de 435 pb A amplificação das regiões remanescentes do mesmo gene foi obtida a partir dos primers FAP59/FAP64 (475 pb) e L1Bf/LCRBr (1128 pb) Os referidos produtos de PCR foram posteriormente submetidos à clonagem e seqüenciamento A análise filogenética envolvendo seqüências completas da ORF L1 revelou que a amostra BPV/BR-UEL2 estava relacionada aos tipos de BPV agrupados no gênero Xipapillomavirus O provável novo tipo de BPV analisado neste estudo apresentou maior similaridade (78%) com a seqüência de nucleotídeos do gene L1 do BPV tipo 4, o que sugere a sua classificação no gênero Xipapillomavirus No Brasil, apesar do caráter endêmico das infecções pelo BPV, a identificação dos tipos de BPV em rebanhos bovinos ainda é esporádica Recentemente, a utilização do par de primers FAP59/FAP64 permitiu a identificação de quatro prováveis novos tipos virais, ainda não descritos no mundo, e provenientes de bovinos do estado do Paraná No presente estudo, o posicionamento filogenético de um destes tipos virais, detectado a partir de uma lesão cutânea de uma vaca leiteira, foi determinado A realização de estudos complementares envolvendo a epidemiologia molecular das infecções pelo BPV, tanto em rebanhos bovinos brasileiros quanto de diversas regiões geográficas ao redor do mundo, poderiam indicar a prevalência e checar a associação deste isolado com lesões cutâneasBovinoDoençasDoenças do vírus do papilomaCattle - DiseasesPapillomavirus diseasesCaracterização molecular do gene L1 de um provável novo tipo de papilomavírus bovino identificado no BrasilDissertação