Oliveira, Francismara Neves de [Orientador]Bruniera, David Salvador2024-05-012024-05-012016.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15592Resumo: Ancorado no aporte teórico metodológico da perspectiva Bioecológica do Desenvolvimento humano (Urie Bronfenbrenner 1917-25), o presente trabalho objetivou analisar alunos do Ensino Fundamental II, matriculados em uma escola pública de um município paranaense, para analisar as significações produzidas por eles no que diz respeito à escola e a própria trajetória de escolarização Participaram do estudo 19 alunos: 4 do 6º ano com idades entre 11 e 12 anos; 5 do 7º ano com idades entre 12 e 13 anos, 6 do 8º ano com idades entre 13 e 14 e 4 do 9º ano com idades que variavam, entre 14 e 15 anos Destes, 14 são do gênero masculino e 5 do feminino Como problemática da pesquisa, levantamos as seguintes questões: Quais os sentidos atribuídos por alunos que apresentam baixo rendimento escolar: à escola, ao aprender, ao pertencimento à escola e ao próprio rendimento escolar? Como o aluno significa seu processo de aprendizagem e as relações interpessoais vividas nesse contexto? A pesquisa qualitativa adotou estudo descritivo, e como procedimento investigativo a entrevista semiestruturada e a produção de representações pictóricas e respectivas legendas, elaboradas pelos participantes Emergiram dos dados coletado, cinco categorias com seis unidades de análise A categoria 1 aborda as significações acerca da escola - escola como espaço de acolhimento ou de aversividade, onde predominou o sentimento de pertencimento (11 participantes) A categoria 2 traz as significações de aprendizagem, e constituiu-se de duas unidades de análise: papel de professor e aluno e ambiente de aprendizagem (8 participantes) e dificuldades nas disciplinas (11 participantes) Nessa abordagem, as falas revelam as demarcações que remetem à autoridade do professor sobre o aluno, polarização dos papéis e atribuição a si mesmos (alunos) da responsabilidade pelo não aprender A categoria 3 delimita as relação interpares, e teve como unidade de análise o pertencimento (14 participantes) ou a exclusão (5 participantes) Nela se destacou a atribuição de sentido positivo à relação com amigos, indicadores de comunicação de sentimentos, parceria e vinculação a um grupo como condições de frequentar a escola diariamente Na categoria 4, relação com os professores, a unidade de análise foi relacionamento amistoso (13 participantes) ou dificultoso (6 participantes) Predominaram as indicações de relacionamento amistoso como um bom intercessor das relações com a escola em geral Na categoria 5, denominada rendimento escolar, a unidade de análise foi o bom aproveitamento escolar expresso em nota (11 participantes) e rendimento baixo considerando a média da escola (8 participantes) É significativo que 8 tenham considerado seu o próprio rendimento escolar como baixo e com dificuldades no processo de ensino-aprendizagem O resultado do estudo leva a refletir que os eventos vividos na escola – quer apresentem resultados favoráveis ou não – são demonstradores de um processo contextualmente produzido e multiplamente afetado por fatores que interferem na situação de aprendizagem O conjunto das significações produzidas, o que se pode inferir como noção de pertencimento do aluno ao contexto escolar onde está inserido e da relação com o saber Observou-se a escola como microssistema, onde o sentimento de pertencimento se vincula ao saber científico necessário ao desenvolvimento da pessoa em diferentes contextosAprendizagemBaixo rendimento escolarEscolarizaçãoUnderachieversEscola, aprendizagem e pertencimento : significados atribuídos por alunos com baixo rendimento escolar no ensino fundamental II à própria trajetória de escolarizaçãoDissertação