Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]Santos, Thais Graciano2024-05-012024-05-012010.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12760Resumo: A atrazina, um dos herbicidas mais utilizados mundialmente, é um potencial contaminante aquático, podendo alcançar corpos d’água e interagir com a biota local Biomarcadores podem ser ótimas ferramentas para avaliação dos impactos da contaminação para os organismos aquáticos Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos deste herbicida para o peixe neotropical Prochilodus lineatus Para tanto, peixes jovens foram expostos somente água (CTR) ou a 2 ou 1 µgL-1 de atrazina (ATZ 2 e ATZ 1, respectivamente) em exposições estáticas de 24 ou 48 horas Após as exposições, os peixes foram amostrados para a coleta dos tecidos Amostras de sangue, brânquias e fígado foram utilizadas no ensaio do cometa para avaliar os danos no DNA Amostras de fígado também foram utilizadas para a determinação da atividade das enzimas de biotransformação CYP1A (pelo ensaio da EROD) e glutationa S-transferase (GST), e das enzimas de defesa antioxidante superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR); do conteúdo de glutationa reduzida (GSH); das geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) e a ocorrência de peroxidação lipídica (LPO) Amostras de cérebro e músculo foram usadas para a análise da atividade da acetilcolinesterase (AChE) Em comparação com o grupo CTR, os peixes expostos às duas concentrações de atrazina, durante 24 h, apresentaram diminuição na atividade da SOD, CAT e GPx e aumento na atividade da GR Também foi observada redução na geração de ERO e na ocorrência de LPO Ainda após 24 h, os peixes do grupo ATZ 2 apresentaram inibição da atividade da EROD e do grupo ATZ 1, aumento de danos no DNA nos eritrócitos Após 48 horas de exposição a ambas concentrações do herbicida os peixes apresentaram redução significativa nas atividades da EROD, SOD, CAT e GPx, e aumento significativo na atividade da GR, em relação aos peixes do grupo CTR A atividade da GST e a geração de ERO reduziram significativamente apenas no grupo ATZ 1, enquanto os níveis de GSH e LPO diminuíram apenas no grupo ATZ 2 Ocorreu aumento nos danos no DNA dos eritrócitos e hepatócitos dos peixes do ATZ 1 e das células branquiais dos peixes do grupo ATZ 2 Nenhuma das concentrações de atrazina testadas promoveu alteração significativa da atividade da AChE, em nenhum período experimental Assim, fica evidente que a atrazina, mesmo em baixas concentrações, compromete as vias de biotransformação e as defesas antioxidantes de P lineatus e promove danos no DNA de eritrócitos e células das brânquias e do fígadoPeixeEfeito dos herbicidasPeixeGenéticaAntioxidantesFishEffect of herbicides onFishGeneticsAntioxidantsBiomarcadores bioquímicos e genéticos para a detecção dos efeitos do herbicida Atrazina no peixe neotropical Prochilodus lineatusDissertação