Alves, Regina Célia dos Santos [Orientador]Bortolotto, Ana Paula Sversuti Gongora2024-05-012024-05-012013.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14116Resumo: Esta Dissertação tem como objetivo observar o percurso da cidade nos romances Bebel que a cidade comeu (1968), Zero (1975) e Não verás país nenhum (1981), de Ignácio de Loyola Brandão, tendo em vista a força que o espaço urbano exerce na obra do escritor A partir de conceitos como legibilidade da cidade, definido por Kevin Lynch (21), subjetividade das personagens e distopia, busco analisar a representação desse espaço e o modo como ele regula a postura dos indivíduos No decorrer das narrativas, é possível perceber que a cidade se torna cada vez menos legível para seus habitantes, o que resulta na anulação da subjetividade e no sentimento de estar perdido, uma vez que a necessidade de reconhecer o ambiente é essencial para o ser humano sentir-se seguro A falta de legibilidade se acentua nos romances analisados ao mesmo tempo em que a cidade faz um trajeto que a aproxima do caos, o que revela uma progressão distópica, na medida em que o espaço urbano passa a figurar como um lugar de distorção Desse modo, o espaço citadino configura uma distopia, onde não há liberdade, os indivíduos vivem sob um regime autoritário e há pouca ou nenhuma esperança de futuro Com isso, a cidade se distancia de um sentido positivo – o de lugar acolhedor e de oportunidades – e se transforma em um espaço ameaçador para os indivíduos que nela vivemFicção brasileiraEspaço urbanoVida urbana na literaturaBrazilian fictionHistory and criticismCity and town life in literatureO percurso da cidade em romances de Ignácio de Loyola BrandãoDissertação