Silva, Rafael Bianchi [Orientador]Mandelli, Jessica Pedrosa2024-05-012024-05-012022.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9104Resumo: No Brasil há um número crescente de pessoas com 6 anos ou mais, ou seja, consideradas como idosas Devido a isso, proporcionalmente, observa-se também um aumento de pessoal que dependem de cuidados parciais ou integrais conforme o grau de dependência apresentado, demandando, portanto, de cuidadoras(es) Os direitos e políticas que compõem uma institucionalidade de proteção à pessoa idosa se iniciam a partir da Constituição Federal de 1988, na qual, a assistência social destaca-se como importante política pública que busca assegurar a autonomia e cidadania dessa população A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) contempla a centralidade da família enquanto lócus de proteção social, a considerando como núcleo social básico de acolhida, autonomia e protagonismo, e tem como eixo estruturante o princípio de matricialidade sociofamiliar Assim, a família é considerada a principal instância de cuidados e proteção, tendo as mulheres como pilar central e maior executora desse papel Nessa direção, há uma transferência de responsabilidade do público (Estado) ao privado (família), tratando o cuidado e o envelhecimento como unidades privadas e individuais Porém, nem sempre a família será sinônimo de proteção como esperam as políticas públicas pois, além de todas as mudanças em relação a composição familiar atual, entendemos que a unidade familial é composta por relações complexas de conflitos, violências e também de desproteções Nesse cenário e, levando em conta a retração protetiva do Estado, a rede de proteção comunitária - podendo ser vizinhos, colegas, membros da mesma instituição religiosa e até líderes comunitários - muitas vezes se incumbe de realizar a função cuidadora de idosos do território Nesse trabalho, buscou-se analisar e se aproximar, por meio, das narrativas das (os) cuidadoras (es) que não possuem laços familiares, o que compreendem sobre o cuidado, as motivações e influências que contribuem para ocupar tal posição, bem como, as ambivalências e ressonâncias que surgem através da execução dessa função Para tanto, foram realizadas entrevistas com cinco cuidadoras e um cuidador que são acompanhados pelo serviço responsável pela Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias no município de Londrina (PR) que foram organizadas e analisadas a partir da proposta de Análise de Conteúdo proposta por Bardin As categorias foram construídas e analisadas a partir das falas das(o) participantes Dentre os resultados identificamos forte influência religiosa em relação ao cuidar, se aproximando de uma noção de prática caritativa, de solidariedade e de ajuda, se afastando, portanto, da noção de proteção social e cuidado enquanto garantia de direitos e dever do Estado Também foi possível observar impactos causados pela pandemia Covid-19 nas práticas e no cotidiano do cuidador, sendo necessário novas adaptações para enfrentar esse contexto Além de destacarmos as várias ressonâncias, sentires e ambivalências presentes na vida dos participantes, demonstrando assim o quão complexo é o cuidar A partir desses debates é possível reconhecer a urgência de tratar o cuidado como tema coletivo e social, tensionando o Estado a cumprir sua função protetiva e não apenas subsidiar o privado nessa empreitadaIdososCuidado e higieneEnvelhecimentoAssistência a velhiceIdososElderly - Care and hygieneAgingOld-age assistanceElderly - CaregiversA comunidade como rede de proteção local no cuidado da pessoa idosa : vivências e afetos sobre o cuidarDissertação