Lavado, Edson Lopes [Orientador]Tessaro, Valéria Cristina Zamataro2024-05-012024-05-012014.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14821Resumo: Contextualização: O acidente vascular encefálico (AVE) representa dentro das doenças cerebrovasculares, a maior causa de incapacidade funcional do mundo ocidental A incidência do AVE na população brasileira tem crescido em virtude do seu envelhecimento e pelas mudanças no estilo de vida A maioria dos indivíduos acometidos exibirá déficits neurológicos e residuais significativos, dependendo do local e do tamanho da lesão cerebrovascular, como disfunções motoras, sensoriais, autonômicas, visuais, capacidade limitada para realizar atividades da vida diária, déficits de memória, atenção, percepção, orientação, linguagem e prejuízo nas relações sociais Em virtude disso, há necessidade que esses indivíduos sejam adequadamente avaliados para o conhecimento detalhado do seu perfil funcional, a fim de estabelecer metas significativas para o tratamento fisioterapêutico apropriado Objetivo: Avaliar a capacidade funcional de indivíduos com sequela de AVE, cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade de Londrina, Paraná e comparar os que não foram submetidos a tratamento fisioterapêutico com aqueles que o realizaram em diferentes locais Método: Fizeram parte do estudo 15 indivíduos, de ambos os gêneros, com diagnóstico clínico de AVE, de todas as regiões da cidade Foram realizadas visitas nos domicílios e aplicados os instrumentos de avaliação funcional por meio de entrevista individual (Índice de Barthel Modificado – IBm; Medida da Independência Funcional – MIF; Escala de Impacto do AVC 3, incluindo a parte referente à Recuperação do AVC e Escala de Qualidade de Vida Específica para AVE - EQVE), Resultados: A EQVE, IBm, MIF, Escala de Impacto e Escala de Impacto – recuperação, demonstraram diferença estatisticamente significante para os indivíduos que não foram submetidos ao tratamento fisioterapêutico, com P=,1, P=,1, P=,1, P=,1 e P<,1, respectivamente A EQVE, Escala de Impacto e Escala de Impacto – recuperação expressaram diferença estatisticamente significante para os indivíduos que não realizaram tratamento fisioterapêutico em relação àqueles que fizeram no Sistema Único de Saúde (SUS), com P=,5, P=,5 e P<,1, respectivamente Todos os instrumentos (EQVE, IBm, MIF, Escala de Impacto e Escala de Impacto – recuperação) apresentaram diferença significativa para aqueles que não realizaram Fisioterapia em relação aos que se trataram em clínica/domicílio, com P<,1, P<,1, P=,1, P<,1 e P<,1, respectivamente Os mesmos instrumentos não evidenciaram diferença estatisticamente significante entre fazer Fisioterapia no SUS e em clínica/domicílio, com P=,17, P=,8, P=,1, P=,22 e P=,75, nessa ordem Não houve correlação forte entre idade, tempo de ocorrência do último episódio de AVE e tempo de tratamento fisioterapêutico com os instrumentos utilizados (rho<,7) Conclusão: Os indivíduos que não realizaram tratamento fisioterapêutico apresentaram melhor funcionalidade do que aqueles que se trataram, seja nos serviços do SUS, clínicas ou em domicílio Também não houve diferença na aquisição de ganhos funcionais para aqueles que realizaram Fisioterapia no SUS e em clínicas/domicílios Contudo, ressalta-se a importância do tratamento fisioterapêutico especializado, a fim de promover a melhora da independência e qualidade nas atividades de vida diária, no auto-cuidado, nas atividades de vida doméstica e mesmo, na interação interpessoal e social, além de evitar a piora da incapacidade funcional imposta pelo AVE, tanto para casos que apresentam limitações leves como para os que possuem incapacidades gravesAcidentes vasculares cerebraisCapacidade funcionalAvaliaçãoFisioterapiaServiços de saúdeCerebrovascular diseasePhysiotherapyAvaliação funcional de indivíduos com sequela de acidente vascular encefálico cadastrados nas unidades básicas de saúde da cidade de Londrina, ParanáDissertação